Os Anjos Azuis

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Capítulo 12: Os Anjos Azuis

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Capítulo 12: Os Anjos Azuis

"Um presente de agradecimento, Sargento".

Com um sorriso maroto estampado no rosto, envio a mensagem à Bucky, que com certeza, passará o resto do dia se perguntando como diabos consegui seu número — aliás, muito obrigada, Sam.

Comprei a pequena coleira azulada com um pingente em formato de gota como uma forma de agradecer pela hospitalidade e em partes achá-la uma graça, tenho certeza de que ficará ótimo na Alpine.

Já faz alguns dias que não nos encontramos oficialmente, já que minha rotina tem sido bem corrida nesta semana em específico. Faltam poucos para o famoso feriado de "4 de julho", e todo americano em um raio de três estados quer ter a oportunidade de honrar o maior símbolo de patriotismo deste país, o famoso escudo do Capitão América. Os mais fanáticos, pintados de azul e vermelho ou então fantasiados como o herói, inclusive.

Patriótico? Talvez. Brega? Com certeza.

Se bem que grande parte dos americanos médios adoram essas breguisses. Sinceramente, não me surpreenderia se colocassem um escudo enorme na estátua da liberdade só para agradar os conservadores cafonas.

Não, isso seria demais, penso enquanto chego à conclusão de que nem mesmo o mais fanático acharia isso uma boa ideia.

Deixo minhas fantasias com a estátua da liberdade de lado ao olhar para o relógio, me dando conta de que minha pausa de quinze minutos terminou e preciso voltar a trabalhar, por isso faço menção de guardar meu celular na gaveta. No entanto, ao olhar para ao fundo do móvel me deparo com um objeto estranho, um pen-drive que definitivamente não estava ali antes.

O aparelho parece ter voltado diretamente de uma guerra, tadinho. A parte de cima está levemente torta, como se tivesse derretido e depois voltado a forma normal, contudo, mesmo assim parece estar funcionando já que a entrada USB permanece intacta. Ao vira-lo, um pequeno detalhe me chama a atenção: um desenho de uma ave em um círculo branco. Uma águia talvez?

Estranho a situação. Nosso sistema interno é composto quase 100% por softwares de armazenamento em nuvem, acho que desde que entrei aqui nem sequer vi alguém usando pen-drives. Estou pronta para inseri-lo no computador, quando a pilha gigantesca de papéis em cima da mesa clama por minha atenção. Reviro os olhos, entediada. Preciso levá-los para o arquivo. Um trabalho chato, entediante e tomará muito mais tempo que o necessário.

Guardo o objeto novamente na gaveta, travando-a com uma pequena chave em seguida, prometendo a mim mesma que voltaria em breve para analisá-lo, mesmo sabendo que provavelmente devem ser apenas mais relatórios para analisar, por isso decido deixá-lo de lado, pelo menos por ora.

Durante o dia, enquanto alterno entre arquivar papéis, conversar com representantes de outros museus e ajudar um ou outro turista perdido pelas infinitas galerias, me pego refletindo em que momento passei a viver no piloto automático. Quer dizer, eu claramente não gosto de trabalhar aqui, nunca gostei sendo bem sincera, foi apenas um trabalho temporário, que se tornou permanente com o tempo simplesmente porque a necessidade de sobrevivência e mais tarde a conveniência falaram mais alto, afinal é um emprego estável e paga razoavelmente bem.

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