Capítulo 2

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Seher até agora não conseguia entender como se controlou, ele era um verdadeiro furacão como sempre imaginou. A pequena prova que teve, confirmou que Yaman levaria qualquer mulher ao céu. Ficar naquela mansão seria um sacrífico, já que teria contato com quem acendeu o seu fogo. Se continuasse por muito tempo em Istambul, acabaria na cama do homem que a humilhou no passado.

Yaman que havia passado a noite em claro, se questionava onde tinha errado. Sempre tinha sucesso com as mulheres, as fazia delirar e agora, sentia-se um completo idiota. Será que estava perdendo o jeito? Ou estava ficando velho e não atendia a expectativas sexuais femininas? Eram tantas perguntas, que até mesmo pensou em ir no médico. Se fosse qualquer outra, estava o ligando nesse exato momento para marcar outro encontro.

Lidar com a vergonha de vê-la plena na mesa do café da manhã o murchou, Seher estava sorridente como se nada tivesse acontecido, realmente não aconteceu. Ele com cara de quem havia chupado limão, mal conseguiu tocar no café.

A espontaneidade o fez ver que no passado foi muito cruel, durante o tempo que dividiram o mesmo teto, a presenteado com suas farpas. Agora alcançava a mulher linda e incrível que tinha, teve certeza que matou qualquer sentimento bom que pudesse surgir.

Seher por outro lado, no seu silêncio escondia o que sentia. Era fria com Yaman, ao ponto de ser comparado com um iceberg. Sendo um doce com todos, evitava a presença de quem um dia a tratou como um lixo. Reforçando a ideia que ficaria um breve tempo, ouviu de Nedim que precisavam de uma arquiteta para a obra da casa de seus pais. Aceitando de primeira sem excitação, usaria esse tempo para ficar longe de Yaman.

Que por sinal, detestou saber que Nedim estava a cortejando. Como falaria para seu amigo afastar-se dela, não poderia despedi-lo por estarem anos nos negócios, mas que desejava o dar uma surra. Seher dividia-se entre a reforma e o tempo na mansão, sempre acompanhada por alguém terminava sua noite grudada no celular.

A observando da sacada de seu quarto, foram quase uma hora conversando. Yaman queria saber o que tanto falava, as vezes ria o fazendo desejar tomar aquele aparelho e quebrá-lo. Todos tinham ido dormir, e como ela estava sozinha, tentaria se aproximar. A oferecendo uma xícara de café, recebeu a negativa.

― Pretende retornar para a Itália? ― querendo saber para ter tempo de aproximar-se.

― Em breve para sua alegria ― sorrindo no deboche ― Tenho uma vida lá ― o vendo lamber os lábios para tirar o café que estava o incomodando, ele estava tentando seduzi-la.

― Uma vida ou um namorado ― mordendo o seu lábio inferior abaixo daquele olhar ― Imagino que aprecie os italianos, ou prefere os turcos? ― soou como provocativo.

― Sendo homem, eu aprecio todos ― sarcástica, crendo que conseguiu colocá-lo no seu lugar.

― Então estou incluso nessa lista! ― mais esperto.

― Você não faz o meu tipo ― o alfinetando com coragem ― Já tive coisas melhores ― olhando de baixo a cima.

Seher era muito afrontosa, e extremamente confiante em suas palavras. O ignorando com sucesso, sabia o quanto era cruel quando desejava. Indo para o seu quarto, parou frente ao espelho depois de um banho. Penteando seus cabelos, assustou-se em vê-lo invadindo o seu quarto. Levantando-se apertou o nó do robe enquanto lutava para colocá-lo para fora. Resistindo mostrou a chave, ficaria o tempo necessário e se fosse preciso, a noite toda.

― Meu cunhado vai adorar saber que você invadiu meu quarto ― irritada de braços cruzados ― Você não tem o que fazer? Sabia que errado entrar num quarto de uma moça solteira ― extremamente nervosa.

Vingança e DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora