Capítulo 23

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Caleb

O olhar raivoso de Maya chamou minha atenção. Ela tentava se controla enquanto olhava para mim e para a garota.

"Coisa interessante?" - perguntei ganhando tempo e coloquei as sacolas no porta malas. "Não vou ficar com você." - olhei para a menina.

"O que?" - ela olhou repleta.

"Não vou ficar com você." - repeti. "Agora, preciso realmente ir. Entra Maya."

"A gente se encontra por aí então." - a garota saiu rebolando, mas antes lançou um olhar fatal para Maya.

"Não se incomode por mim, não precisava fala o que não queria com a garota." - Maya fechou a porta do carro com força.

"Eu falei a verdade." - olhei para ela. "Você é tão estressada." - dei risada.

"E você é muito pacífico." - zombou ela.

"Desfaz essa cara." - acariciei seu rosto.

Agradeci por não se o único que se incomoda com essas ocasiões. Por não se o único que ferve de raiva.

Fervi de raiva imaginando ela com aquele cara. Tanto que eu não respondi suas mensagens, porque se eu respondesse, agiria possessivo de mais.

...

Minutos depois parei o carro na estrada silenciosa.

"Chegamos?" - perguntou.

"Precisamos deixa o carro e seguirmos a pé."

"Deixa o carro aqui?"

"Quase ninguém passa por essas estradas, apenas quem tem casa por perto." - desci do carro e ela em seguida.

Coloquei minha mochila nas minhas costas e ela a dela.

Quando esvaziamos o carro, nossas mãos estava cheias das coisas da barraca e do supermercado.

"Está pesado?" - perguntei.

"Não. Você só me deu coisas leves."

...

A caminhada durou em cerca de quinze minutos. Maya dizia não está cansada, mas ela diminui a velocidade dos passos no caminho.

"Eu não acredito." - ela colocou as coisas no chão quando chegamos no lugar indicado. "É perfeito, Caleb." - ela deu um sorriso.

"Gostou?"

"Muito." - ela me olhou sorrindo.

Uma vez sozinho resolvi me aventura nesse lado da mata. Estava de noite, e eu estava meio bêbado, mas lúcido, e acabei chegando aqui, nesse espaço amplo, de árvores grandes, e uma cachoeira verde claro.

Maya desceu em direção a cachoeira, deslizou sobre algumas pedras e subi um pouco sua calça jeans.

"Você não vem?" - perguntou ela com os pés na água.

"Depois, tenho que armar a barraca primeira."

Enquanto armava a barraca, vi como ela estava divertindo apenas com os pés na água, e molhando o rosto.

Nunca havia ficado com alguém como ela. Tão doce, e ao mesmo tempo tão temperamental. A forma que ela gosta dessas coisas simples, me deixa intrigado. Tenho a sensação que ela prefere isso, esses momentos do que uma noite em Paris, ou em qualquer lugar que as garotas gostam.

O sol batia em seu rosto, entre as folhas das árvores. Seu olhar estava iluminado, e sua pele brilhava.

"Por que não me disse que aqui tinha cachoeira? Teria trazido roupa adequada." - ela voltou para onde eu estava.

PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora