Capítulo 22

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A decisão de Seher em ficar, foi a alegria do café da manhã. Seu sobrinho saltitava e seu cunhado agradecia por conseguir manter a promessa feita a sua esposa. Yaman saboreava o café, olhando-a disfarçadamente. Seher sentia a tensão, o desejo exalando do corpo de quem estava na ponta da mesa.

Aproveitando da situação, começou-a provocá-la ao enviar uma mensagem de texto. Disfarçando enquanto respondia uma pergunta de seu sobrinho, Seher ao ler, entrou em combustão. Agradecendo aos céus por seu cunhado estar distraído com o jornal, mordeu os lábios ao reler o texto.

Eu sou louco por você, tão louco que desejo fazer amor com você sobre essa mesa ― sua carne latejava ― Você gemendo no meu ouvido, chamando meu nome enquanto te penetro com força. Só de imaginar, fico duro de vontade e sei, que está molhada só de recordar como nossos corpos se conectam ― faltava pouco para enlouquecer, mas Yaman queria mais e outra mensagem arrepiou-a ― Quero te chupar! Nessa sala  ― um emoji de foguinho, elencava como estava ambos durante aquela manhã.

Ignorando-o com astúcia, Yaman resolveu mostrar que não estava para brincadeira. Obtendo a atenção de seu irmão, suas palavras paralisaram quem estava deliciando-se de um suco.

― Tenho algo para dizer, caro irmão ― soou debochado, ao ponto de despertar a atenção de Seher ― Acho que isso vai mudar a vida de nós ― fazendo-a engasgar instantaneamente.

Yasin distanciou de seu irmão, acertando alguns tapas de leve nas costas de sua cunhada. Seher por baixo de suas madeixas, encarava Yaman com fúria. Não era possível, que seria jogada no fogo pelo homem que amava. Naquele momento, desejou ser acertada por um raio, ou ser tragada para outra dimensão.

― Calma Seher! ― Yaman ofereceu um lenço para limpar seu rosto sujo de suco ― Como estava dizendo ― começou com seus rodeios diabólicos.

― Acho que esse suco acabou com o meu dia, vou me retirar ― antes de sair da sala, a voz rouca a parou.

― Seher, não vá ― Yaman provocativo ― O assunto envolve você ― assistindo-a virar em câmera lenta ― A empresa conquistou um projeto com alguns franceses, acredito que seria um bom início para quem pretende ficar no país ― revelando o real motivo da conversa ― Claro! Se meu irmão concordar ― esquivando-se e ao mesmo tempo manipulando Yasin.

Sem conhecimento do que ocorria debaixo do seu teto, ofereceu a ela a chance de assumir esse compromisso com alguns investidores. Recordando de sua vida e sua parceira na Itália, soube que seriam apenas dois meses. Tempo suficiente para tomar uma decisão sobre seu futuro com Yaman, sem escolha. Aceitou ser a cabeça de um projeto, entretanto sua paixão era a arquitetura clássica e não a moderna.

Paralisada diante do prédio, não negaria que o frio em sua espinha tirava seu chão. Seher confiava em seu profissionalismo, mas temia que comete-se falhas por distrair-se com o homem que descia do Mercedes preto. Yaman numa piscadela escondeu-se atrás dos óculos de sol, precisava esconder sua vontade de triturar Nedim. A menina nem havia chegado, e aquele desprovido, a cercava como um cão sedento.

Precisava distanciá-la dele, mas não sabia como. O coquetel não terminava, o seu dia havia começado errado. Agora, tinha uma mulher do seu lado falando tanta bobagem que desejava virar fumaça. Maldita hora que fechou parceria com aqueles franceses. Atento a sua Seher, enviou uma mensagem e a observou corar.

Bem-vinda ao seu novo emprego! Está empresa está inteiramente a seus pés, assim como eu ― leu enquanto sua face lateja ― Espero no andar de cima, na minha sala ou no banheiro, para revivermos o sexo louco que fizemos mais cedo no seu banheiro ― engasgou por temer estar sendo assistida por seu cunhado ― Não negue! Aguardo ansioso, estou com saudade de seu corpo ― usando um emoji com chifres.

Vingança e DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora