Entediada e presa em um emprego que odeia, Serena leva a vida no piloto automático desde o blip.
Bucky Barnes por outro lado, daria tudo por uma vida pacata.
Cansado de lutas e finalmente livre da programação do Soldado Invernal, ele passa os dias...
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(...)
— Então... — Diz Bucky, ao abrir a porta do apartamento — tem certeza de que isso é normal? Ela deveria estar assim?
Em seus braços, Alpine dorme tranquilamente. Tínhamos levado a gata para tomar suas vacinas. Infelizmente para nós, ela não lidou muito bem com a agulha. Ou a veterinária.
— Considerando que ela nos fez correr pelo consultório todo antes de ser pega, arrisco dizer que ficará bem após um cochilo.
— Não sabia que podia ser tão arisca assim. Em geral, Alpine é uma dama.
— A veterinária discorda de você.
Ele ajeita Alpine na almofada felpuda, que protesta com um miado preguiçoso — provavelmente porque em menos de cinco minutos ela voltará para a velha caixa de sapatos esquecida no corredor, que aparentemente é muito mais confortável do que a cama felina de cinquenta dólares.
— Acha que ela ficou zangada?
— Ah, ela com certeza ficou zangada — digo tentando não rir (e falhando) — mas não é como se não estivesse acostumada. James já fez pior.
— Isso me lembra de uma coisa — Bucky se apoia na bancada, me olhando com uma sobrancelha levantada — o nome do seu gato... Por que James?
Imediatamente paro de rir.
— Hã...
As palavras simplesmente fogem da minha boca. Depois de tanto tempo, tinha me esquecido do motivo pelo qual nomeei meu gato — coincidentemente, o homem parado na minha frente — e a essa altura, não achei que Bucky teria o menor interesse em saber.
— É um bom nome — não consigo olhar em seus olhos enquanto resmungo a primeira desculpa esfarrapada que me vem à cabeça — me lembra espiões, diretores de cinema, Darth Vader...
— E é o meu nome... — ele completa, com um sorriso sádico.
— Jura?
Ele não responde. E não precisa, sua expressão condescendente diz tudo.
— Há quanto tempo sabe?
— Tinha minhas suspeitas. Confirmadas após um voo de seis horas com Sam me atormentando.
— Está zangado comigo?
— Por me comparar com seu gato? Não. Por fornecer armamento ao Sam pelo resto da vida? Talvez.
— Em minha defesa — Bucky me olha com desdém, como se fosse surpreendente o fato de eu ter um argumento — não te conhecia na época. E com certeza não esperava que um dia chegaria a conhecer. Pense nisso como uma... homenagem.