Todos que estavam no restaurante, tiveram a nostalgia de assistirem Yaman Kirimli ser humilhado. Havia caído de seu pedestal como um reles humano, a sopa que escorria em sua face era o motivo do riso de Seher. Uma pequena parte de seu interior encontrava-se em paz, mas a outra alegava que deveria continuar para que paga-se as vezes que a humilhou.
― Lembra aquele dia que você fez questão de me humilhar na frente dos seus amigos executivos ― retornando ao passado ― Que se eu me vestisse de ouro o tornaria indigno, afinal o traje ideal para uma pessoa como eu, era um avental de empregada ― deixou sua fraqueza escorrer pelos olhos ― Você me destruiu com aquelas palavras, me matou em vida para alimentar o seu ego ― tentando esconder o choro.
― Eu não tinha ideia ― tentou ter forças após ver o resultado de toda sua maldade no passado.
― Claro! Yaman Kirimli não tem ideia de como suas palavras podem ferem uma pessoa. Eu era apenas uma menina simples que começava a viver ― juntando seus pedaços em palavras ferozes ― Bom! Isso já passou! Nada vai mudar o fato de como foi cruel ― munida de sua armadura verbal ― Eu não me submeteria a ser objeto de prazer de quem me humilhou ― segurando para não chorar por lembrar da dor que foi ser tratada ― Aproveite sua noite, vá atrás de quem realmente morreria para dormir com você ― por mais que sua boca jorra-se palavras duras, seu peito estava apertado por um sentimento que visava esconder.
Mantendo-se como imbatível, saiu daquele restaurante de cabeça erguida. Ela não queria ser cruel, mas precisava devolver na mesma moeda. Aquela noite do aniversário de sua irmã a acompanhou enquanto o elevador subia, a lembrança deixou que ferida sangra-se.
Inocente ao ponto de se humilhada por Yaman na frente de seus amigos executivos. Ele simplesmente não mediu esforços, jogo toda sua amargura em quem desejava apenas viver. As palavras e os risos daqueles homens, estavam gritando em sua mente. O dono da mansão fez questão de dizer o quanto era ridícula por tentar se vestir de seda, sendo que o que merecia era trapos. Ou pior, um avental de empregada se não fosse a irmã de sua cunhada.
Seher nunca acreditou em amor à primeira vista, mas assim que viu Yaman no jardim sentiu que sua alma comandou seu coração. Ele era tão lindo e supremo que apenas olhá-lo, alimentava sua vergonha. Porém, toda sua beleza se desmanchou assim que abriu a boca. A frieza que tratava a todos e em especial ela, massacrou sua idealização.
Ela não sabia como, não entendia aquelas sensações. Apaixonou-se por quem era um poço de amargura, por mais que fugisse durante suas visitas, ele fazia questão de aparecer e plantar suas palavras cruéis. Aos poucos sua admiração secou, assim como seu amor e desejo tornou-se alimento para nunca abaixar a cabeça para um homem. Mesmo que esse homem, fosse o motivo de respirar.
― Homem nenhum vale uma lágrima sua ― saindo do elevador ― Você não pode esquecer quem é ― forte na ideia de ir embora ― Eles são apenas objetos, criaturas que nos vem como mero passa tempo ― entrando em seu quarto.
Yaman estava irado pelo ocorrido, não negaria que sua vontade era dar uma lição naquela garota. Mas após recobrar a consciência, encontrou vestígios de sua maldade naquele ato. Seher apenas devolver o que ele a cedeu no passado, jogando o paletó no banco de trás, esmurrou o volante por reconhecer seus erros.
Não queria admitir, mas precisava para aproximar-se de quem tirava seu sono. Seher estava impregnada em sua mente de uma forma, que juraria que tinha tornado o motivo de seu sangue circular em seu corpo. Não desistiria, passaria naquele vale explosivo para chegar no coração que um dia quebrou. Tinha que lutar, deveria colar o que um dia estilhaçou por julgá-la como Nesrin. Só que não sabia que caminho seguir, Seher estava nutrida de uma artilharia pesada.
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Vingança e Desejo
FanfictionDepois de anos fora da Turquia, Seher retorna após a trágica morte de sua irmã. Desgostosa por ter que dividir o mesmo teto com o irmão de seu cunhado, começa a reviver as humilhações por ser uma garota humilde. Yaman não media esforços para atacá-l...