Capítulo 18

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Seher se viu na cova dos leões, suspirando por não saber por onde começar. Sabia que havia sido descoberta, como quem estivesse fugindo de um crime começou a gaguejar. Se tivesse problemas cardíacos, teria caído morta naquele chão de mármore. Não havia ninguém que pudesse salvá-la, seus olhos e suas mãos suadas era a prova de quanto estava em perigo.

― Você achou que eu não descobriria? ― com as duas mãos na cintura ― Seher! Eu não sou uma criança que pode me enganar ― isso estava parecendo um ritual de como destruir o psicológico de alguém ― Eu sempre confiei em você, te apoiei e só apenas pedi uma coisa ― afirmando com tom de preocupação ― Que me conta-se tudo que envolve você para te ajudar ― andando de um lado ao outro.

― Cunhado! ― gaguejando ― Eu! Bom, como eu vou começar ― piscando sem parar para evitar o choro ― Eu queria contar ― estava num labirinto que nem ela sabia por onde correr.

― Mais não contou ― alterou-se ― Ah! Seher! ― balançando a cabeça ― Esconder não é o melhor remédio ― tentando abrir os olhos de sua cunhada.

― Eu não consegui contar ― nervosa ― Não fique com raiva de mim ― tremendo.

― Eu não estou com raiva ― confirmou ― Eu estou triste porque você vai embora amanhã e simplesmente estava escondeu isso de mim ― revelou o motivo de sua inquietação, era algo distante do que estava acontecendo debaixo do teto durante as noites ― Isso me parte o coração! Ver você partindo ― ainda agitado ― Fique cunhada! ― pedindo ― Yusuf está acostumado com você e sua irmã deve estar feliz ― começou sua ladainha ― Tudo bem que não se dá bem com Yaman, mas isso é o de menos ― soluçou enquanto falavam sem parar e os pensamentos de Seher eram totalmente o oposto do mundo real.

Não se damos bem ― em pensamentos ria como quem estivesse no circo ― Mau sabe ele onde eu estava com a minha boca, ou onde o Yaman coloca a boca ― alienada ― Acho que estou ficando maluca, olha o que eu fiz na cozinha! Aquele homem me tira a razão ― num mundo paralelo.

― Seher, está me ouvindo ― Yasin chamou-a ― Você não vai embora, diga que não ― pedindo com jeitinho ― Pense que somos sua família ― insistiu.

Depois daquele sufoco, precisava sair daquela mansão e dar uma volta. Passeando a tarde toda, uma mensagem de seu amigo a atraiu para o hotel. Conversando durante um bom tempo, tomava um café quando avistou-o chegar com uma caixa roxa.

― Temos uma festa para ir ― aqueles olhos azuis brilhavam ao mostrar duas gravatas ― Qual devo escolher? ― questionou-a ― Fugir da mansão não irá resolver seus problemas, sorria como sempre minha bambina ― numa piscadela genuína.

Ele estava certo, não podia fugir de quem era sua família. Aquela festa era parte dos negócios de seu cunhado, toda Istambul estaria presente. Arrumando-se alimentada por uma força surreal, ao parar frente ao espelho agradeceu que Enrico conhecia seus gostos. O vestido bordô destacou suas curvas, o tecido de renda francesa aviava toda sua beleza natural. Era verdade, seus traços naturais se confundiam com uma deusa.

Enrico lutando sua gravata, ao vê-la passar o sedutor batom vermelho no espelho da sala cobriu-a de elogios. Seher acabou ficando sem graça, gargalhando por seu amigo ser um tremendo desastrado, fez um nó elegante apertando aquele colarinho bem passado.

― Dom Enrico está pronto para arrancar suspiros das turcas ― elogiando sem perceber o quanto aquele coração batia por ela ― Melhor irmos para não perder o melhor da noite ― sorridente ao jogar seus cabelos por de trás dos ombros.

Enrico sentiu-se um mortal privilegiado por adentrar o hall da mansão Kirimli acompanhado de um anjo. Seher foi o motivo de muitos olhares, inclusive de Yaman que encontrava-se num canto da sala. Seu maxilar ficou rijo ao vê-la de braços dados com aquele loiro, sua mão fundiu com o copo com tanta irá, que o estilhaçou. O líquido dourado misturou-se com seu sangue quente, sua respiração agitou-se ao ter que lidar com ele desfilando com a mulher que amava.

Seher estava realmente linda, os brincos verdes combinavam com seus exuberantes olhos. Seus passos eram lentos, seu sorriso prendia o olhar dos homens desejosos por seu corpo. Yaman cegou-se para sua dor, não sabia como, mas tinha que tirá-la antes que alguém fizesse uma proposta indecente. Deslizando pelo salão, enrolou uma faixa em sua mão para estancar o sangramento. Espiando-a, teve o prazer de observar as costas nuas pelo decote vantajoso.

Essa mulher quer me matar ― esquecendo por minutos seus ciúmes ― Ela está incrivelmente linda ― sua baba escorria em imaginar as curvas que aquele vestido exibia ― Você é o meu amor, e não será o meu irmão que vai estragar o nosso amor ― procurando controlar-se, não podia andar pelo salão com aquela dureza explícita.

Não tinha mulher mais linda naquela festa, Seher simplesmente era a rainha da noite. Toda sorriso acompanhada de seu amigo, seu cunhado encontrava-se emocionado em apresentá-lo ao círculos de amigos da família. Enrico conquistou a todos, menos Yaman que insistia fingir um sorriso amigável. Ele desejava estrangular aquele loiro, enterrá-lo no seu quintal por insistir estar grudado na sua Seher.

Por mais tentativas, estava ficando impossível aproximar-se. A todo instante Yasin ou Enrico estavam com ela, exibindo sua beleza e encantando aquele bando de velhotes babões. Yaman estava começando a ficar sem paciência, seus nervos brigavam com sua razão e por muito pouco, era capaz de começar uma guerra na sala da sua casa. Ele era esperto o suficiente para perceber que aquela briga de cedo, mudou algo em Seher.

Ela o evitava não apenas de ficar só, até seus olhos cortavam volta dos seus. Usando sua esperteza a seu favor, assistiu-a correr para o toalete após molhar-se com o champanhe. Seher teve a infeliz sorte de encontrar a porta trancada, alguém sem seu conhecimento havia planejado tudo. Localizando sem saída, foi para o seu quarto em busca de uma toalha. Limpando-se distraída, ao dar um passo para trás sentiu aquela parede humana com algo pontiagudo em seu bumbum.

Sem mover-se, pelo reflexo do espelho confirmou quem imaginava. Yaman estava tão próximo, que sentia seu coração bater no lugar do dela. Aquelas mãos grandes envolveram em sua cintura, sua razão começava a ruir enquanto os beijos no pescoço tornaram intensos.

― Eu amo você, não vou permitir que meu irmão destrua isso ― esfregando seu nariz na nuca ― Você me conhece, sabe que abri meu coração e que mudei para merecer o seu amor ― virando-a para olhar em seus olhos.

― Yaman! ― precisava abrir o jogo perante suas escolhas.

― Não diga nada! Apenas me abraça ― precisava senti-la para ter certeza que era real ― Eu preciso do seu calor para me manter vivo ― sussurrou ao inalar o aroma que emanava do pequeno corpo.

Quanto mais juntos ficavam, mas o fogo entre ambos aumentava. Aquele abraço rendeu beijos e muitos carinhos. Aquele pouco a deixou molhada, e ele duro de vontade de tê-la. Agarrando-a como um louco apaixonado, pousou-a sobre a bancada da pia. Erguendo o vestido, afundou-se sem cerimônia entre aqueles lábios que passou o dia pensando.

Fazendo movimentos circulares, sentiu o enrijecer do clitóris meio o aumento do líquido quente. A sensibilidade o incentivou a chupá-la com violência, o que ela fornecia matava sua fome. O orgasmo escorreu e junto com ele não se conteve, tirando sem membro para fora precisava acalmar-se por ver aquela região rosada a seu dispor.

Beijando-a com ardência e chupando os seios desnudos, percorria seus dedos pelo comprimento inchado de tesão. Sua glande encontrava-se meio a entrada de sua amada, sua loucura e seus movimentos explodiram num líquido quente. Derramando-se após masturbar-se frente a ela, seus jatos lambuzaram o clitóris numa ação de escorrer e misturar-se com o orgasmo de Seher.

Assisti-lo se masturbar na sua frente, fez seu corpo ter um novo orgasmo. Estava louca de desejo, sua temperatura aumentou ao sentir aqueles jatos atingirem seu ponto fraco. Ofegava ao levar sua mão e apossar daquela oferenda, guiando sua mão até boca após colher aquela mistura de prazeres. Sorrindo, provou o gosto do céu.

― Eu gozei em você ― ainda duro por vê-la de pernas abertas ― Desculpa! Mas não consigo controlar meu desejo ― alucinado para entrar nela, mas respeitaria seu tempo.

― Relaxa! É só esperma ― beijando por querer muito mais ― Eu quero ― sem conseguir terminar, alguém bateu na porta do quarto. Pela voz grossa, era nada mais e nada menos que seu cunhado. 

Vingança e DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora