Capítulo 33

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Paro o carro em frente ao restaurante. Maitê olha a frente dele como se estivesse vendo o paraíso. É nítido que isso aqui sempre foi um sonho para ela. Lembro-me o quanto falava que amava trabalhar aqui no seu tempo de estudo. Achei que nunca voltaria comigo para o México. Tive medo de perdê-la para Paris.

Maitê: Filho, a mamãe trabalhou aqui! 

Fala toda empolgada, enquanto solta o seu cinto. Tiro o meu e saio do carro. Enquanto ela desce, pego o nosso filho da cadeirinha.

Eu: Agora você vai ver a mamãe demónia feliz. 

Junior: Mama momonia. 

Eu: Vamos tentar fazer isso ser perfeito para ela, certo? 

Junior abre um enorme sorriso. Ando até à Maitê com o nosso filho no colo e dou a minha mão a ela, que segura empolgada. 

Maitê: Será que lá dentro continua igual? 

Eu: Vamos entrar e ver. 

Somos recebidos na porta e enquanto andamos entre as mesas até onde vamos ficar, percebo que tudo continua do mesmo jeito. 

Maitê: Mudaram todos os funcionários. 

Maitê comenta ao sentar-se. 

Maitê: S'il vous plait! ( Por favor!) 

Maitê chama o empregado. Pergunta a ele sobre algumas pessoas. Provavelmente quem trabalhava aqui na época dela. É encantador ver o seu sotaque na lingua francesa. Encantador e sexy. O empregado informa que alguns se aposentaram e outros mudaram de restaurante. 

Maitê: M. Oliver est-il toujours là? ( Sr. Oliver ainda está aqui?) 

O empregado balança a cabeça que sim, com um enorme sorriso e ainda diz que este já virou parte do restaurante.

Maitê: Dis-lui qu'Maitê Perroni est ici! 

O empregado afasta-se e eu olho para ela bravo, enquanto termino de arrumar o Junior na cadeira de criança. 

Maitê: O que foi? 

Eu: Perroni? É sério que deu o seu nome de solteira? Por que fez isso?Tem alguém aqui que não pode saber que é a Sra. Levy agora? 

Maitê respira fundo, enquanto revira os olhos. 

Maitê: Trabalhei aqui como Maitê Perroni e não como Sra. Levy. Oliver provavelmente nem sabe o seu sobrenome, apesar de saber que voltei para o México por você. 

Ficamos nos olhando com os olhos estreitos. 

Maitê: Só uso o Sra. Levy onde você é importante. Onde eu sou o foco, sou a Maitê Perroni.

Eu: Comece a ser a Sra. Levy em todos os lugares ou serei um Sr. Levy muito possessivo e bravo.

Maitê: Sabe que isso não me intimida, certo? Não adianta me olhar e ficar bravinho. 

O empregado aproxima-se e informa que o Oliver vem em breve falar com ela. 

Maitê agradece e pega os cardápios. Enquanto escolhemos o que vamos comer, o nosso filho brinca animado com o pequeno saleiro na mesa. 

Maitê: Vai ficar com bico? 

A demónia pergunta e eu evito olha-la. Quero evitar uma discussão no nosso ultimo dia. 

Maitê: William, sabe que uso sempre o Levy, mas aqui... 

Respira fundo e eu olho para ela. 

Maitê: Aqui pude ser eu... sem o julgamento de ser a esposa do senhor poderoso e fodedor do  México, William Levy. 

O amor vence barreirasOnde histórias criam vida. Descubra agora