Capítulo 9

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Dois dias se passaram desce aquela noite louca, Nedim havia retornado para empresa e estava sob vigilância de Yaman. Ele esperava qualquer deslize, para mandá-lo embora sem piedade. Não manteria seu rival em baixo do mesmo teto, olhá-lo aumentava seu ódio. Se não fosse seu esforço para mudar, teria gastado seu réu primário com aquele sonso.

Encerrando sua reunião, analisava alguns documentos e trocava seu olhar mortífero com Nedim. Aguardando uma oportunidade, não desejava ser doce, apenas queria saber. A curiosidade estava o matando, mas um pouco e sumiria com Seher para uma floresta.

― Seher e você se dão bem ― deixando-o nervoso ― Vocês são amigos, ou existe algo a mais? ― perguntar o sufocava.

― Como assim? ― Nedim era ingênuo quando queria ser.

― Amigos! Existe uma amizade diferente ― gesticulando com as mãos ― Amizade colorida ― chegou no ponto que almejava.

― Claro que não! ― negou-se ― Seher é moça de família, nós somos apenas amigos e nada de mais ― assustado ― Jamais tocaria num fio e cabelo dela sem que houvesse entre nos um papel assinado ― referindo a casamento, ele não percebia a explosão de sentimentos negativos que causava em seu amigo.

― Você se casaria com ela? ― sua garganta tinha espinhos suficientes para matá-lo durante aquela pergunta.

― Sim, eu me casaria se ela nutrisse os mesmos sentimentos por mim ― suspirou com os olhos entristecidos.

― Você acredita que ela gosta de outro? ― sua curiosidade era capaz de fazê-lo cavar um buraco para saber a verdade.

― Eu não posso dizer com certeza, mas existe alguém naquele coração ― levantou-se saindo da sala.

Aquela conversa reviveu o italiano, sua imaginação vinculou o que ouviu de Nedim a cidadania conseguida pelo tal amigo. Para Yaman, aquilo foi suficiente para matar a charada mais dolorosa de sua vida. Enrico era quem estava naquele coração, o maldito plantador de uvas estava infiltrado na vida de Seher como um fungo.

Incomodado com a descoberta, precisava sair para encontrar paz. Andando pelo Bósforo, suspirou e regressou para mansão. Chegando escutou aquele barulho de água, alguém estava na piscina com Yusuf. Não controlando a curiosidade, pela vidraça avistou-a. Ela estava linda, como de rotina com seu melhor sorriso. Yaman não controlava seus olhos, analisava como ela ajudava seu sobrinho a perder o medo da água.

Alojando-se no canto da vidraça, suspirou fundo ao vê-la sair da piscina vestida com um minúsculo biquini preto. A pele clara parecia brilhar ao toque do sol, as curvas que desejava ver estavam a sua frente a metros de distância. Sua ereção fez sua calça torna-se um empecilho, ela era incrivelmente linda e maravilhosa. Sua boca salivava de vontade de beijá-la, mordê-la e chupá-la como merecia.

Assistindo-a desfilar na beira da piscina, viajava em sua imaginação fértil. Seu coração disparava com a hipótese de um dia, ser amado por aquela mulher esculpida pelos deuses. Aquela imagem o levava aos piores desejos, ele rogava por receber um afago ou beijo ardente.

Como te desejo, sou um completo louco por imaginar seu corpo nu abaixo do meu ― sem controlar a mente ― Tenho medo de perder o controle, não quero te assustar com meu lado selvagem  ― pensar não faria mal, afinal isso não se controla ― Eu quero te possuir, me afundar com força e gozar com paixão ― havia gozado de leve em imaginar a cena dela de quatro a sua frente, emitindo gemidos roucos de prazer.

Seu corpo musculoso ardia em chamas, havia algo que nascia quando a via e temia perder o controle. Sua vida tornou-se um vai e vem de banhos gelados, sonhos eróticos e masturbações desde o retorno dela. Precisava saciar sua vontade, imaginava suas mãos percorrendo cada parte do pequeno corpo de pele aveludada.

Vingança e DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora