Mentira Reconfortante

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Capítulo 18: Mentira Reconfortante

Capítulo 18: Mentira Reconfortante

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— Que filme estamos assistindo mesmo? — com uma generosa quantidade de pipocas amanteigadas em mãos, questiono à morena ao meu lado.

O sol da tarde passa preguiçosamente pelas frestas da persiana e o único som audível além do suave ronronar de Alpine em meu colo, é o da televisão da sala.

Um filme animado — quase interminável — passa na tela. O que me surpreende com isso, no entanto, é a falta de reação de Serena. Em geral, ela tem o hábito de tagarelar incansavelmente durante nossas sessões de cinema em casa, com comentários infames e críticas ácidas sobre as atitudes dos personagens.

Exceto por hoje.

Com os olhos castanhos vidrados, noto que minha vizinha sequer parece estar prestando atenção na história que ela mesma havia sugerido, o que me leva a questionar por qual motivo está tão aérea assim.

— Serena? — insisto.

Nada.

Definitivamente tem alguma coisa errada aqui.

Desde o momento em que bateu na porta do apartamento, notei que ela estava com uma postura inquieta. A todo momento crispando os lábios, como se quisesse iniciar um assunto, mas não soubesse por onde começar.

Depois de alguns longos segundos olhando em sua direção, Serena lembra-se de minha presença e parece despertar de seu transe, piscando repetidas vezes antes de desviar a atenção da televisão.

— Desculpe, eu estava distraída — com um sorriso torto, ela se vira em minha direção — o que você estava dizendo mesmo?

— Eu perguntei qual era o nome do filme que estamos assistindo. E por que diabos ele é tão longo?

Seu semblante se ilumina e ela inclina a cabeça.

— Isso não é um filme — Serena explica — É uma série. O nome é Avatar. Esse com certeza deveria estar na sua lista, sargento.

Minha expressão se contrai em confusão.

— Achei que avatar fosse sobre alienígenas grandes e azuis.

— E é — ela responde calmamente, pegando um pouco de pipoca do pote antes de emendar: — Também... Quero dizer... É complicado.

Contenho o impulso de revirar os olhos. Passariam mais cem anos antes que eu conseguisse entender o sentido das coisas neste século.

— É sobre um garoto que controla os quatro elementos — ela acrescenta, ao notar minha irritação, mesmo que eu não tenha pedido maiores explicações. E sinceramente, pouco me importa — ele é o Avatar.

Legacy | Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora