Já se passaram duas horas e meia desde que cheguei ao hospital, já tomei banho e vesti a camisola do hospital. Demétrio está andando de uma lado para o outro e isso está me deixando ainda mais nervosa, eu sei que todos estão preocupados mais ele está começando a me irritar.
- Você pode parar! - falo alto, ele para de andar e me olha. - Está me deixado ainda mais nervosa!
- E o que quer que eu faça? Estou tão preocupado e nervoso quando você! - ele responde de uma forma rude.
- Gente não é hora para brigar, pelo amor de Deus. - meu sogro intervém, Demétrio joga os fios de cabelo para trás e diz.
- Vou tomar um ar, não consigo ficar aqui sem fazer nada.
Markson logo segue o filho, deixando para trás eu e Doroth. Não tiro meus olhos da parede acima da cabeça dela, apenas sinto meus olhos começarem a arder e as lágrimas de desespero e medo começarem a rolar.
- Não chore meu bem, isso vai te deixar mais nervosa. - ela me abraça de lado, circulo sua cintura com meus braços e deito minha cabeça em seu peito e me permito chorar de novo.
- Estou com medo... - falo em meio aos soluços - Não sei o que vou fazer se tudo der errado...
- Tire esses pensamentos da sua cabeça, sabe que não pode pensar assim. Daqui a pouco suas filhas estarão em seus braços e ninguém poderá mudar esse fato!
Começo a sentir dor novamente, logo o monitor com os fios que estão conectados a mim começa a apitar, Doroth corre para fora da sala gritando por ajuda. Volto a chorar ainda mas por estar desesperada, não quero que minhas filhas se machuquem e não quero que nada aconteça com elas.
- Está sentindo contrações de novo? - minha obstetra me olha preocupada, logo a enfermeira entra com a máquina de ultrassom e por uns segundos ficamos calados apenas esperando ela dizer algo. Demétrio entra com o pai, e ele vem segurar minha mão.
- O que está acontecendo com as nossas filhas? - ele pergunta
- Vamos tentar um parto normal primeiro, se caso não der certo vamos fazer uma cesária de emergência. - ela fala diretamente para a enfermeira que tinha me acalmado minutos antes, ela sai da sala e a obstetra me olha novamente. - Quando sentir a contração faça força, ok? Empurre o máximo que puder.
Concordo e respiro fundo, ainda segurando a mão do Demétrio faço força quando sinto uma contração. Por mais força que eu faça não sinto que está funcionando, não sei se grito de dor ou se choro.
- Continue empurrando, ok? Consigo ver a cabeça de uma delas. - a médica fala. Faço força quando sinto novamente a contração, tento respirar mais parece que todo ar da sala sumiu. Não tenho mais forças nenhuma para continuar empurrando, aos poucos minha audição vai ficando cada vez mais fraca, as vozes estão ficando longe, as luzes do teto estão ficando escuras.
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Meu Bilionário Desaparecido
RomanceHoras antes de eu contar que estava grávida, ele sumiu. Para onde ele foi? Não sei. O que aconteceu? Não sei. O que sei é que tive que lutar muito para cuidar dos meus filhos.