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- Quem é ele, Manjiro? – gritei com o moreno, que andava de um lado para o outro no quarto. – Pare de esconder as coisas! 

- Não! Não é seguro a você, para o seu bem e da minha irmã! - gritou também, agora vindo até a mim que recuei para trás, desafiando o moreno. 

- O que sua irmã tem a ver comigo? - estreitando meus olhos, sustentei meu olhar sobre o moreno. - Kazutora quem está com ela. 

- Pirralha? - chamou-me, tocando de leve meu queixo, levantando minha cabeça por ali. – Você confia em mim, não?

Prendi meus olhos nos dele, buscando vestígios se posso confiar no cara o qual passei dividir minhas noites, o mesmo que vem dando sua vida para me manter segura. Afinal, não se dá para saber se "meu pai" estava a falar verdade, já que veio a mentir até hoje sobre mim. 

- Confio.

Sorri, e ele também depositando um selar na minha testa.

- Acredite, estou a cuidar de vocês duas, mesmo que no final isso possa estragar nossa relação. 

Quando eu estava a questionar o porquê isso poderia acontecer, Draken adentrou o quarto sem permissão alguma, pedindo que Manjiro seguisse ele até a sala, onde deixou aquele homem de mais cedo. Assim ele fez, sem permissão alguma corri atrás deles. 

Entramos naquela sala a qual Mimi ficou, Mitsuya estava ali ao lado de Keisuke que desvendou o homem o qual olhou todos nós, parando sua visão em mim. 

- Bela garota, Mikey. Ela fode bem? - sorria sarcástico, querendo irritar a todos. 

- Fode, mas é comigo! - se direcionou até ele, pondo cada braço ao lado do mesmo ao se inclinar. – Onde Kazutora, está a esconder minha irmã?

Encarava sem pudor, de um jeito intimidado transformando-se em outra pessoa. 

- Desemboca! Cadê Emma? - gritava Draken, mostrando ser o mais interessado nessa garota.

- Isso é culpa, Draken? Culpa por ter deixado ela sair sozinha, naquele dia que brigaram? – a dor dos outros era diversão para si. 

Manjiro, com a mais calma do mundo esbanjando um sorriso maléfico, pegou um das facas que estava entre aquelas ferramentas de tortura. A esquentou o máximo que pôde a ponta dela diretamente no isqueiro, antes de deixar a centímetros do olho daquele homem. 

- Eu como cu, por que não comer olho? - senti-me constrangida com as palavras de Manjiro, mas me mantive quieta. – Cadê a minha irmã? 

Deixou mais perto ainda e podia se vê o brilho no olho daquele homem, causada pelo objeto da ponta laranja em anúncio que estava quente. 

- Eu não. Mas, Kazutora disse que faz troca. - negociou, interligando seu olhar a mim e Manjiro. – Você sabe o motivo a qual ele a quer. 

- Sem chances. S/N é minha.

- Pensava assim no início? Quando a trouxe nessa aventura contigo? - riu, recebendo aquela faca quente na bochecha direita. 

– Hahahaaa... 

- Draken, tire S/n daqui. Você nem devia ter a deixado entrar. 

Ordenou a seu amigo que rápido saiu me arrastando contragosto, enquanto eu me debatia querendo saber o que ele falará, o que acontecerá. 

- O que Kazutora quer comigo? O que eu fiz? Por que tudo se transformou em uma bola de confusão? - questionava disparada a Draken, que fingia não ouvir nada. – Quem é ele e, quem são vocês?

- Somos as princesas da Disney, e Kazutora a Barbie sem Ken. 

Revirei meus olhos, por tudo ser levado na brincadeira com esses caras. 

(...) 

Já sabia o fim, que se teve aquele homem no momento que Manjiro retornou ao quarto, com sangue em suas mãos as quais eu fitava. Seguiu até o banheiro e minutos depois voltou banhado, apenas de calça preta com rasgos em um dos joelhos, ficou jogado no sofá velho que tem no cômodo enquanto mexia em sua arma, a desmontando e trocando a munição.

Deitada apenas observava ele, com medo das respostas que minha boca teima em perguntar. Tudo passou a ficar um bolo de confusão, deixando a curiosidade maior ainda. Porém, me mantive na minha, já que depositei confiança a ele. 

- Você quieta, é milagre. - comentou baixinho, cortando o silêncio que havia.

- Apenas estou cansada de falar, ouvir e pensar. - deitei de peito para cima, fitando aquele teto ruído. 

- Você ficará com Chifuyu outra vez, pois sairei com Draken. - o ouvi avisar. 

Suspirei profundamente, segurando minha língua na tentativa de não questionar onde vão, ou o que farão. 

- Certo. 

- Não. Essa não é a garota por quem gostei. - escutei ele protestar sobre meu comportamento, com segundos estava a deitar sobre mim. - Me fale, pirralha. 

Segurei seu rosto entre minhas mãos enquanto olhava profundamente em seus olhos, sorri apaixonada, no momento ao perceber que Manjiro me conhece muito bem, desde as falhas até as mudanças de humor. 

Ele é tão precioso, mas misterioso como o resto desses segredos. 

- Estou bem. Apenas aérea pensando no nas coisas que meu pai. Digo, que aquele senhor disse. - brinquei com suas bochechas, apertando cada um. - Quem torturou ele? Kazutora? 

Deu de ombros, não sabendo ou fingindo que não sabe. 

- O que importa? Você tem a mim, não precisa de outro alguém. Posso ser seu Daddy, namorado, tio, irmão. Incesto é gostoso. 

Comecei a rir da loucura dele. Tinha que ser ele a me fazer rir, no meio da situação confusa. 

- Preciso ir. Prometo te encher de amor e mimos, quando chegar. - juntou nossos lábios, iniciando um beijo delicado. - No outro tu fica sem roupa. 

Piscou como olho, e em um pulo se colocou de pé a procura de camisa e jaqueta. Após vestido, pôs arma na cintura e saiu depois de me observar por minutos da porta. 

Em um pulo saí da cama, pegando umas jaquetas dele e pondo em mim, seguido de um boné. 

Com minutos cheguei no estacionamento antes deles, já que os dois pararam na cozinha pra falar com os outros. 

Sabia qual carro eles pegariam, rápido adentrei atrás do mesmo me mantendo escondida entre os bancos, a escuridão da noite ajudaria na minha camuflagem. 

- Onde vamos? - perguntou Draken após bater com a porta, entrando. 

- De volta a minha casa, a qual tive que morar para conhecer ela. - respondeu, ligando o som do veículo. 

Interessante, Sano Manjiro.

𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐁𝐚𝐫𝐫𝐚 𝐏𝐞𝐬𝐚𝐝𝐚 - [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora