Dei uma olhada de cima abaixo no homem, recordando-me dele de algum lugar, até perceber que se tratava daquele loiro que tentou nos matar uma vez no hotel. Engoli em seco, no momento que ele sorriu parecendo lembrar de mim também, e rapidamente disparei em uma direção do corredor.
- Esse lugar é de dar medo. - abracei meu próprio corpo, sentindo nojo do chão e paredes a cada corredor entrado.
Na dobrada para outro, avistei dois caminhos bem suspeitos, um que se tratava da escada que o loiro havia falado, e outro que era uma escada também, mas parecendo levar a um porão.
Seria tão óbvio e previsível, permanecem com ela justo ali?
Mordi meu lábio inferior curiosa como sempre, não sabendo o caminho seguir a partir daqui, ainda mais por não que encontrar nenhum dos lambe chão de Kazutora. Decidida, peguei o caminho óbvio para tirar minhas dúvidas, mas dei meia volta ao avistar no máximo três homens no fim da escada.
- A escada que leva ao topo. - pulei assustada, após essa voz atrás de mim.
Era novamente aquele loiro, indicando a outra direção para mim seguir, querendo evitar problemas com Kazutora.
Antes de seguir qualquer direção, acabo por avistar a mulher que se dizia ser minha mãe vir em nossa direção, deixando claro que é como todos os demais aqui, uma soldada que segue cegamente as ordens de Kazutora.
Eu não tinha pulso no momento para encarar ela, muito menos ouvir sua voz que muitas vezes disse me amar, que muitas vezes disse " A mamãe está aqui ". No final de tudo isso, apenas mais uma mentira como tantas.
Passei rápido por ele, subindo a imensa escada a fim de encontrar Kazutora, pois tenho muitas perguntas para fazer a ele. Portanto, apressei meus passos, me arrependo no momento que passei por um cômodo da porta aberta, recuando dois passos querendo confirmar mesmo do que se travava aquele cômodo.
- Manjiro, por isso ele tem sua irmã? - estava perplexa, observando todas aquelas fotos espalhadas pelas paredes.
- Ainda está disposto ao certo, imouto? - virei-me, notando Kazutora escorado na entrada do cômodo. - Até onde vai sua curiosidade, menina?
Ria, gostando da expressão de apavorada que esbanjei.
No momento que ficou em minha frente, segurou meu queixo o erguendo deixando próximo a seu rosto, tão perto que se podia sentir o cheiro insuportável de álcool.
- Em nenhum momento ele me machucou, como pode ter tanta certeza que ele matou nossos pais? – semicerrei meus olhos, buscando implicações certas vinda dele.
- Porque ele me disse que os matou! - gritou, parecendo um monstro.
Tirei em segundos sua mão do meu queixo, com tanta brutalidade que assustou Kazutora
- E por que pegou fogo? - continuava a questionar, desacreditada ainda.
Sei que ele nunca ousaria matar inocentes, ainda mais de uma forma tão cruelmente assim.
- Melhor... Por que ele estaria lá? - faltava isso, para minhas suspeitas serem certas.
- Éramos amigos. Era meu aniversário e resolvemos beber com os caras, mas tudo fugiu fora do controle e... - ficou olhando para os lados, como se não soubesse o resto da história. - Aí ele foi o último a sair, com gasolina em mãos.
Por fim, encarou-me e disse isso calmamente, transportando tristeza em seus olhos que estavam marejados.
- Amigos - assentiu ele, enquanto a mim estava pasma ainda. - Tudo isso se baseia a vingança? Não pensou que poderia ter sido um acidente?
Com uma força incomum vinda da parte dele, o mesmo segurou com brutalidade meu pescoço trazendo-me mais para perto dele, logo me arremessando contra umas caixas de papelão jogadas no chão, junto de muitos jornais que continham em primeira página o incidente daquele dia. Suspeitos? Não confirmados.
- Você está no lado de quem? Do meu que tentava lhe manter segura, ou de um psicopata que usava você? - ergui a cabeça. podendo encara sua face furiosa. - Ele matou nossa família. S/. Certo?
fechei meus olhos, lembrando de todos os momentos com o Manjiro, para muitos chega a ser poucos, mas para mim foram bastantes e sei que ele sente o mesmo.
De inicio eu tinha respostas certas ao que fazer, chegavam a ser incertezas ainda, porém, agora sei o que é certo, assim como sei e acredito que Manjiro não foi responsável pela morte daquele casal, que Kazutora afirma ser meus pais também.
- Certo, onii-san. – sorri falsamente, me sentindo a nova vilã da história.
(...)
Pov's Mikey
- Nenhum rastro dela. - disse Kenzinho, suspirando derrotado.
- Procura de novo, checa as imagens das câmeras de cada rua, avenida e bairro! - gritava eu, dando mais e mais ordens.
Meu peito ardia, sentia um nó tão grande na garganta que nem beber estava ajudando. É difícil acreditar que ele o levou, que com uma simples palavra ele fará S/n me odiar com todas as forças.
Kenzinho estava certo, todos estavam certos eu devia ter jogado a limpo com ela certos, eu devia ter jogado a limpo com ela desde o início, talvez assim ela até iria se dispor a me ajudar por boa vontade. Mas não, eu a enganei, menti e a usei por um bom tempo antes de cair na real, decidindo pegar outra estrada para recuperar minha irmã, sem ter que fazer S/n de objeto de troca.
- É bom, que você traga minha amiga de volta, pois eu vi que esse cara não está para brincadeira. Ele pode matar ela! - Mimi era segurada por Mitsuya, pois a mesma estava descontrolada.
– Não matará, ele é irmão dela.
Depois de ter dito isto, a garota do meu amigo pareceu ter ficado com cérebro congelado, não conseguindo raciocinar minhas palavras. Encarou meu amigo, depois a mim e por fim os outros caras que na sala estavam, ocupados checando cada sinal daquele carro que levou S/n.
- Sinto muito, Mikey, mas S/n evaporou do mapa. - avisou Chifuyu, fechando seu notebook.
- Nem eu mesma consigo encontrar ela. Acho que a placa usada era falsa. - Aika lamentou por mim, com um semblante tristonho.
- Que merda eu fiz? - levei minhas mãos até o cabelo, puxando meus fios pretos.
Apertava meus olhos com força após ter os fechados, reprimindo qualquer lágrima que role, ao mesmo tempo pasmo não acreditando que bastou apenas uma mulher para derrubar minhas forças, tirar a armadura de durão.
- Não vamos parar de procurar por ela. – escutei Baji afirmar, segurando a barra por mim.
- Pessoal, não procurei nem por S/n e nem por Emma. - disse novamente Chifuyu, atraindo atenção de todos.
- Como não? Eu quero salvar minha irmã, e morro sem ter minha pirralha ao meu lado questionando tudo, com aquela curiosidade incomum. - gritei com o mais novo, que ria estranho.
- Estamos sabendo, seu exagerado. - levantou-se do sofá, vindo em minha direção. - Precisamos achar apenas uma pessoa, que nos levará até as duas.
- Kazutora Hanemiya. - completou Draken, sorrindo abertamente.
- Então, o que estão esperando? - encarei a todos. - Descubram onde esse covarde se esconde!
Após isso, cada seguiram um direções opostas, agora não procurando por vestígios de S/n, e sim o esconderijo do meu antigo amigo.
- Você terá que ouvir minha versão também, S/n, para depois dá minha sentença. - fixava um canto qualquer, desejando que ela entenda tudo no final.
(...)
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𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐁𝐚𝐫𝐫𝐚 𝐏𝐞𝐬𝐚𝐝𝐚 - [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]
General Fiction𝑷𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒄𝒖𝒓𝒊𝒐𝒔𝒂, 𝒆𝒎𝒃𝒂𝒓𝒒𝒖𝒆𝒊 𝒆𝒎 𝒖𝒎𝒂 𝒂𝒗𝒆𝒏𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒗𝒊𝒛𝒊𝒏𝒉𝒐 𝒊𝒅𝒊𝒐𝒕𝒂, 𝒑𝒐𝒓𝒆́𝒎, 𝒏𝒂̃𝒐 𝒔𝒂𝒃𝒊𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒕𝒓𝒂𝒗𝒆́𝒔 𝒅𝒆𝒍𝒂 𝒊𝒓𝒊𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒄𝒐𝒃𝒓𝒊𝒓 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒅...