Capítulo 15

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As vezes o ciúmes nos levam a fazer coisas surreais, depois do ocorrido Seher não sabia onde esconder-se. Fugindo daquele banheiro, respirou fundo e pensou no tamanho de seu erro. Havia agido como uma louca, agora do lado de fora com a mente fresca, sua razão disse o quanto aquele homem a dominava. Observando como agia na mesa, por longos minutos insistiu em apreciar quem era dono do seu coração. Suspirando por amá-lo, recordou de como havia pisado no seu orgulho.

Recompondo-se digitou no celular na expectativa que Enrico a atende-se, mas o assunto era tão árduo que teve tempo de assistir sua rival sair pela porta dos fundos. Seher não queria aproximar, sua cara de pecadora a condenaria do grave delito cometido por amor. Encostando numa coluna, apossou-se de duas taças de vinho para tomar coragem. Em sua cabeça, imaginava que ele sabia do seu feito no banheiro. Suas paranoias a seguiam, bebendo todo aquele álcool com gosto de uva sentiu-se levitar até a mesa.

Ela estava bem consciente, mas qualquer pessoa que a olha-se a faria recuar. Yaman a fitava, não sabia de nada, apenas apreciava o que desejava loucamente. Seher por outro lado, incomodou-se ao ponto de cutucar seu amigo para ir embora. Enrico que contava sobre sua vida na Itália, simplesmente esqueceu de como ambos trocavam afeto pelos olhares.

Yasin adorava o amigo de sua cunhada, era o cara perfeito e faria de tudo para uni-los. Por alguns minutos, sua percepção quase o engasgou por ver seu irmão olhando-a. Mesmo durante a conversa, não conseguia acreditar, esperava que fosse apenas olhares de duas pessoas que estavam desenvolvendo uma amizade.

Yasin não permitiria que seu irmão colhe-se a inocência de sua cunhada, disfarçando por de trás de suas palavras, usava sua esperteza para tirar Yaman da zona de conforto. Queria ter a prova, se isso fosse verdade, aceleraria a partida de Seher para não cair nas garras de quem era insensível. Por mais tentativas, nada locomoveu quem desejava. Ambos continuaram calados, mas Seher estava inquieta e levantando-se avisou que estava partindo.

Yaman ofereceu em levá-la, mas sua negativa serviu de gatilho para Enrico. O loiro despedindo-se de todos, afirmou que Seher havia prometido levá-lo numa balada. Yasin completamente feliz, despediu-se e com seu irmão regressaram para casa. O mau humor fez parte de quem passou boa parte da noite esperando, andou de um lado ao outro como um tigre enjaulado.

― Onde você está? ― preocupado ― Por favor, não caia nas garras daquele loiro ― temeroso.

Seher ao lado de seu amigo, dançou para relaxar seu corpo. Sorriu o suficiente para esquecer seu erro, Enrico a escutou e ambos aliviaram-se ao contar seus medos. A parceria que tinham, era tudo que precisavam. Por mais louco que fosse, nunca imaginou que seu melhor amigo tornaria seu psicólogo particular. Ele não negaria que tinha uma quedinha por ela, era um amor sofredor por não ser correspondido. Porém, contentava-se com sua presença e em como se divertiam.

― Eu sempre estarei aqui, colando cada pedaço do seu coração que ele quebrar ― Enrico segurando naquela mão numa ação de demonstrar que não cairia num buraco.

Enrico jurou que estaria do seu lado até que alguém ocupa-se seu coração, antes disso, continuaria ali, na esperança de ser notado. Se isso acontece-se, seria o homem mais sortudo do mundo. Seher nunca amaria outra pessoa que não fosse Yaman, mas seu maldito orgulho a fazia viver com saudade do que nunca existiu. Exausta da noite agida, seu regresso à mão foi na calada da madrugada. Tirando os sapatos, tomou um banho e vestiu-se com uma camisola de seda branca. Despertando depois do longo tempo frente ao espelho, ao sair do banheiro assustou-se.

Não conseguia acostumar com a maneira que Yaman entrava nos lugares, havia trancado a porta e agora, ele simplesmente estava sentado na sua cama. Seus olhos pidões brilhavam ao vê-la encoberta apenas pela seda, encantou-se com os bicos dos seios.

Vingança e DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora