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Pov's Mikey

Vai ser agora, que vou colocar medo nessa garota, assim ela vai parar de meter esse nariz onde não deve. Que saco! Todo santo dia fica encarando minha casa da varanda dela, os meninos não podem vir aqui que ela passa o tempo decorando o rosto deles.

Percebi que ela chegou de alguma festa, por causa da janela do meu quarto que estava aberta, devorava os olhos vendo ela tropeçar nos próprios pés e depois avistei ela vindo na direção da minha casa, apenas de.... toalha?

- Você está nervosa, S/n? - sorri de lado, vendo a garota em transe. Era isso que eu queria fazer com ela, deixar ela intimidada e parar de dar uma de espião na minha vida, a mesma deu um sorrisão sapeca que, me deixou intrigado.

- Vou adorar usar o banheiro da sua casa! - indagou, me empurrando para o lado, entrando sem permissão. Rolou os olhos pela minha sala e depois estalou a língua no céu da boca. - Achava que você era bagunceiro, e sua casa uma zona. - sorriu e, enfim seu olhar parou em mim.

- As aparências podem enganar. - soltei no ar, deixando a menina confusa.

Fiz sinal pra ela me acompanhar até o banheiro e assim ela fez, eu indo na frente e ela atrás, olhando toda a casa, como uma curiosa.

- Se quiser companhia, eu estarei no meu quarto. - avisei, passando por ela.

A mesma adentrou o banheiro e logo pude ouvir o barulho do chuveiro ligado. Fui para meu quarto, guardei as coisas que meu amigo trouxe mais cedo, na hora que a curiosa estava me espiando como sempre.

Fiquei sentado na janela do quarto, quando parou o barulho da água descendo do chuveiro, fui atrás para levar a garota até a porta, quando entro no corredor a mesma não estava. Até que avistei pingos de água pelo chão, que levavam a outro quarto.

- Que garota mais intrometida. - apertei os passos e adentrei o quarto, dando de casa com a garota olhando para meu guarda-roupa, a ponto de abrir. Mas segurei sua mão a tempo, e ela se virou pra mim. - Aqui não é o banheiro, e muito menos meu quarto! - sorri forçado, encarando perfil.

- Ops! - coçou a nuca, fazendo uma careta - Sabe o que é? Eu errei de quarto, achei que esse poderia ser seu. - arqueei uma sobrancelha, fingindo acreditar nela.

Levei ela até a porta de saída, e saindo, dei de cara com Baji que estava prestes a bater, ele olhou pra mim e depois para a garota de toalha, sorriu malicioso por pensar besteira.

Revirei os olhos, empurrei a garota pra fora e puxei meu amigo para dentro, o mesmo se jogou no sofá e eu olhei pela janela vendo a garota indo na direção a casa dela, enquanto me xingava, creio eu.

- Pegando a vizinha curiosa? - sorriu malicioso, e me jogou o pacote que trouxe.

Peguei e dei uma verificada para saber se estava tudo ali, como o combinado.

- Eu não julgo você, ela é muito tesuda e serve como um passatempo em nossas vidas. - revirei os olhos com esse comentário, e me sentei no outro sofá.

- Deixa a garota fora disso, ela é apenas uma jovem curiosa que ainda está descobrindo sobre a vida. - ele passou a rir, dessas palavras. - Ela apenas tomou um banho aqui, pois não tem água na casa dela. - resumo o máximo, mas ele não pareceu acreditar, que se foda também!

- Você está ficando muito fraco, antigamente era o rei das mulheres, pagava várias em apenas uma noite e no outro só trocava os nomes delas. - começamos a rir, como dois idiotas. - Está parecendo um velho aposentado agora! - reclamou, irritado.

(...)

Pov's S/n

Cara estranho, me deixa usar banheiro dele e depois me jogou sem delicadeza alguma pra fora da casa, mas o sinistro foi ver esse amigo dele chegar do nada, na madrugada. Seu sorriso de malícia comprovou, que ele pensou besteira entre mim e Manjiro, como se eu fosse mesmo um dia pra cama com ele. Nunca!

Vesti uma roupa toda preta e resolvi dar uma espiada na casa ao lado, saber o que eles tanto conversam, pra esse ser ter vindo essa hora na casa do meu vizinho. Saí pela porta dos fundos, andando abaixada e em silêncio até a janela da sala, fiquei olhando tudo bem sorrateira.

- Admiro a inteligência daquele povo, em não ter achado você. - disse o amigo dele, enquanto andava de um lado para o outro na sala. - Você até passou a usar seu nome verdadeiro, já que eles apenas sabiam seu apelido. Como sempre, muito esperto! - sorriu os dois, olhei para meu vizinho que ainda estava sem camisa. Que fogo é esse ?

- Ninguém nunca soube meu nome verdadeiro. Então pensei! Por que não usar ele? - sorriu convencido, com a sua esperteza. Depois ele veio na direção da janela e, eu tive que me sentar, espremer meu corpo contra a parede para ele não me ver. - Você acha que essa garota nos dará problema? - arregalei os olhos, por pensar que é sobre mim.

Quando eu ia olhar de novo, o mesmo me puxa pelo braço e me fez entrar pela janela, me jogou no sofá, sentou mesinha de frente pra mim e o outro ficou me encarando em pé.

Meu coração batia forte, ao perceber que fui muito descuidada desta vez, que minha curiosidade pode custar a minha vida. E, como sempre, dei um sorriso para minimizar as coisas, mas eles continuavam sérios e, então, eu cessei meu sorriso, cruzei os braços esperando pelo pior.

- Você gosta de meter esse seu narizinho onde não é chamado, né? - perguntou o outro, com um tom amedrontador. Sorri e assenti com cabeça. Já estou ferrada mesmo, então não adianta fazer joguinhos com eles. - Sabe, Mikey, eu acho que ela será útil em algo. Esse é o apelido do - meu vizinho? Que boiola! Os dois se entre olharam e sorriam cúmplices, como se uma pudesse ler a mente um do outro.

- Concordo com você, Baji! Já que ela gosta de espionar lugares. - minha cara de confusa era nítida, mas a curiosidade me fez sorrir. - Olá, minha parceira no crime! - desfiz meu sorriso, sentindo meu cu travar hora.

𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐁𝐚𝐫𝐫𝐚 𝐏𝐞𝐬𝐚𝐝𝐚 - [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora