— O que eu vou fazer? - encarei os dois seres estranhos, na minha frente. Manjiro deu um sorriso de lado e o outro uma risada sinistra, depois me entregaram uma roupa toda preta. – Vou realizar uma fantasia sexual de vocês? – arregalei meus olhos, com medo de ser isso.
— Agora não é tão esperta, né? - disse Manjiro, com uma cara nada boa. Dei de ombros e joguei a roupa na cara dele, o mesmo se levantou irritado.
—Quero que faça o que você faz de melhor! – sorriu e eu fiz sinal, pra que prossiga. – Coloque essa roupa e entre em um lugar para mim. Quero que seja meus olhos e ouvidos daquele lugar.
Me levantei com tudo do sofá, mas o outro me obrigou a sentar de volta.
— Você pode fazer, eu sei! – disse meu vizinho, sem paciência.
Engoli em seco e fiquei encarando as face dos dois homens, mas, o assunto parece ser sério, eu nem sei o motivo disso. Nem sei onde estou me metendo, se eles são criminosos, assassinos ou traficantes. Mas minha alma saiu do corpo, quando o outro apontou uma arma para mim, meu vizinho apenas gargalhou da minha cara de medo.
Pensei que seria usada para me matar, porém, deram para mim.
— Dá conta de meter esse nariz em uma máfia, menininha? – Manjiro, perguntou sério. Me moveu no sofá e, ficou com seu corpo bem próximo do meu, pôs sua mão no meu maxilar e apertou forte, fazendo um bico se formar nos meus lábios. – Eles abriram portas para uma prostituta. No caso, você vai se disfarçar de uma. – disse, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
(...)
Aqui estou eu, na recepção da tal máfia, esperando que o dono, chamado Kazutora Hanemiya, resolva me atender, enquanto meu vizinho e o amigo estão lá fora, em um carro disfarçado. Ainda estou usando uma roupa toda preta, como se eu fosse sequestrar alguém ou roubar um banco.
Logo um homem cheio de tatuagens se aproximou de mim, e com uma escuta no meu ouvido, Manjiro poderá ouvir tudo que nós conversamos. Sorri fraco, tentando ser atraente como aquele mala mandou.
— Então, você é presente das casas Bill's? Até que eu comprei uma boa vadia desta vez. – minha mão coçou, pra dar um tapa nessa cara bonita dele, o pior, foi ter escutado a risada de Manjiro do outro lado. – Venha comigo! – fez sinal, para ser seguido e assim fiz.
Rolei meus olhos pelos corredores que, passávamos, e a cada minuto abria minha boca por ser um lugar muito grande e lindo. Talvez, trabalhar em uma máfia tenha seus privilégios. Será que meu vizinho é de uma também? Mas ele mora em uma casa pior que a minha. – Hanma, disse que você é boa em um bom boquete. – arregalei meus olhos, porque primeiro que ele nem falou com o próprio dono desse lugar, que disse. Era o amigo do meu vizinho que armou tudo isso, enganando ele direitinho. – Então, me chupe logo! – abriu o zíper da calça social e tirou seu membro dali.
— Faz logo isso, pois tudo é parte do plano. Siga minhas ordens direito, curiosa. – disse Manjiro pela outra escuta. Muito irritado como sempre.
Olhei para o homem que, arqueou uma sobrancelha e apontou para seu pau com o indicador, virei meu rosto e a janela estava aberta. Pensei em fugir, mas, mais dois homens apareceram ficaram e parados em alerta de qualquer movimento meu.
Eu não sabia que iria ter que me submeter em algo assim, não que eu não chuparia esse lindo homem tatuado, mas isso já é demais.
— Parados! – puxei a arma, fiquei apontando toda sem jeito para eles. Kazutora sorriu e levantou as mãos em forma de redenção, arqueei uma sobrancelha por não achar que seria tão fácil assim. – Você é o dono das máfias Hanemiya? – ele gargalhou, por algo. Foi quando um cara puxou minha arma e me jogou com tudo em um sofá.
Kazutora Hanemiya aproximou de mim, fechei os olhos já esperando a morte, mas ele, simplesmente, tirou a escuta e o mini microfone dos meus ouvidos. Abri meus olhos e ele sorria sinistro, enquanto me olhava assustada.
— Olá, Mikey, eu estou aqui com a burra da sua parceira. Ou você venha até mim, ou eu vou mandar uns dos meus homens estourar os miolos dela. Ou antes, eu posso me aproveitar dessa ninfetinha gostosa. – minha garganta se formou um nó, a vontade de chorar e gritar era forte. Olha onde a curiosidade foi me levar!
— Mata! – o filho da puta, do meu vizinho, apenas respondeu isso. Até parece mesmo que, ele iria se preocupar comigo, uma vizinha curiosa que tanto se meteu na vida dele.
O tatuado mandou seus homens me levarem para o carro dele, que logo ele iria atrás. Agora já tenho a certeza que, vão me matar bem longe daqui e jogar meu corpinho em qualquer lugar imundo por aí.
Um dos homens, mais fortes, me pegou como saco de batatas e jogou-me no ombro dele, fui o caminho todo até sair daquele prédio, Ihe dando socos nas costas, mas o que recebi em troca foi um tapa bem forte na bunda.
Mas, do nada ele parou, somente senti meu corpo ser puxado com tudo e o dele caindo no chão. Olhei direito e homem sangrava muito, com uma faca cravada no pescoço.
Me virei com tudo, assustada, Manjiro me encarava com um sorriso. De tanto medo que senti de morrer, eu abracei seu corpo e enterrei meu rosto no seu peitoral. Gratidão!
— Achou mesmo que, eu fosse entrar lá e, colocar minha vida em risco por você? – colocou cada mão no meu braço, me puxou para encarar ele. – Eu sempre espero o momento certo, mas nunca deixo alguém do meu grupo morrer. – explicou, e novamente eu fui feita como um saco de batatas.
Me jogou dentro do carro que estavam, seu amigo deu a partida. Olhei de relance para o banco do passageiro que, meu vizinho ocupou, depois para retrovisor encontrando seus olhos escuros que também me olhavam.
Eu ainda estava muito assustada, com medo do que passei, mas fiquei mais apavorada quando ele disse...
— Por burrice sua, agora ele sabe como é seu rosto. Agora você se tornou alguém que mais vigiava. Você se tornou eu! – minha alma saiu do lugar de novo, pulei do banco e corri para minha casa, assim que o veiculo parou na frente da mesma.
Adentrei com tudo o imóvel, enquanto escutava passos atrás de mim, entrei meu quarto e logo meu vizinho arrombou a porta com tudo. Me levantou da cama pelo braço e, de novo, deixou nossos corpos juntos, encarando minha expressão de medo.
— Desculpa, mocinha, mas a sua vida de princesa acabou. Ou venha fugir comigo, ou fique aqui para morrer. – avisou com o sorriso mais cínico do mundo. Fiquei com ódio dele ter sido causador da minha futura morte. – Você não devia ter se metido a curiosa na minha vida! – agora ficou sério, disse de uma forma amedrontadora.

VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐁𝐚𝐫𝐫𝐚 𝐏𝐞𝐬𝐚𝐝𝐚 - [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]
General Fiction𝑷𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒄𝒖𝒓𝒊𝒐𝒔𝒂, 𝒆𝒎𝒃𝒂𝒓𝒒𝒖𝒆𝒊 𝒆𝒎 𝒖𝒎𝒂 𝒂𝒗𝒆𝒏𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒗𝒊𝒛𝒊𝒏𝒉𝒐 𝒊𝒅𝒊𝒐𝒕𝒂, 𝒑𝒐𝒓𝒆́𝒎, 𝒏𝒂̃𝒐 𝒔𝒂𝒃𝒊𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒕𝒓𝒂𝒗𝒆́𝒔 𝒅𝒆𝒍𝒂 𝒊𝒓𝒊𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒄𝒐𝒃𝒓𝒊𝒓 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒅...