Clichês Românticos

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Capítulo 10: Clichês Românticos

( Bucky realmente sabe como elogiar alguém)


Em toda minha, eu nunca vivi um momento romântico de verdade, daqueles típicos de filmes clichês

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Em toda minha, eu nunca vivi um momento romântico de verdade, daqueles típicos de filmes clichês.

Nunca beijei ninguém na chuva. Quando me mudei para os Estados Unidos, ninguém tentou me impedir no aeroporto. Nenhum chefe se apaixonou perdidamente por mim. Eu nem sequer tive namorado no ensino médio.

Se eu pudesse descrever minha vida amorosa em um filme, seria Titanic. Só que não me vejo como a doce protagonista Rose, vivendo um romance arrebatador com o maravilhoso Jack — vulgo Leonardo di Caprio —. Não, não. Eu seria um daqueles caras que tocam o violino enquanto o navio afunda.

Mornos e sem graça. Essas são as palavras que eu usaria para descrever grande parte dos "romances" que vivi. Não me lembro da última vez que senti aquele formigamento estranho ou as tão famosas borboletas no estômago com alguém, se é que já senti. É exatamente por isso que há muito desisti de procurar um príncipe encantado, aceitando minha sina de solteirona.

Mas isso não quer dizer que eu não passe algumas noites, sozinha, me afundando em comédias românticas da Jennifer Aniston e da Sandra Bullock, secretamente desejando viver um romance, daqueles que fazem tirar os pés do chão, digno de Hollywood.

Por isso, protagonizar logo um dos clichês mais batidos inventados — e com meu vizinho ainda por cima — é uma grande ironia do destino.

Infelizmente, acredito que Bucky não é um grande fã de romances como eu, porque ele não está seguindo o roteiro.

— Você não pode estar falando sério — acusa.

Sua expressão descrente, como se minha insinuação fosse um grande absurdo, entrega que não será hoje que realizarei meu sonho de virar a protagonista de uma comédia romântica. Não que eu queira viver um romance com ele, longe disso. Se bem que...

Esqueçam essa última parte, eu nunca disse isso.

A verdade é que eu estava blefando, assim como ele. No calor do momento, me deixei levar pela provocação e sou infantil o suficiente para não dar o braço a torcer em uma discussão, portanto não pensei muito quando propus dividir a cama.

Às vezes sinto como se meu cérebro tivesse um delay de dez segundos com minha língua, porque eu nunca penso direito antes falar. Em retrospecto, admito que não foi minha decisão mais inteligente. Quer dizer, Bucky tem quase dois metros de altura, e mesmo que eu seja pequena, muito possivelmente o móvel não comportaria nós dois de forma confortável, mas mesmo assim, que tipo de pessoa insensível deixaria alguém dormir no chão frio da sala?

Legacy | Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora