06

6.2K 726 628
                                    

Pov's Mitsuya

— Caramba, eu usei todo o conteúdo da seringa nela. – relaxei, depois que a garota apagou, Mikey ainda estava por cima dela, segurando seus braços a cima da cabeça encarando sua face serena. – Eu dirijo! Melhor você ir aí atrás e segurar ela para não acabar caindo. – ele demorou para concordar.

Passei para o banco do motorista e ele se ajeitou no banco de trás, sentando e colocando a cabeça da garota em seu colo, acabei rindo por me dar conta do clima que está rolando.

Liguei o veiculo e seguimos para o local onde devemos ficar. Onde será seguro para essa garota curiosa que, parece estar roubando o coração frio do meu amigo.

— Eu pensava que ao chegar na cabana, iria encontrar vocês transando, não de conversa como duas mariquinhas. O que aconteceu com o Mikey que eu conhecia? – olhei pelo retrovisor do carro, o mesmo ainda observava a garota dormindo.

— Eu ainda sou. Você sabe muito bem que eu não gosto dessa garota, então, besteira sua acreditar que me pegaria com ela. – levantou o rosto e olhou para a janela do veículo, mas sua mão ainda estava sobre o rosto dela. – Quantos dias para chegar lá? – indagou, e um caminhão passou por nós, causando um barulho alto.

— Falta apenas mais dois dias. Tenha calma, logo você poderá dormir uma cama com ela. – brinquei, recebendo um tapa no topo na cabeça, no qual me causou uma dor pequena.

Tivemos que parar em um posto para abastecer o carro, e como a garota ainda dormia tranquilamente, resolvemos descer, eu fui no mercadinho que o mesmo tem para comprar certas coisas, e Mikey foi abastecer.

— Viagem longa? – escutei o velhinho perguntar, enquanto eu escolhia uma marca de bebidas. – É que é difícil um carro para por aqui. – peguei uma pequena arade e coloquei sobre caixa.

_ Apenas estou viajando com meu irmão e a mulher dele. Sabe... Os dois estão apaixonados. – certo, boa parte é mentira minha. O velhinho olhava assustado, algo atrás de mim. – Que foi? – semicerrei os olhos.

— Acho eles estão terminando. Ele correu mata a dentro atrás da garota. – me virei rápido, e ainda tive a visão de Mikey sumir entre as árvores. – Aqui o troco! – peguei o dinheiro com as bebidas e me mandei.

Voltei ao carro e coloquei as coisas pela janela, podendo ir atrás deles.

(...)

Pov's Mikey

— Para de correr, S/n! – gritava, enquanto corria atrás da garota que fugia de mim, a mesma tropeçou em algo e caiu no chão, aproveitei pulei para segurar ela. – Acho que te peguei... – falei ofegante, mas com um sorriso cínico.

Como ela fugiu? Eu havia terminado  de abastecer o carro, quando me virei pra entrar no veiculo, a porta foi aberta com força, me fazendo voar longe, ainda recebi um chute nas bolas.

S/n, aproveitou para correr, e eu me lastimava de dor no chão, mas, logo me toquei que a garota estava era fugindo, levantei na hora e disparei atrás dela, entrando na mata sem pensar duas vezes.

Agora estou aqui, segurando da garota que não para de se debater. Pensei um pouco, e tive uma ideia.

— Você quem pediu isso... – falei antes de aproximar nossos rostos e beijar seus lábios vermelhos.

Ela foi se acalmando, parando de mexer, com segundos seus braços rodearam meu pescoço. Levei uma mão até sua coxa, afastando um pouco suas pernas, me encaixando no meio delas, com a outra, eu afundava na sua nuca puxando seu rosto um pouco pra cima.

Seus lábios são tão macios, que com tão pouco eu sentia meu membro fisgando. Pressionei contra sua intimidade, e a garota arfou entre o beijo, me roubando um sorriso.

— Bem calminha agora, do jeitinho que eu gosto. – comentei, ao encerrar o beijo, a mesma estava de olhos fechados ainda, lábios entreabertos e o coração a mil. – S/n? – me olhou, corando em seguida. – Apenas saiba que não é de mim que deve fugir... – coloquei uma mecha de cabelo atrás, da sua orelha.

— Desculpa, mas aquele tal de Kazutora colocou medo... – fez beicinho, no qual tremia de medo. Me levantei com ela no meu colo estilo noiva, comecei a andar pela mata. – Eu tenho medo de agulhas... - Não! – gritou, quando Mitsuya se aproximou de nós e aplicou outro sedativo nela.

— Melhor sairmos daqui, o velho desconfiou de nós. – avisou ele, passei a garota para seus braços, pois quem iria dirigir agora sou eu. – Lábios inchados. Beijou ela, safadinho? – me olhou com malicia.

Ignorei sua pergunta, e segui até o carro. A porta de trás foi aberta e o mesmo entrou com a garota, nos braços.

(...)

Pov's S/n

— Hmm... – resmunguei, ao acordar. Abri meus olhos e me assustei ao ver Mitsuya me olhando, atento. – Mas que... Vocês enfiaram aquela agulha de novo em mim? – levantei, me sentando no banco ao seu lado.

— Você fala como se fosse um crime. – o olhei, com os olhos estreitos, não acreditando que disse isso. Ele deu de ombros e relaxou no seu lugar, como se tivesse cansado da posição de horas atrás. – E aí, S/n... Vocês se beijaram? – me olhou, e arqueou sobrancelha em seguida.

Olhei para Manjiro pelo retrovisor, o loiro engoliu em seco com o que esse bandido ao meu lado perguntou. Virei meu rosto para o outro lado, decidida que não devo satisfação sobre isto.

— Qual é, gente? Pra quê esse mistério todo? – escutei sua voz, irritante. Fiquei na mesma posição, e ele continuou. – Como se alguém aqui fosse virgem. – deu risadas.

— Caralho chato! – Manjiro, explodiu. Olhei de novo pelo retrovisor, agora ele havia parado o carro se virando para nos olhar. – A gente se beijou sim! E, se depender de mim, eu levo ela pra cama!

Certo, agora eu virei um pimentão de vez. E, apenas posso virar de volta minha face para o outro lado, fingindo que não escutei nada disso.

𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐁𝐚𝐫𝐫𝐚 𝐏𝐞𝐬𝐚𝐝𝐚 - [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora