Capítulo 7

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Seher necessitava manter distância, o irmão de seu cunhado era excelente em levar uma mulher ao delírio. Compartilhando sua atenção com Nedim, desfrutou da paisagem encantadora de Istambul. Agindo com uma ave em liberdade, toda sua felicidade por estar do lado de um homem irou Yaman.

Seguindo-a por cada ponto turístico, ignorou todos seus compromissos para tê-la abaixo de sua visão. Yaman fazia um esforço enorme para não massacrar Nedim, suas mãos coçavam para mandá-lo para outro mundo. Resiliente em manter a razão, respirou fundo tantas vezes que teve certeza que seus pulmões nunca trabalharam tão arduamente. Incomodado como outro tinha passe livre, fingiu surdez para as ligações de seu irmão.

Yaman queria que a empresa explodisse, seu foco era aquela mulher, a mesma que maltratou com desafeto. Inquieto o dia todo, no retornou à sua casa tentou fazer a cabeça de seu irmão contra Nedim. Havia chegado no limite dos ciúmes, encontrava-se tão desesperado em vê-la que fez o papel de móvel ao esperá-la na sala. Nunca ficava fora do seu escritório, mas hoje aguardava ansioso quando a porta principal fosse aberta.

Tomando várias xícaras de café, usou a mentira de olhar algumas planilhas para ficar na sala. As horas passaram e nada dela chegar. O relógio que estava em seu braço se fosse racional, teria rido do papel de trouxa que estava fazendo. Era quase 21 horas quando assistiu seu irmão desfilar pelo corredor, bocejando num ato de afirmar que estava indo para o quarto. Sem controlar-se, indagou se não esperaria sua visita.

― Visita? ― pensando que tivesse marcado algo relacionado a empresa.

― Sim, da sua cunhadinha ― disfarçando num tom de deboche ao encostar seu corpo na poltrona ― Ela vem todos os dias ver o pequeno Yusuf ― esperto em tirar o foco de si.

― Ah! Nedim resolveu levá-la numa balada de Istambul ― desatento em como seu irmão fecho a expressão ― Acredite! Finalmente depois de anos de amor platônico de Nedim tornou-se real ― foi como jogar areia nos olhos de quem estava a pouco relaxado na poltrona.

Disfarçando como fez papel de bobo, mexeu nos papeis até que ficou só. Tomado pelo ciúmes e ódio, com um tapa derrubou o vaso de tulipas no chão. Sua respiração agitada não era por tesão, os motivos o guiavam para a hipótese que estava perdendo-a.

Incomodado levantou-se para olhar pela vidraça, a lua prateada o incentivou a ligar para um dos tantos informantes que tinha. Poucos minutos teve o retorno, ela havia saído com Nedim para um social numa balada. Revirando-se de ódio, não entendia o que tanto esses jovens gostavam de estar naqueles ambientes caóticos e instáveis.

Correndo para o terraço, escorou na mureta para controlar a energia que transitava em seu corpo. Precisava de algo para relaxar, mas não era o que tinha sempre. Todas as vezes que ficava nervoso, procurava alguém para saciar seus desejos, em troca pagava uma boa quantia de dinheiro. Talvez fosse isso, saindo apressado precisava tirá-la de sua cabeça a todo custo.

Seher que aproveitava a noite, dançava e cantava com a companhia de Nedim. Os dois se davam bem, tinham altos papos e se divertiam como dois adolescentes. Se Kevser estivesse viva, estaria orgulhosa de ver como aquela amizade os uniu. Nedim a amava e queria ser o cara perfeito para a jovem que ria de todas as piada que contava.

Aquela noite foi incrível, ambos saíram alegres e nutridos pelo o que fazia Yaman imaginar que estavam juntos. Kirimli que saiu para atender suas necessidades sexuais, não conseguiu fazer o que muitas vezes aliviou seu estresse. Simplesmente ao receber o toque de outra mulher, não serviu de incentivo para seu corpo. Sua mente estava naqueles olhos verdes, nenhuma investida que não fosse dela, não ativava o que com ela ficava duro só de olhar.

Enfurecido por ter sido deixado na mão por seu corpo, retornou para casa pior que antes. Parando no portão decidiu que iria atrás de quem o perturbava, invadiria aquele hotel se fosse necessário, mas queria nem que fosse um tapa para ter um toque daquela mulher.

Vingança e DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora