"Nunca passou pela minha cabeça ser vítima de um assalto no banco central. Nunca passou pela minha cabeça que ser mantida refém onde um olhar cor de mar se fixou com os meus olhos poderia me mostrar em apenas um olhar o verdadeiro significado do des...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O policial me olhava sério e eu ainda me mantinha de cenho franzido sem entender nada.
— Preso? — Perguntei sem entender, mas quando vi os dois vovôs com cara de cu já podia imaginar o porquê.
— Sim, por furto de carro. — Rir pelo nariz e os velhos me encararam feio.
— Do quê está rindo, rapaz? Você roubou o meu carro e ainda debocha? — Revirei os olhos e olhei pra Charli ao meu lado que tava travada.
— Olha cara, eu não roubei porra nenhuma, só foi emprestado, mas como eu tava com pressa esqueci de pedir autorização para os donos... Mas ele tá lá fora. — Os velhos me olharam feio por um tempo e se aproximaram um pouco mais.
— Lá fora?
— Sim, estacionado no mesmo lugar que eu peguei, pode checar. — Não contei do arranhão feio que causei, mas tava inteiro. Os velhos se olharam sérios e o velho mais gordo se aproximou de mim. — Inclusive é muito bom. Blindado e veloz. — Em seguida sorriu e o clima ficou menos tenso.
— Tudo bem, mas você devia ter pelo menos agradecido. — Mordi os lábios e segurei na mão da Charli.
— Só peço obrigado depois de uma foda bem boa. — O velho arregalou os olhos e a Charli revirou os seus. O que me fez rir e vi o policial se aproximar de mim.
— Tudo bem, podem irem. — Segurei a risada olhando pro velho que tava travado no seu lugar.
— Tá mais calma. — Disse o Marc, voltando e nos olhou. — Eu quero saber o que aconteceu, tá bom?
— Ah... Podemos subir pro meu quarto, então? Preciso de um banho e de comer, tô varada de fome.
— Claro. — Nós os três subimos para o elevador e em segundos chegamos no quarto da Charli.
O clima estava constrangedor pra mim e creio que pra Charli também, pois ela me olhava pedindo socorro.
— O quarto é mais confortável do que eu pensei. — Disse o Marc, andando em volta dele e entrou no cômodo do quarto, o que fez a Charli me olhar e arquear as sobrancelhas enquanto ria. — Hum... — Ele murmurou alguma coisa lá dentro e voltou com um imenso sorriso no rosto. — Não colocou suas coisas no armário?
— Ah... Só algumas, não todas.
— Sim... — Em seguida ele me olhou e acrescentou. — Tá dividindo o armário com as roupas dele? — Apontou pra mim e a Charli arregalou os olhos, o que me fez rir negando a cabeça.
— Não, minhas coisas estão no meu quarto. Não estamos no mesmo quarto. — Deixei claro. Ele olhou pra filha e em seguida pra mim, sorrindo amigavelmente.
— Hum, não estão dormindo juntos, certo? — Vi as bochechas da Charli corarem e rir negando. — Isso me deixa muito feliz... — Em seguida ela rolou os olhos e cruzou os braços. — Bem, voltando ao assunto do seu sumiço. Alguém tem noção do que aconteceu?
