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— Esconde isso, cara, olha a garota olhando pra cá!

O mesmo cara de sempre, falou para meu vizinho, assim que me viu na varanda de casa olhando os dois homens que, escondiam algo.

Pois é, faz alguns meses que Manjiro se mudou para esse bairro, ninguém sabe de onde esse ser veio, ou qual o histórico dele, se é um criminoso ou traficante. Só sabemos que bom vizinho ele não é, pois o mesmo sempre está se escondendo de algo, fazendo festas recebendo homens estranhos, porém, na casa dele, lindos, devo admitir. Manjiro é bem atraente e sedutor, mas o que tem de bonito tem de arrogante, vive tratando os vizinhos mal e não respeita nem os idosos, traz cada louca na casa dele, parece que espanca elas durante a madrugada, já que ouço gemidos tão altos.

— Vou contar para seus pais, que você anda me vigiando muito! - gritou o loiro irritado, com meus olhares. Porém, nem dei bola e continuei a olhar curiosa o que esses dois estão aprontando.

É, eu sou a garota curiosa que faz de tudo para saber de tudo, e meu passatempo preferido, está sendo observar meu vizinho, já que estou de férias da faculdade meu namorado terminou comigo, após eu descobrir que ele me traiu, e eu dizer que descobri tudo.

Meus pais viajaram por um mês, estou sozinha, cuidando do nosso gato manhoso e sapeca, passo o dia em casa, tecnicamente na varanda, olhando quem entra e saí da casa ao lado. Não sei, qualquer um diria que é atração por meu vizinho, mas não é, é curiosidade em saber das coisas, já que eu tenho dedo podre para me meter em confusão.

– Oi, amiga! Você está de novo secando a vida do delinquente? – Mimi, é minha melhor amiga da faculdade, e já está cansada da minha vida de F.B.I. Não tenho culpa, sou uma garota curiosa.

Logo o amigo dele de cabelos lilás foi embora, e Manjiro entrou na sua casa, já ligando o som pra perturbar toda a vizinhança. E, como meu trabalho acabou por hoje, eu convidei Mimi para entrar e começar nos arrumar para uma festinha que, seu namorado preparou na casa dele hoje a noite.

— Você tem o vizinho mais gostoso do mundo e, ainda não pegou o número dele? – questionou ela, enquanto vestia seu vestido mega curto. – Se eu estivesse no seu lugar, já estaria gemendo o nome dele assim... Aaaahhaa, vizinho tesudo e grosseiro, mete com mais força! – fingia gemidos e revirava os olhos. Acabei rindo da cara dela.

— Você sabe que eu não tenho um pingo de interesse nele, apenas acho ele muito misterioso. – fiz um bico pensativa. – Todo dia aquele de cabelos lilás vem deixar algo pra ele. – ela sorriu na hora, pois a mesma tem uma queda por este.

— Amiga, descubra o nome dele, pois eu quero muito dar pra esse. – juntou as mãos, suplicando. – Eu faço o que você quiser. –pós as mãos no meu ombro e passou a me encarar pidona.

— Ya! Eu não vou com a cara desses homens, e vamos mudar de assunto e ir logo pra essa festa. – coloquei meu coturno. – Nem parece que você namora o Takuya. – revirou os olhos, pegando sua bolsa.

(...)

— Ainda bancando a detetive, S/n? - Takuya perguntou, ao abraçar a namorada de lado. – Aquele cara mostra ser que, não deixa nada óbvio para ninguém, muito menos para uma curiosa como você. – indagou, divertido.

— Vai demorar, mas eu vou descobrir o que ele tanto esconde. – dei um gole na bebida. – Agora se me dão - licença. – levantei as mãos pra cima e fui andando, dançando.

Entrei no meio daquelas pessoas bêbadas, passei a dançar mexendo meu corno como uma louca consumida pelo corpo como uma louca, consumida pelo álcool. Às vezes dançava com alguém ou outras sozinhas. Puxei a garrafa de vodka da mão de alguém que passava, até que a pessoa parou minha frente para na reclamar.

— Isso não se faz! Devolve a minha bebê aqui! – tentou puxar, mas eu não deixei. – Anda, garota, ainda estou sendo bonzinho com você. – avisou, apertando minha cintura.

— Então, eu quero que você seja mau comigo. Me puna gostoso. – pisquei para o cara lindo, na minha frente. Ele mordeu o lábio inferior e meteu a mão nos meus cabelos, me puxando para um beijo cheio de segundas intenções.

Nos separamos e passamos a dançar colados, estou bêbada sim, mas não vou passar de mãos bobas com ele. Ainda tenho que voltar pra casa hoje, tenho um gato para cuidar e dar comida, se eu não cuidar dele direito meu pai tira meu celular e cartão de crédito.

Me despedi dos meus amigos e fui pedi um táxi para ir embora, mas eu fugi do cara, dizendo que ia no banheiro.

(...)

Entrei em casa me arrastando, olhei para a janela da sala da casa ao lado, estava quieto por de mais. Dei a comida do espeto, e fui procurar um remédio para dor de cabeça.

Olhei para minha roupa e resolvi tomar um banho, mas não queria cair água no chuveiro da minha casa, o desespero por um banho bateu em mim. Derrubei algumas coisas por estar alterada por conta do álcool e enfim, cheguei na cozinha, também não tinha água.

— Tudo, menos isso. - fechei os  olhos, aflita. - Apenas ser poderá consertar isso pra mim. - mordi o lábio, pensando se é uma boa ideia. – Foda-se! Ele é o único homem neste bairro.

Peguei meu celular pra qualquer coisa, fui bater na casa ao lado.

Subi a pequena escada para a varanda da casa dele, suspirei fundo antes de bater, quando minha mão ia de encontro com a porta, Manjiro abriu ela com tudo e me encarou confuso. Me segurei pra não cair, ao ver meu vizinho sem camisa, com os cabelos bagunçados, bem sexy, como diria minha amiga. Refiz minha pose e dei um sorriso simpático, para ele.

— Aconteceu alguma coisa? – sua voz rouca, me fez sair do transe. – Está surda, guria? Esquece! Você está é bêbada e fora de si para bater aqui. - ia fechando a porta mas segurei sua mão.

– Água, banheiro, banho eu! – falei tudo doido e ele passou a rir. – Preciso da sua ajuda. Quero banhar e não cai água no meu chuveiro. Pode ir ver isso pra mim? – encarei ele que, se escorou no batente da porta e cruzou os braços, sorrindo de lado.

— Pode usar meu banheiro, se quiser. – mordeu o lábio inferior, e eu engoli em seco.

𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐁𝐚𝐫𝐫𝐚 𝐏𝐞𝐬𝐚𝐝𝐚 - [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora