Ele colocou os braços sobre a mesa e deitou sua cabeça. Acho que na intenção de dormi. Não julgo.
Seus olhos estava fechado e seus cabelos pretos caiam sobre eles. Ele era tão... bonito.
Senti seu cheiro, era marcante, uma mistura amadeirada, misturada com… Cigarro? Sim, cigarro. Ele tinha a mandíbula perfeita e sua boca era perfeitamente desenhada. Seus braços era repleto de tatuagens médias e pequenas.Ele abriu os olhos cinzentos e me pegou no flagra olhando para ele. Desviei rapidamente, mas notei quando ele voltou a fechá-los.
"Caleb abra o livro na página 57" - disse o professor de forma autoritária.
O garoto ao meu bufou nervoso e se recompôs na sua cadeira.
"Qual a matéria dele?" - me perguntou com a voz grossa.
"Geografia"
Ele que devia saber, não eu.
Ele abriu o livro na página indicada e ficou olhando para frente no seu mundo paralelo, batucando a caneta na mesa.
O professor falava das variedades de paisagens existentes em Boston, destacava seus relevos e a variação dos climas.
Quando o sinal da primeira aula dele bateu, foi como tivesse tirado um peso das minhas costas. Estava entediante, e aquele garoto ao meu lado estava fazendo minhas mãos suares, era como se eu tivesse perto de um precipício. Eu não sabia explicar o porquê daquela sensação.
Ele deixou sua mochila no mesmo lugar e saiu acompanhando de James, um loiro dos olhos azuis, com uma enorme tatuagem de leão no braço e um piercing no supercílio.
Não sei se vou gosta desse modelo de aula. Na minha escola antiga os alunos se via uma ou duas vezes na semana. Já nesse colégio vou ter que suporta as mesmas pessoas todos os dias da semana.
Deixei minha mochila também onde estava, peguei meu celular e fui para a luta a procurar a sala do diretor.
"Perdida?" - perguntou um garoto com um sorriso radiante.
"Vamos dizer que sim" - sorrir também para o garoto que possui belos cabelos pretos com um corte na lateral.
"Sou Peter" - me estendeu a mão e eu retribui o gesto.
"Maya"
"O que procura? Está olhando para todos os cantos." - ele mostrou um sorriso no rosto.
" A sala do diretor. Poderia me informar?" - perguntei.
"Claro, no andar de cima, segunda porta a direita. Até te acompanharia, mas estou atrasado por treino."
"Imagina, muito obrigada pela informação" - sorri e ele retribuiu me dando um beijo na bochecha.
Ok, pessoal afetivo. Calma Maya, você é apenas muito anti social.
Sorri novamente e segui o caminho que ele me indicou.
O caminho era curto, bastava subi um andar a cima.
...
Após ouvi regras e mais regras do diretor puder volta para aula.
Segundo ele, era tópicos importantes para um bom convívio entre alunos.Quando voltei a corredor já estava vazio, o que indicava que todos estavam dentro das salas, e eu passaria pelo constrangimento de chama atenção.
Bati na porta sem ânimo e quem me recebeu foi o mesmo professor Jonas, puta merda, de novo?
"Atrasada" - disse ele me olhando através do óculos.
"Estava ocupada" - ele me deu passagem e eu entrei.
Caleb me acompanhou com o olhar até eu me senta ao seu lado. Se a situação já estava difícil, imagina agora com ele me olhando.
"Vamos fazer um trabalho nessa aula. Em dupla com a pessoa que esta no seu lado." - informou o professor me fazendo estremecer por dentro. "Eu desejo, desejo não, eu quero um mapa de Boston bem colorido e com uma vegetação adequada. Mostre seu talento na arte alunos" - sorriu animado.
"Puta merda" - Artes não era meu forte.
" Que foi? Não é boa em desenhos?" - perguntou Caleb me olhando.
"Nem um pouco"
" Eu desenho e você pintar, mas vê se não estraga minha arte". - que narcisista.
"Não garanto nada"
O professor deu quatro cartolinas que deveríamos colar uma na outra e forma apenas uma.
Caleb começou a desenhar em uma. Seus traços era fortes e ele desenhava com facilidade e rapidez.
"Conhece a mapa tão bem assim?" - perguntei.
" Não vou perder meu tempo conhecendo mapas" - apontou para seu celular que tinha o mapa completo da cidade, com vegetação e tudo. Ele estava copiando, apenas aumentando o tamanho. " Pode pintar essa" - me passou a cartolina já desenhada. "Siga as cores"
Olhando para seu celular e para a cartolina na minha frente comecei a pintar.
...Eu ainda estava na primeira folha pintando e ele já desenhado a terceira.
Meu pulso estava doendo e o lápis verde estava deixando de existir de tão utilizado.Quando terminei a segunda cartolina ele já não estava mais desenhado.
"Vai me ajuda né?" - perguntei esperançosa quando notei que ele me encarava.
" Não, já fiz minha parte" - passou a mão no cabelo, me fazendo nota mais uma vez como esse idiota é bonito.
" Não é justo, pintar demora mais e cansa" - reclamei e ele deu o primeiro sorriso do dia ao meu lado. Esse sorriso, puta merda, por que eu deixo essas coisas me balançarem tanto?
" Tudo bem. " - pegou o outro cartaz e começou a pintar de forma ágil.
O desenho dele estava perfeito, os traços e as linhas tinha lugares certos e retos. Não havia nenhum erro, e a borracha não foi utilizada, sentir uma certa inveja.
Minutos depois terminamos. Quando fomos colar, o seu perfume amadeirado veio diretamente em minha narina me deixando embriagada. E quando nosso braços me tocaram eu senti um choque, que nos fez olha um para o outro rapidamente. Ele também sentiu, sentiu.
Respirei fundo e terminei de colar, arrumando os detalhes finais.
"Até que você não pintou tão mal" - ele disse quebrando o clima tenso que havia se instalado.
" Tanta força e dedicação que eu coloquei nesse desenho, se tivesse ficado ruim eu rasgaria."
" Vejo que foram os primeiros a terminarem" - disse o professor sorrindo. " Ficou perfeito dupla. Tiveram muito trabalho?"
"Quase nada professor, foi moleza" - forcei um sorriso e Caleb deu risada olhando para meu punho avermelhado.
" Que ótimo. Podem aguardar a próxima aula no pátio, aqui vai demora um pouco ainda." - disse e saiu andando pela sala.
Desta vez peguei minha mochila e sair depressa da sala. Precisava respirar.
Olhei as próximas aulas do dia pelo celular e notei que nenhuma delas me cativava, então decidi ir embora.
Do estacionamento eu vi Caleb sentando na grama fumando um cigarro.
Ele soltou a fumaça me encarando e eu me perdi em segundos o encarando também.Entrei no carro e dei partida para meu apartamento.
Segundo do dia só para vocês verem como estou ansiosa ksks ❤️
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Perdição
RomanceO amor transforma e até os mais fechados corações são capazes de amar. Maya tem apenas 17 anos, é uma menina com sentimentos intensos. De tanto fica sozinha, fez de sua solidão seu próprio lar, o seu conforto. Ama girassóis, a lua e as estrelas. ...