Capítulo 15

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Estou sem saber o que dizer. William sai da cozinha e eu viro-me para a babá. 

Eu: Ele disse-te alguma coisa? 

Babá: Não senhora. Apenas pediu-me para cuidar do Junior. 

Junior: Meda... Meda...

 Alimento o meu filho e sento-me onde o William estava, em frente para o meu filho. Ainda estou sem entender nada.

Eu: Você arrumou as malas do Junior?

Babá: Não senhora. Quando acordei as malas já estavam na sala. 

Eu: Todas? 

Babá: Sim, senhora. 

William quem fez as nossas malas? Como é que eu não o percebi quando ele fez a do nosso filho? Devo ter dormido profundamente. Ele quem me cobriu então. 

Eu: Pode dar uma olhadela e ver se o meu marido se esqueceu de algo? 

Babá: Já fiz isso, Sra. Levy. Foi um dos pedidos do seu marido essa manhã. 

Eu: Qual foi o outro pedido? 

Aponta para a mesa onde tem uma bolsa térmica. 

Babá: As coisas que serão necessárias para o Junior durante o voo. 

Ele pensou em tudo. Está mesmo disposto a levar-nos para Paris e fazer-me feliz. Certo! Talvez esteja começando a perceber a merda que fez e tentando arrumar. 

Junior: Meda... 

Junior grita, chamando a minha atenção e eu dou uma colherada da fruta amassada para ele. O meu filho tende a ficar extremamente irritado com fome. Continuo a alimenta-lo, não acreditando que o velhinho tenha feito tudo sozinho.

Eu: As suas malas já estão prontas? 

Pergunto à baba. 

Babá: Não, senhora! 

Fica sem graça. 

Babá: Sr. Levy disse que é uma viagem em família. 

A minha boca se abre, deixando-me ainda mais chocada. 

Assusto-me ao sentir a mão do Junior ser enfiada inteira na minha boca. O gosto de banana e sujeira não é agradável. 

Babá: Ouvi-o falando ao novo segurança que não seria necessário que os acompanhassem. 

O que o William estará a aprontar ? Sei que já planejávamos uma viagem em família assim, mas não acreditei que fossemos só nós. Ele nunca ficou tanto tempo comigo e o nosso filho assim, sem auxilio dos empregados. Sempre que queremos namorar, o pequeno fica com a babá ou os nossos pais. Não faz ideia que sem ninguém, sexo será uma raridade. Quero rir e muito. Vamos ver como o velhinho vai sobreviver à vida sedentária de pai sem sexo. Termino de dar a fruta ao Junior e entrego-o à baba, para que o limpe.

Eu: Vou fazer uma ligação e já pego nele. 

Cheiro o pescocinho dele, antes de soltá-lo e escuto as suas gargalhada. 

Eu: Mamãe já volta.

Junior: Mama.

Beijo a sua boca suja e saio da cozinha em seguida. Pego o telemóvel que está no meu bolso e procuro pelo numero do Leonardo. Assim que acho, ligo para ele. Saio para a varanda e espero. 

Leonardo: Maitê!

Respiro fundo. 

Eu: Oi! Liguei para te dar uma noticia não muito boa. 

O amor vence barreirasOnde histórias criam vida. Descubra agora