Perdição

Capítulo 28

Caleb

"Não vai dá certo Caleb." - disse ela.

Eu sentia seu coração batendo forte e sua respiração pesada.

"O que não vai dá certo?" - ela abaixou o olhar.

"Isso." - ela disse. "A gente."

"O que?" - meu coração pela primeira vez na vida bateu descompassado. "Você não está falando sério."

"Caleb..." - a interrompi.

"Por que isso agora? Pelo cara que você estava lá dentro? Por ele?"

"O que Ryan tem a ver com isso?" - perguntou.

Ryan. O nome já faz minha fúria floresce. Será que ela não percebe que o cara está afim dela? Que aqueles olharem é com segundas intenções?

Eu observei eles de longe.

Notei todos os olhores, todos os sorrisos.

No fundo ele talvez fosse uma boa opção para está ao lado de Maya. Para fazê-la supera todos seus traumas e dores que ela carrega.

Eu sei que não curo ela, pelo contrário, abro suas feridas.

Não sou o suficiente para ela.

Nem aquilo que ela deseja e merece.

Sou um egoísta por deseja-la tanto. De quere ela do lado. Tão egoísta que não aceito que ela termine a conexão que a gente tem, porque nunca me senti tão vivo enquanto estou ao lado dela. Só ela para acalma meus nervos e me tira do sério ao mesmo tempo, só ela é capaz de me fazer sorrir.

Com ela, por ela, eu faço coisas imagináveis.

"Estou esperando sua resposta." - ela bufou irritada. "O que Ryan tem a ver com isso?"

"Você quer ficar com ele?" - perguntei, eu precisava sabe.

"Não." - ela respondeu imediatamente e eu me tranquilizei.

"Então por que você quer se afasta de mim?"

"Não sei." - ela diz baixo. "É complicado."

"Então vou fingir que você nunca disse para nos afastamos." - tirei minhas mãos em torno dela. "Te levo em casa."

"Não é necessário."

"Já disse que te levo." - falei.

"Já disse que não é necessário, Caleb. A festa está aí, vai curti." - ela começou a andar e eu a segurei pelo pulso.

"Não quer minha companhia?" - perguntei.

"Não." - negou ela puxando seu braço e eu a soltei.

" Tudo bem, Ellen está mesmo me
esperando."

Quem é Ellen? Eu não faço ideia.

Senti seus olhos queimarem minhas costas quando me virei.

"Ellen?" - sua voz se alterou. "Babaca, arrogante." - ela gritou.

Escondi um sorriso.

Me virei e ela estava no mesmo lugar me olhando com um olhar raivoso. Tão linda quando está assim. 

"O que? Você não queria que eu fosse?" - me aproximei colocando a mão sobre sua bochecha.

Ela estava vermelha, mas não de timidez como de costume, mas nervosa.

"Vai lá então. Tira a mão de mim." - ela afasta minha mão.

Não dei tempo para ela fazer mais nada, porque no segundo seguinte eu a pressionei novamente na parede.