Capítulo 8

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Abro a porta do quarto do nosso filho com calma e o choro é ainda maior. Entro sem fazer barulho e já o vejo em pé, dentro do berço agarrado à grade. Ele estende os braços para mim e eu arrependo-me de não ter vestido umas calças.

Eu: Só um minuto filho. 

Não posso pegá-lo nú e com as mãos cheirando a bunda da mãe dele com o meu membro. Ele chora ainda mais ao ver-me indo correndo para a casa de banho dele. Abro a torneira e lavo as minhas mãos. Merda! Chupei a Maitê! É melhor lavar o meu rosto e a minha boca. Na verdade seria bom lavar o meu corpo todo, mas não tenho tempo para isso. Olho em volta e só vejo uma pequena toalha de rosto e só. Nenhuma toalha grande suficiente para cobrir as minhas coisas. Seco o meu braço e o meu rosto com a pequena toalha. Junior ainda chora escandalosamente. Saio da casa de banho de costas. É melhor ele ver o meu traseiro do que o meu membro. Ainda estou duro e acho que seja pela correria. Ainda não percebeu que a situação requer ele mole.

Eu: Já vai filho!

Abro o seu armário e procuro um lençol, qualquer coisa grande pra enrolar à volta da minha cintura. A única coisa que eu acho é uma manta de patinho. Pego a manta e a abro, enrolando-a na minha cintura e eu tento não rir ao ver o pato desenhado sendo empurrado pela minha ereção, fazendo o pato parecer um ganso pescoçudo.

Eu: Pronto!

Vou em direção do berço, sentindo a minha masculinidade indo embora com essa manta ridícula. Logo o ganso volta a ser um pato.

Eu: Vem com o papai!

Junior: Mama.

Encosto ele ao meu peito, pego a sua chupeta e coloco na sua boca.

Eu: Papai vai te fazer dormir de novo.

Junior: Mama.

Ele dá pequenos soluços.

Eu: A mamã não pode vir.

Beijo a sua cabeça e ando pelo quarto.

Eu: Mas o papá vai ficar com você.

Ando por minutos ou até horas, já não sei mais. Só sei que o Junior não dorme e eu já estou exausto.

Eu: Vamos para o quarto do papai e da mamãe.

Junior: Mama.

Eu: Sim... A mamãe está lá. 

Deve estar furiosa porque a deixei esse tempo toda amarrada na cama. A demónia vai me matar. Antes de sair do quarto, cubro a cabeça do meu filho, para que não veja a mãe nua e amarrada ao entrarmos no quarto. Saio do quarto dele e sigo para o meu. Abro a porta com calma.

Eu: Estou entrando com o Junior. 

Aviso antes de levar bronca, pela demora. Mantenho o meu filho coberto quando entro e fecho a porta. Olho para a cama e Maitê esta dormindo, ainda presa. Ando até ela e sento-me ao seu lado na cama. Solto a gravata que amarra o seu corpo.

Eu: Maitê...

Junior: Mama.

Eu: Calma, filho!

Chamo Maitê mais outra vez, tentando manter o Junior coberto para ele não a ver nua.

Eu: Maitê...

Ela abre os olhos, cansada.

Eu: Trouxe ele para dormir connosco. 

Sonolenta ela olha o seu corpo nu. Senta-se na cama e dou espaço para ela sair. Vai até ao seu armário e em pouco tempo volta com uma camisola. Deita-se e suspira. 

O amor vence barreirasOnde histórias criam vida. Descubra agora