Entediada e presa em um emprego que odeia, Serena leva a vida no piloto automático desde o blip.
Bucky Barnes por outro lado, daria tudo por uma vida pacata.
Cansado de lutas e finalmente livre da programação do Soldado Invernal, ele passa os dias...
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Capítulo 2- Meu Vizinho Estranho
(E o Soldado "Invermiau")
Eram quatro e cinquenta e cinco, meu expediente estava acabando e finalmente poderia ir embora. Já tinha terminado de checar as exposições, pronta para pegar minha bolsa e acionar os alarmes do museu, quando me deparo com um homem na sessão do Capitão América. Reviro os olhos discretamente — ou não — claramente indignada com a situação.
Porque sempre aparecia gente bem na hora de fechar? Só pode ser uma conspiração para acabar com a alegria da classe assalariada.
—Desculpe senhor, mas o museu vai fechar em cinco minutos —Exclamo com um sorriso simpático.
Por favor vá embora, eu não posso sair enquanto tiver gente aqui.
Minhas reclamações em pensamento não parecem adiantar muito, pois o homem parecia hipnotizado por uma imagem de Steve Rogers, o Capitão América, juntamente com o ilustre Comando Selvagem, um grupo de bravos soldados que o ajudaram durante a segunda guerra. Um a um, analiso os homens presentes no banner, até que meu olhar se fixa para o Sargento James Barnes, aquele que viria a se tornar o Soldado Invernal.
Não sabia explicar minha fixação pelo Sargento, mas desde a primeira vez que botei o pé ali sempre foi ele quem me chamou mais a atenção, sobressaindo o próprio Capitão. Talvez apenas tivesse se encantado com sua história ou talvez fosse porque se tratava de um homem muito atraente.
Meu deus, de onde isso veio?
Eu estou mesmo toda assanhada com uma foto de uma pessoa que eu nunca sequer vou ver na vida? Cruzes Serena, você precisa urgente sair com alguém, a carência tá começando a te afetar.
Em uma tentativa de desviar meus pensamentos vergonhosos para com a foto, puxo assunto com o homem presente na sala, com um sorriso largo, chamando sua atenção:
—Impressionante, não? Eu trabalho aqui há mais de dois anos e ainda não consigo deixar de admirá-los — Reflito olhando de soslaio para o homem ao meu lado, que parece confuso, então continuo falando —Sabe, a maior parte das pessoas que vem aqui os idolatram como se fossem deuses, e talvez sejam mesmo. Afinal de contas, nós meros mortais, sequer poderíamos sonhar com as coisas que eles fazem.
Espero algum tipo de reação ou resposta do rapaz, contudo tudo o que recebo é silêncio, e isso já está começando a me atormentar, odeio ser ignorada —Então você é "Team Cap" ou "Team Iron Man?" — Questiono divertida, arqueando uma sobrancelha, na intenção de forçar um diálogo.
—O quê?
—A maioria das pessoas que vem aqui sempre escolhem um dos dois como favorito, é uma espécie de rivalidade, como se fossem times de futebol— Explico, pois ele realmente parece confuso. Era engraçado como as pessoas levavam a sério essa disputa entre os heróis, como se no final eles não estivessem do mesmo lado de qualquer maneira.
