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- Não deixarei você ser feliz, não mesmo. 

Firmando seus punhos em uma certa altura do rosto, Kazutora se preparava para avançar em Mikey que tentava ao máximo não manter contato com S/n, seu estado seria visto como distração para ele fracassar, ficar preocupado neste momento não é opção correta. 

- Por quê? Não tenho permissão para ser feliz? - questionava o moreno, guiando os passos do seu adversário que dava voltas daquele cômodo, esperando uma boa oportunidade de o acertar em cheio. 

- Você destruiu nossa família, obrigou-me deixar S/n aos cuidados de outra após os surtos que tive- a garota que em silêncio assistia aquilo, chorava sentindo o sofrimento do irmão.

- Já disse que o culpado não sou eu! 

Gritou Manjiro, não suportando mais as acusações, avançou primeiro indo pra cima decima de Kazutora que, usou os braços como defesa, recebendo as sequências de socos que o moreno dava, tentando atingir aquela face revoltada que expressava vingança, mágoa e confusão. Erguendo um dos joelhos, Kazutora conseguiu chutar ele para longe, o fazendo cambalear para trás e voltar na mesma hora, sendo agarrado em um mata leão, ao sentir os braços do seu adversário rodear seu pescoço, apertando tanto que sufocava, faltava o fôlego, fazendo S/n entrar em um desespero enlouquecedor. 

Enquanto ambos estavam a se matarem, S/n se debatia tentando se livrar daquelas correntes, por mais que estivessem presas firmemente. Não se vendo outra saída, passou gritar a claramente por socorro, aquela cena deles brigando não estava nada bonito de se vivenciar. 

- Você matou eles, Mikey! Eu tive que viver mentindo para S/n, tive que viver longe dela por conta do temperamento que adquiri. - por cima do ruivo, apertava o dela pescoço dele usando as duas mãos. Somente iria parar, quando visse a alma de Manjiro.

- Não faça isso, ou eu terei que contar verdade. - disse Manjiro, a buscando uma maneira de se soltar. 

- Contar que verdade? Que você os queimou a sangue frio? - deu risadas debochadas, subindo dos punhos um preparando para acertar o rosto do seu rival.

Quando o impacto daquele soco veio com força, acertando sua face ao ponto de tirar sangue, Manjiro buscou forças em seu quadril virando para o lado, levando o corpo de Kazutora junto desarmando o mesmo. Aproveitou-se então, para ser a vez dele de ditar as regras, agindo agilmente com as pernas, fazendo um mata leão com elas em volta do pescoço de Kazutora que, cuspiu sangue sentindo-se sem ar. 

- Éramos amigos, sua família era como a minha família! Nunca que eu ia os matar, tão pouco dizer quem é o verdadeiro culpado! - puxou o braço dele, usando para forçar naquele aperto. 

- Manjiro, você está matando ele! - gritou S/N, assustada com os olhos do seu irmão revirando. 

- Ele nunca vai parar, S/n. Se eu contar a verdade, pode piorar tudo. 

- Diga a verdade! 

Exigia ela, além de querer saber o fim verdadeiro daquela história, precisa ter a certeza se iria ser o suficiente para acabar com essa guerra. Manjiro afrouxando o aperto, soltou aos poucos Kazutora que estirado no chão ficou, sentindo sequer OS músculos do corpo, muito menos o cérebro raciocinar corretamente.

Manjiro levantou correndo em direção a S/n, tratando em soltar sua garota daquelas correntes que apertavam sua pele macia. Como ele estava de costas e ela prestava atenção nele, não se aperceberam do outro tatuado levantar, segurando em suas mãos um dos canos jogados naquele chão, andando lentamente pronto para atingir a cabeça do moreno, o qual apenas sentiu a dor da pancada forte, caindo de joelhos diante de S/n que gritou. 

- A verdade é que, você os matou. - afirmou Kazutora, erguendo o cano para atingir mais outro golpe. Antes que, ele fosse fazer aquilo, S/n conseguiu se livrar do resto das correntes, jogando seu corpo contra de Kazutora, caindo ambos para trás com ela em cima dele. 

- Chega, Kazutora! Você está cego de vingança, tanto que, não se percebe o que está diante dos seus olhos! - sentou no quadril dele, antes de segurar sua face com as duas mãos. 

- O que você quer dizer, S/n?

- Você quem os matou, Kazutora Hanemiya! Você matou sua família! - um pouco atordoado, quem confessou de uma vez dando fim aquela história, foi Manjiro tirando S/n de cima do irmão da mesma. - Você, quem colocou fogo na casa naquele dia.

- Não, não... Eu Ihe vi sair daqui, logo após tudo explodiu. 

- Eu tentei os salvar, enquanto você bêbado, nada fez além de culpar a mim cegamente, por não querer enxergar a verdade. Sequestrou a minha irmã como uma vingança doentia e, tudo que eu vinha passando durante todos esses anos foi culpa sua. Me tornei um monstro por culpa sua e, mesmo assim, me mantive o culpado para você. – Manjiro gemia, a cada palavra que tentava dizer. 

Seu corpo estava muito machucado, assim como de Kazutora o qual se mantinha ainda deitado no chão, chorando com a verdade revelada, custando a acreditar que ele foi o único culpado que, um inocente viveu durante anos levando a culpa do seu pesadelo. 

- Trazer S/n nesta viagem comigo, não foi para atingir você, foi para a proteger das suas alucinações. Porém, tive que a usar no início, para saber se era realmente você. - cada vez mais, suas duras palavras sinceras, fazia Kazutora chorar junto a S/n. 

- Eu não os matei! 

Levantou Kazutora em um gesto rápido, erguendo o pedaço de cano para acertar seu rival, querendo calar sua maldita boca de vez. Ao invés disso, sua cabeça passou a doer como se fosse mil agulhas Ihe perfurando, lembranças daquele dia vieram à tona, causando muitos gritos enquanto pressionava com os dedos suas têmporas, ao mesmo tempo que sentia o calor das chamas.

 Caindo de joelhos diante de S/n e Manjiro, se pôs a chorar como um bebê chamando pelos pais, finalmente, havia se recordado de quem foi verdadeiro culpado. 

- Eu sou um monstro. - murmurou inaudível, encarando as próprias mãos. 

- Não, Kazutora. Foi um acidente.. - deu um passo à frente, para abraçar seu irmão, mas o mesmo levantou e saiu correndo.-  Kazutora! 

- Deixa ele, S/n.

Manjiro segurou seu pulso, impedindo da mesma sair correndo atrás do homem, logo a puxou para um abraço apertando-a forte como nunca. Finalmente, Mikey sentia a plena paz, tudo tinha acabado. 

- Vocês estão bem? - Chifuyu, havia chegado junto com os outros no local. 

- Sim, acabou o pesadelo. - mantinha seu queixo no topo da cabeça da sua garota, abafando o choro de S/n. 

- Encontramos Kazutora fugindo no carro, pensávamos que havíamos chegado tarde demais. - Keisuke se pronunciou, um tanto aliviado.

- Chegaram na hora certa, hora certa.

Manjiro, se sentia bem dessa forma, não queria que seus amigos apreciassem aquela cena de minutos atrás.

(...)

𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐁𝐚𝐫𝐫𝐚 𝐏𝐞𝐬𝐚𝐝𝐚 - [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora