Vingança e Desejo

Capítulo 6

A preocupação pela demora fez Nedim insistir em chamá-la, sendo obrigado a devolver a chave, escondeu-se em um dos box. Seher usando a desculpa que estava trancada, fez uma pequena cena antes de conseguir abrir a porta. Fingindo que a porta havia emperrado, jogou inúmeras desculpas e conseguiu se sobressair.

Nunca pensou que poderia ser salva da boca da fera, por agora, conseguiu se livrar do interrogatório. Yaman não iria desistir, usaria todos seus contatos para descobrir quem era esse misterioso italiano. Retornando para sua casa, encontrou-a sentada em sua sala ao lado de Nedim.

Fazendo sala para sua visita, na verdade queria estar fazendo quarto para aquela mulher espetacular. A todo momento Nedim a elogiava, fazia questão de demonstrar o quanto estava babando pela garota. Yaman não aguentava mais ouvir falar de Itália e de obras renascentistas, por ele tinha colocado fogo em Roma. Yasin fazia questão de puxar assunto, Seher garantiu que ensinaria seu sobrinho italiano.

― É uma maravilha! Afinal você aprendeu essa língua diretamente com os italianos ― badalou num tom provocativo ― Deve saber ensinar perfeitamente ― debochado.

― Sim, os italianos são excelentes professores ― sorriu num sarcasmo ― Eles são bons em tudo ― de propósito jogando sal na ferida.

Para quem estava de fora, aquilo era apenas um diálogo normal de duas pessoas civilizadas. Porém ambos sabiam que não, Yaman estava provocando-a para arrancar alguma informação. Seher que não era boba, jogou gasolina naquela fogueira. Queria mesmo deixá-lo sem juízo, ou com uma bela gastrite nervosa. Yusuf cansado, pediu a tia que o acompanha-se. Yasin ao ver aquele afeto entre ambos, lutou para trazê-la de volta para mansão.

Seher não aceitaria voltar, tinha orgulho demais para suportar quem no seu silêncio balançava seu conceito de ódio. Ela detestava ter que lidar com seus pensamentos de bondade, por mais que fosse rude, uma parte sua era luz. Caminhando de mãos dadas com seu sobrinho, brincava no chão do quarto quando seus olhos o encontraram.

Ele encontrava-se parado, olhando-a com tal insistência. Era como um lobo prestes a atacar, sua postura rígida e como estava a desejava gritava num volume incessante. Seher ao visualizar toda aquela extensão que lutava contra o tecido, não privou de pensar a sensação prazerosa que a forneceria ao adentrá-la. Seu corpo correspondeu o estimulo visual. O líquido quente que apossou de sua calcinha, afirmou que ele a levaria a um orgasmo mental.

Não queria pensar, mas seu corpo era traidor ao ponto de estimular sensações e imaginações eróticas. Respirando lentamente, o seu tesão duplicou quando o mesmo caminhou em seu direção. Não era possível, como ninguém nunca reparou e o abordou. A dureza que carregava como troféu, ficava tão visível que seria um pecado ver e não querer provar.

― Já é hora de criança estar na cama ― começou a frase olhando para seu sobrinho, mas a terminou com foco na moça ― Vá colocar o pijama ― sinalizou com o levantar de sua sobrancelha, Yusuf como um bom menino correu para o banheiro deixando sua tia à mercê do perigo ― Você ainda é uma menina, existe muitos lobos maus soltos, já deveria estar na cama Seher ― não estava debochando, estava tentando seduzi-la ― Mas especificamente na minha cama ― alegrou-se ao pousar a mecha atrás da orelha, sua aproximação foi de arrepiar ― Me esperando nua ― soprou no pescoço.

― Sabia que homens que se vangloriam não são nem a metade do que falam ― enfiando a virilidade goela abaixo ― Conheço o suficiente para saber que caras como você não são capazes de atender expectativa de mulheres como eu ― saindo do quarto de queixo erguido, sem perceber o quanto era seguida.

― O italiano atende ― detendo-a ― Ele atende suas expectativas? ― fuzilando com seus olhos negros.

― Sim ― mentiu descaradamente, queria provocá-lo como um espinho ― Atende todas as minhas expectativas ― olhando-o de baixo a cima para menosprezá-lo.