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Pov's S/n

Após ter deixado Kazutora com seus pesadelos do passado, desci pela mesma escada logo parando no fim dela, voltando a encarar aquele porão onde eu tenho a certeza que deve ser a localização de Emma. Um pouco mais silenciosa agora, voltei a seguir aquela direção suspeita, me parecendo que os mesmos homens ainda estavam lá. 

Suspirei derrotada dando meia volta, desejando que Mitsuya estivesse aqui para me iluminar com uma de suas ideias, nem que fosse alguma maluca. 

- Aish, eu preciso saber se ela está lá. - resmunguei baixinho, me escondendo atrás de umas caixas largadas pelo corredor. 

Em meio a isto, ouvi passos se aproximando vozes que pareciam procurar por mim. 

- Ela é mesmo irmã de Kazutora? - questionou alguém, confuso como eu.

- Nem sei, cara. Ele diz que é irmã dele, mas por que vigiar a garota? - prosseguiu o outro com as dúvidas.

- Deve ser pelo envolvimento que ela teve com o outr.. Espera! Jay estar a ligar. - de canto, pude ver ele pegar o celular. Ah! Já levaram comida para ela, fica tranquilo que sabemos que não é a hora dela ainda. 

Eles pretendem darem um fim em Emma? Caramba! Preciso me apressar logo, ou essa merda vai virar uma cagada. 

Encerrando a ligação, o homem levou o celular para pôr no bolso da calça, porém, caiu na mesma hora que ele voltou a pegar caminho com o outro. Ambos não se aperceberam disso, se afastando cada vez mais logo pegando outro corredor. Parecia que uma luz bem brilhante me iluminou, como se realmente fosse o destino desde o início, em me trazer para este lugar como também, fazer brotar esse celular após ter pensado no meu amigo. 

Rapidamente levei a mão para pegar o celular, permanecendo no mesmo lugar enquanto encarava a tela do aparelho, tentando lembrar o número de quem poderá me ajudar diante dessa barra pesada. 

- Deixarei para ligar de noite, antes que eu seja descoberta aqui. - pensei direito, deixando o celular no silêncio antes de esconder no sutiã.

(...)

Depois que todas as luzes do corredor foram apagadas, arrastei-me para cantinho afastado da porta o qual era bem mais escuro e discreto. Atenta a qualquer aparição de um dos caras, peguei o celular que não continha uma boa carga, e aflita bufei sabendo que terei que ser rápida e direta. 

No primeiro toque tive sorte, ouvindo aquela voz de Mitsuya que me fez abrir um imenso sorriso, sentindo saudades das nossas implicâncias, brincadeiras e a amizade que construímos durante essa barra pesada. 

- Com quem falo? - fazia nem questão em disfarçar sua voz, e com isso soltei uma risada baixinha. 

- Não acredito.. S/N ? 

- Sim, seu cuzão. - ergui a cabeça, checando se não tinha ninguém. 

- Me fala onde está, que vamos te buscar!

Suspirei, notando o quão terrível ele é quando age pelo impulso do momento. 

- Não posso falar, são muitos homens armados. Porém.. Preciso que busque Emma em um lugar amanhã. - falei de uma vez, talvez deixando ele perdido. 

- Emma está aí?  - murmurei um - Uhum ". - Diga onde estão, não importa se eles têm Hitler ao lado, nós iremos atrás de vocês. 

- Baka.. Não seja burro, Mitsuya. Sou irmã de Kazutora, isso terá algumas vantagens para tirar Emma daqui, mas preciso que nos busque naquela cabana que você apareceu uma vez. Mantenha isso apenas entre nós, pois sabe que Manjiro fará tudo errado querendo invadir aqui. Não dá certo, os armamentos desses homens são pesados, o local é tão vigiado que nem uma formiga entra. 

Meu amigo suspirou pesado, não aceitando mesmo minha ideia maluca que eu mesma temo em dar errado, mas essa é a melhor solução, pois quem for de fora tentar entrar encontrar a morte na certa. 

- Tudo bem, confio em você, é uma ótima aprendiz de Mikey. - ria do outro mim fiquei calada pensando no moreno. – Ele ainda não dormiu, lado, enquanto a virando o mundo atrás de você

- Eu mesma vou me levar de volta - para ele, e de presente Emma. - sorri, suspirando. – Mas dessa vez ele terá que contar tud... Mitsuya? Droga! 

O celular havia descarregado e minha última alternativo foi quebrar o mesmo, evitando que eu seja pega. 

(...)

- É sério, eu nem sabia que essa merda de celular estava no meu bolso o tempo todo. Quebrei o caralho ainda, sentando sem perceber. - conversava com o outro, um tanto confuso com a aparição do celular.

Se ele soubesse que coloquei no seu bolso no instante que havia fingido desmaio, fazendo com que me segurasse, não estaria agindo igualmente um pateta diante dos amigos. 

Terminava de comer a marmita que o loiro havia trazido para mim, sendo atentamente aos passos de todos eles durante o dia, o que fazem, seus horários de postos e quando trocam também, sendo uma barata sorrateira entre eles.

-  Ei, garota. Termine logo essa merda. - ordenou grosseiramente um deles, querendo crescer para cima de mim.

 - Garota uma porra, sou irmã do dono que te alimenta com restos dos cachorros! - levantei-me sendo firme, aproveitando dos laços sanguíneos com Kazutora. 

- Vejamos só, não é que ela demonstra ter pulso? - ria em deboche com os demais, provocando-me.

Em um simples gesto rápido, arremessei o prato em sua cabeça, a mesma era tão dura que quebrou o prato e nada causou nele.

- Cabeça de aço. – soltei uma risada o qual mexeu com ele, que veio com tudo para cima de mim.

-  Vou arrancar com gostinho, esse sorriso da tua cara, moleca. - levantou o punho cerrado pronto para atingir na minha face, mas o loiro por motivos desconhecidos por mim, segurou seu braço de imediato. 

- Não seja burro, Kazutora mata apenas quem bagunça o cabelo dele, imagina o que fará contigo, por agredir a irmã dele. = o mesmo me soltou sem relutar, sumindo das nossas vistas. - Tudo bem contigo? 

- Não finja que se importa. - lhe olhei firmemente nos olhos, antes de passar pelo mesmo que soltou uma alta risada. 

(...) 

Era por volta das três da tarde, quando deixei a revista de lado após Kazutora ter chegado com alguns de seus homens os quais cada um segurava em mãos armas. Aquela cena me deixou assustada, mas nada que eu devia demonstrar se penso mostrar a esse homens que medo ninguém me coloca, apenas Manjiro mesmo.

- Trouxe um presente para você, imouto. - sorria sinistramente, entregando-me uma pistola.

- O que farei com isso? - minha pergunta parecia ter sido piada, já que junto do tatuado, todos caíram na risada. 

- Seu brinquedinho, que usará da próxima que fez que estiver frente a frente com Mikey. - engoli em seco, querendo correr pra longe. - Abrirá um buraco na mente dele, não é?

Somente assenti seguido de um sorriso forçado, o qual fez com ele acreditasse em mim. 

- Boa menina, S/n. - bagunçou meus cabelos, como se eu fosse sua cadelinha seguidora.

𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐁𝐚𝐫𝐫𝐚 𝐏𝐞𝐬𝐚𝐝𝐚 - [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora