0.28:. Capítulo Final.

10.9K 710 62
                                    

Cinco anos depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Cinco anos depois.

Se alguém tivesse me contado que eu passaria por tanta coisa na minha vida eu com certeza teria rido da cara dessa pessoa e diria que ela está ficando louca, porque olha, nada foi fácil.

Nada do que planejei saio do jeito que eu queria, primeiro a morte do meu pai que é algo que hoje aprendi a conviver, depois a gravidez nada planejada, o sumiço do Demétrio que achei que tinha sido um abandono... É, nada literalmente deu certo.

Mais qual seria a graça se todos os nossos planos saíssem confirme o combinado? Nada teria tido graça ou emoção se tudo tivesse saído do jeito que eu planejei.

Mais a vida é assim mesmo meus caros amigos, ela pode até ser bonita mais não é perfeita e nós devemos aprender a conviver com ela apesar de tudo isso.

O mundo não é bonito, as pessoas não são bonitas mais com o tempo, experiências e aprendizado aprendemos a lidar com tudo isso e ainda sorrir no final. É algo que aprendi na marra, lidei com a morte do meu pai e hoje, com a morte da minha mãe.

Há dois anos atrás, recebi uma ligação da minha tia dizendo que minha mãe havia sido internada em uma clínica psiquiátrica, devo dizer que não fiquei tão surpresa. Ela precisava mesmo se tratar, ela não estava bem a muito tempo... Mas foi a dois meses que recebi a ligação dizendo que ela havia falecido, ou melhor, se suicidado.

Minha mãe tirou a própria vida.

Não sabia como lidar com a situação então fiz tudo no automático de novo, cuidei dos papéis e do enterro, preferi não fazer velório. Não acho que muita gente iria aparecer, mais de qualquer forma pedi para a minha tia avisar aos parentes do lado dela da família sobre o falecimento dela.

Com o passar dos meses, percebi que ficar no meu canto sozinha e quieta na iria me ajudar muito, foi então que conversei com a minha família e decidi começar a fazer terapia com a psicóloga. A doutora que me atendeu foi gentil, me ajudou muito ter passado um longo amo me consultando com ela. Hoje me sou e me sinto uma pessoa bem melhor.

Não consegui chorar no enterro, fazia muito tempo que deixei de sentir muita coisa por ela, e isso fez com que eu me sentisse culpada. Durante o tempo todo não consegui derramar uma única lágrima, não sei explicar, eu apenas não senti absolutamente nada quando a vi no caixão coberta de flores. Eu pensei que iria chorar, afinal ela é a minha mãe, mais quando vi o relatório médico dela percebi que sua opinião sobre mim nunca mudou. Para ela eu sempre serei uma praga, algo nojento que ela nunca quis por perto. Acredito que ela me amou sim, algum dia, lá no passado.

No relatório, ela disse ao psiquiatra que eu matei meu pai e ela ao mesmo tempo. E que quando saísse da clínica, me mataria do mesmo jeito.

E depois de ler isso me fiz uma pergunta: Se ela, que era a minha mãe, não tinha apresso nenhum por mim quem era eu para ter com ela?

Meu Bilionário DesaparecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora