Capítulo 25

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Maya narrando

Na manhã seguinte eu passei as mãos ao meu lado sentindo o vazio. Onde está Caleb?

Ainda sonolenta e com a visão embaçada eu consegui sair da barraca, vendo Caleb a poucos metros falando ao celular.

Poucos minutos depois ele voltou com o celular na mão.

"Pensei que aqui não tinha sinal de celular." - falei e ele sorrio.

"Era pedi demais." - concordei sorrindo.

"Algo sério?" - perguntei sobre a ligação.

"Minha vó." - suspirou. "Deseja minha presença para lhe deseja parabéns pessoalmente." - revirou os olhos.

"Que fofa." - sorri suave. "Vá, já aproveitamos bastante nosso passeio."

'E como' pensei.

Caleb deve ter pensado o mesmo porque sorrio tão lindamente que eu abaixei o olhar para não parece desorientada ou até mesmo corar.

"Acordou resfriada?" - perguntou.

"Não. Dormi bem aquecida." - olhei para ele e umedeci os lábios.

"Sei que dormiu." - colocou meu cabelo atrás da orelha. "Quer ir comigo?"

"Hã?"

"Na minha avó. Aqui é caminho, ela mora em sítio, tenho certeza que vai gosta."

"Tem certeza que quer me leva?" - perguntei receosa.

"Qual o problema?" Claro que tenho." - afirmou.

"Tudo bem." - sorri. "Iremos agora?"

"Sim." - disse simples.

Enquanto arrumavamos as coisas cenas da noite de ontem inundaram minha mente.

Eu guardarei esse lugar em um espaço especial nas minhas memórias.
Ontem a noite mudou algo totalmente em mim. A forma que Caleb me tratou me mostrou que eu estava enganada em relação aos homens. Eu havia colocado uma meta em mim, que jamais deixaria nenhum homem se aproxima com aquelas intenções.

Quando perdi a virgindade, eu pensei que estava pronta. Fiquei ansiosa o dia inteiro e quando a noite chegou, foi horrível. O cara nem olhou nos meus olhos, e nem me satisfez, de nenhuma forma, nenhuma.

O segundo foi um cara aleatória do meu colégio.
Um dia decidi ir em seu aniversário. Ele era um garoto que se aproximou de mim na escola. Ele era simpático, pelo menos era o que eu pensava. Era lindo, e me tirava o ar. Mas na hora estava bêbado, e me fez gozar com sua língua, apenas. Dias depois descobri que o garoto tinha uma namorada que estava viajando a dois meses.

O terceiro foi o melhorzinho entre os anteriores.
Eu estava procurando coisas novas quando encontrei ele em um barzinho. Ele tinha um olhar sombrio, mas não me importei, aliás queria coisas novas.
Aquele dia eu me divirti. Ele me deu um cigarro com alguma droga que eu não identifiquei. Eu me senti leve, como nas nuvens, a gente fez muitas loucuras na garagem que ele morava. Mas no outro dia havia poucas coisas que eu me lembrava, mas eu tinha certeza que ele não deixou a deseja.

E com Sam, nada aconteceu.

Ele queria, muito, tanto que fingiu se um apoio para mim.

Aquela época foi a segunda pior coisa que passei. Foi a morte da minha avó paterna. Eu fiquei arrasada. Eu tinha uma relação perfeita com ela, éramos além de tudo, amigas. Era a única pessoa que havia restado do meu pai, e se foi.

Então meu coração estava partido, e ele apareceu, simplesmente, sorrindo como Peter, e me ofereceu ombro amigo, e longos abraços.

Me beijava. Mas sempre caminhando sua mão sobre meu corpo.

PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora