Capítulo 60

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Maya

Aquela noite terminou muito ruim, eu ainda sentia as mãos daquele maldito no meu pescoço e aquilo era uma tortura psicólogica para mim.

Caleb abriu a porta do meu carro quando eu estacionei em frente da sua casa e ele me abraçou.

"Sinto muito, eu deveria..." - começou a dizer mas eu o cortei. "

"Está tudo bem, Caleb. Confia em mim." - dei um sorriso.

"Não está tudo bem, James não tinha nada que ter me impedido e seu pescoço está vermelho." - ele deslizou com carinho a mão na pele no meu pescoço.

"Tirando isso está tudo ótimo." - garantir. "Vamos entrar? Está começando a fazer frio."

"Vamos." - ele passou o braço em torno da minha cintura. "Vou pedi uma pizza, quer mais alguma coisa?" - perguntou quando me sentei no espaçoso sofá da sua sala.

"Sorvete de baunilha, aqueles do pote bem grande." - falei e ele deu risada.

"Por que esse pedido não me surpreende?" - perguntou dando um sorriso.

"Por que será né?" - sorri também.

...

"Você é uma péssima atriz." - disse ele risonho quando coloquei a primeira colher de sorvete na boca.

"Como assim?" - me aconcheguei ao seu lado na cama.

"Com a prima de Raven, ela é tola ou se faz? - perguntou procurando com o controle remoto um filme na televisão.

"Eu que sou uma ótima atriz mesmo" - me gabei.

"Não, ela que é tola mesmo." - confirmou.  "Só uma tola para não percebe como você estava enciumada." - ele me deu sorrisinho. "Fique assim mais vezes, você fica fofa." - ele apertou minha bochecha.

"Enciumada?" - afastei sua mão e bocejei.  "Engano seu." - coloquei mais uma colher de sorvete na boca.

" Conheço bem minha ciumenta e você também me lançou cada olhar assassino." - ele me provocou.

"Calado." - enchi uma colher de sorvete e coloquei na sua boca. "Você não era tão  simpático quando te conheci, seu nível de simpatia hoje me surpreendeu."

"Você notou? Fiz isso para te agradar." - ele deu um sorrisinho.

"Dispenso esse tipo de agrado."

"Ela me disse cada coisa, aquela menina não tem juízo."

"Que coisas?" - perguntei interessada.

"Esquece." - ele desviou o olhar sorrindo.

"Não me provoca, Caleb." - subi em seu colo e ele agarrou minha cintura. "Para com isso."

"Parei." - ele se rendeu e eu coloquei o pote sorvete de lado.

"Mas o que ela disse?" - voltei a perguntar e ele deu risada.

"Mandei esquecer."

"Agora quero saber." - insistir.

"Ela perguntou se eu morava sozinho, senão poderíamos ir em um motel." - disse ele e meu queixo caiu.

"Não era essa que vivia trancada? Uau, que mente avançada." - meu incomodo ficou transparente. "Encontrou alguma filme?" - olhei para a tv.

"Quer mesmo assistir filme? Eu mudei de ideia depois que você subiu em cima de mim." - ele apertou minha cintura com mais força.

"Céus, Caleb." - dei risada. "Vamos de filme, hoje você me estressou de mais."

"Te estressei? Não tenho culpa de ser tão bonito e atrair atenções."

PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora