"Nunca passou pela minha cabeça ser vítima de um assalto no banco central. Nunca passou pela minha cabeça que ser mantida refém onde um olhar cor de mar se fixou com os meus olhos poderia me mostrar em apenas um olhar o verdadeiro significado do des...
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Na manhã seguinte, acordei e ainda fiquei ali deitada, pensando em tudo que aconteceu na noite anterior.
Meu Deus! Que loucura, eu quase fui morta, ou melhor dizendo, estuprada e morta, logo as duas coisas.
Me sentei na cama e respirei fundo ao continuar com o pensamento fixado no ocorrido de ontem à noite.
Mas, eu tinha uma prova bem lindinha pra fazer hoje e não podia faltar a universidade. Fui fazer toda a minha higiene matinal, depois pus uma calça jeans preta colada, valorizando todas as minhas curvas e um camisão rosa bebê, pus um salto e deixei meus cabelos soltos, fiz todo o necessário e sair do quarto com a minha bolsa.
— Bom dia, filha. — Falou, a Marie.
A Marie era a governanta da minha casa. Ela me deu um abraço e retribuir. Desde que a minha mãe morreu, ela passou a cuidar de mim com todo amor e carinho que possa existir nesse mundo.
— Oi, Marie. — Falei, triste e ela pôs suas mãos no meu rosto.
— Tudo bem, meu amor? — Dei um sorriso falso e assenti com a cabeça.
— Sim, meu pai?
— Ele saiu bem cedo junto aos outros, estão investigando ainda todo o assalto que houve ontem. — Arregalei os olhos, incrédula.
— Ah foi... é?
— Sim, seu pai chegou aqui em um desespero enorme, porque não havia te visto. — Sorri falso.
— É... eu saí de lá muito antes, porque tava chata pra caralho aquela reunião junto aquele monte de velhos babão. — Ela deu uma risada, concordando.
— Vai tomar café?
— Não, talvez eu compro um café no caminho, tchau. — Ela me deu tchau e peguei minhas chaves, indo pra minha Mercedes, ainda com o pensamento fixado no pesadelo da noite anterior.
Meus olhos se encheram de lágrimas e entrei no carro, tirando caminho pra UCLA, com o pensamento fixado nisso. Depois de alguns minutos, cheguei lá e estacionei, já atraindo os olhares dos outros alunos, com toda a certeza do mundo eles já sabem do ocorrido e não vão parar de me olhar até o próximo ano.
— Charli, sua louca, eu te liguei ontem a noite toda e nada. — A voz da Avani soou atrás de mim e a olhei.
— Desculpa, eu não tava em casa. — Respondi, tentando não olhar nos olhos dela, porque se eu olhasse ela já iria saber que alguma coisa de errado havia comigo... e não podia contar.
— Olha pra mim. — Ela pôs suas mãos no meu rosto e enrugou a testa. — O quê houve?