Entediada e presa em um emprego que odeia, Serena leva a vida no piloto automático desde o blip.
Bucky Barnes por outro lado, daria tudo por uma vida pacata.
Cansado de lutas e finalmente livre da programação do Soldado Invernal, ele passa os dias...
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Capítulo 7- Lei de Murphy
(Eu deveria ter ficado em casa!)
—I'm going out tonight, I'm feelin' alright, Gonna let it all hang out! Wanna make some noise, really raise my voice, Yeah, I wanna scream and shout!
Canto com vontade a música de Shania Twain, usando a escova de cabelo como microfone, enquanto me arrumo para sair com Íris até o tal barzinho próximo às docas, como há muito não fazia. Os últimos dias têm sido estressantes e nada como dançar um pouco para extravasar a energia negativa acumulada.
O refrão da música faz com que me sinta confiante e poderosa, por isso deixo no volume máximo enquanto arrisco alguns passos desajeitados pelo quarto, de meias, roupão e uma toalha na cabeça, com James como espectador, que provavelmente se questiona o que fez para merecer uma doida varrida como tutora.
— "Man! I feel like a woman!" — Canto em uníssono com Shania, infelizmente não tão afinada quanto a cantora. Abri o closet, procurando alguma coisa decente para vestir. Poucos minutos depois, com o armário todo revirado já que nada parecia bom o suficiente para a ocasião, decido pegar as primeiras roupas que aparecem no meio da bagunça que havia feito no quarto, antes que acabe desistindo da ideia de sair e me deite na cama, que parece muito atrativa no momento.
Talvez eu esteja ficando velha demais para esse tipo de ambiente, já que tudo o que consigo pensar é em como um bar barulhento, cheio de pessoas se esfregando, perto demais umas das outras, bebendo até perder o senso do ridículo não é mais tão interessante quanto era há alguns anos.
Espanto a preguiça ao calçar os coturnos, usando a música que toca em looping como artifício para me animar, cantarolando. Estou quase pronta, quando ouço batidas na porta. Mas quem seria a uma hora dessas?
— "Oh, oh, oh, go totally crazy, forget I'm a lady-" — Minha voz morre ao abrir a porta e me deparar com um Bucky carrancudo, de braços cruzados e uma sobrancelha arqueada, me encarando.
Ops, acho que a música está alta demais.
— E desde quando você é uma dama? — Debocha, fazendo referência a canção enquanto desligo o som pelo celular, irritada pela interrupção e pela crítica velada — Qual o motivo para tanta empolgação assim?
—Bom Sargento, diferente de meu vizinho idoso, que dorme após assistir à novela das oito, eu estou saindo para dançar com uma amiga, como os jovens fazem! — Provoco-o de volta, sabendo o quanto detesta ser chamado de velho.
—Poderia fazer isso mais baixo? Estou tentando trabalhar, mas não consigo me concentrar com a sua voz estridente e desafinada ecoando pelo prédio! —Suspirou entediado.
Ei! Eu não canto tão mal assim, canto?
—Trabalhando é? E isso seria algum projeto secreto de Vingador? Não me diga... É um dos grandes três, não é? — Minha irritação inicial é sobreposta pela curiosidade em saber se o homem está em alguma missão super secreta para proteger a terra de alienígenas disfarçados de humanos ou algo do tipo. Contudo, tudo o que ele faz é desviar o foco, questionando intrigado:
