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Acordei como barulho das portas sendo fechadas com força, custando-me uma dor de cabeça absurda e vontade de estrangular esses dois idiotas. Passando para frente ocupando o lugar de Draken, percebi que já estávamos entre minha casa e a de Manjiro, a qual eles adentraram depois de uma conferida se ninguém havia nos seguido até aqui. 

- Que estranho... Para ir levou no máximo três dias, e para voltar menos de dois. – resmunguei, pegando a garrafa de água que estava no porta luvas. - Não tivemos pausas, deve ser por isso. 

Comentei avoada, entendendo que fizemos muitas pausadas que nos custava horas perdidas dentro daquele veículo, coisa que eles dois nem fizeram questão.

Depois que havia secado aquela garrafınha, joguei em um canto qualquer antes de sair do carro, escondendo-me na latarel dele até poder entrar em minha casa a qual se encontrava com a porta aberta, móveis revirados e tudo pelo chão.

Fiquei assustada diante disso, questionando quem teve a coragem em destruir a casa da minha infância, e quais foram seus motivos que levaram a isso. Pensei que poderia ter sido meu "pai" após voltar, mas repensei nessa possibilidade assim que lembrei a onde poderia estar a mulher que se diz minha mãe. 

- Minha vida daria um filme entediante. -  queria rir, mas a vontade de chorar era maior.- Não acredito nisso. 

Meu peito subia e descia, após ter avistado os ossos ressecados do gatinho da família ali. 

- Isso é muita crueldade. – lamentei, sentindo meus olhos arderem denunciando choro. – Nem meu gato dispensaram. Meu Deus. 

Sentando chão do pequeno no corredor, fiquei estirada encarando os ossos secos do felino ali, à minha frente. 

- Você tem certeza, que pode estar aqui? - escutei a voz de Draken, denunciando a entrada deles nessa casa. 

Rapidamente levantei do chão, correndo para me esconder em um dos cômodos do imóvel. Ficando atrás da porta do quarto que era meu, relaxei pelo guarda- roupa ficar lado a lado da mesma, impedindo que me vejam a não ser que fecham a porta, coisa que nem irão se preocupar de fazer. 

- A casa revirada, é sinal que eles não devem ter achado. - disse Manjro, entrando no mesmo quarto que eu. 

Meu peito faltou sair pela boca após ver ele ali, mexendo nas minhas coisas, gavetas de calcinhas a qual pegou uma e guardou no bolso da calça. Pervertido. 

- S/N, era tão festeira, que tem fotos dela para todos os lado em festas. - comentou Tae, rindo de umas fotos que estavam ao lado da cama. -Essa foto não te incomoda, Mikey? 

Indicou uma delas, a qual eu estava beijando dois homens ao mesmo tempo,  porém não sabe que ambos são um casal de gay. Ai que saudade dessa minha vida ridícula. 

- São gays. - não dando tanta importância, respondeu. 

- Como sabe? - questionou seu amigo, voltando a mexer nas coisas.

- Eu estava nessa mesma boate, e a curiosa se percebeu disso. Se nem esqueceu que não era apenas ela a vigiar vidas aqui?

- Ah, é. Você já estava de olho nela nessa época, seguindo a mesma em todos os lugares. - falou tão empolgado, que parecia ter descoberto uma mina de ouro. - Pera... No caso, você já estava gostando dela nessa época? 

- Sim. No dia que ela apareceu na minha porta apenas de toalha, e usou meu banheiro, eu quis a beijar. - suspirou, admirando umas fotos minhas. - Reprimi meus sentimentos, sabendo que S/N não gostava de mim, e que poderia estragar meus objetivos do plano. 

Eu não sabia mais como se respirar, era muitas confissões de uma vez só, não sabia que ficava feliz e achava fofo por Manjiro já se apaixonado por mim muito antes dessa confusão, ou com raiva, por saber que eu fazia parte de algo que era do interesse dele, me mantendo em sua mira. 

- Você é muito idiota. Basta apenas uma palavra, para S/n confirmar as suspeitas que ela tem. - avisou Draken, sabendo muito bem que isso é verdade. - Você devia ter falado disso com el... 

Parou de tagarelar assim que escutou vozes vindo da sala. Os dois se entreolharam, sacando suas armas em seguida e indo em direção a saído do quarto, com segundos depois escutei barulho de tiros que me deixaram apavorada, preocupada com eles, sem saber se foram para cima deles. 

- Preciso sair daqui. 

Pensei alto, averiguando se tinha possiblidades de sair pela porta, mas a mesma estava bloqueada por um corpo de homem estirado no chão. Eu queria gritar, mas a garganta não emita sequer um som, causando mais ainda meu desespero por não saber o que fazer. Quis gritar por Manjiro, querendo que ele me ajude e me tire daqui, me salve como sempre, mas isso seria impossível. 

- Cadê os documentos dela? - era a voz de Manjiro. Ouvir sua voz me fez relaxar, sabendo que estava bem. 

- Está com ele, seu veado. - essa voz eu não conhecia. 

- Veado? Manda tua irmã ficar de quatro na minha frente, imbecil! 

Se foi ouvido barulho de um único tiro e algo caindo no chão. Ele matou o homem. 

Olhando tudo em minha volta avistei a janela, a qual saí por ela ficando de cara com a lateral da casa de Manjiro. Porém, essa queda custou minha cara atolada em uma poça de lama melando-me o rosto uma poça de lama, melando-me o rosto todo.

- Você é muito desastrada, S/n. - travei com essa voz. 

Limpando o que pude do meu rosto, tive a visão de Kazutora Hanemiya em pé na minha frente, esbanjando seu sorriso psicótico.

- Essa é a hora que você atira em mim? - engoli em seco, fitando a arma em mão que ele segurava. 

- Quer tanto morrer assim? - ria e do nada estendeu mão em minha direção. - Venha comigo, ou eu estouro os miolos do seu queridinho. 

Estava se referido a Manjiro, como se tivesse pego ele. 

Sem relutar e questionar, segurei sua destra a qual com apenas um impulso me pôs de pé. Assim seguimos até uma van preta, abriu a porta da mesma para que eu entrasse, porém, parei ficando assustada com o que viria depois que eu entrasse.

- S/n! Não! - virei-me, encontrando Manjiro que corria em nossa direção.

𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐁𝐚𝐫𝐫𝐚 𝐏𝐞𝐬𝐚𝐝𝐚 - [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora