Capítulo 19

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Junior repete o que eu digo e eu olho para ele e vejo que está a sorrir para mim. Certo! Isso é uma bela motivação. Pelo menos esta se divertindo aqui. 

Eu: Muita merda!

Gargalha e volta a sua atenção ao brinquedo que tem na sua mão.

Eu: Garotão, o papai não vai desistir.

Levo a minha mão à fralda e abro a lateral só um pouco para ver o estrago. Um calafrio percorre o meu corpo, só de imaginar o meu dedo sujo com essa coisa mole. Vamos lá, Levy! Tiro a mão da fralda.

Eu: Vamos tratar isso como uma aquisição de uma parceria hostil, certo? 

Estou sendo ignorado pelo meu próprio filho, que está dando mais atenção ao brinquedo que a mim. Você esta sozinho nessa, Levy. Respiro fundo.

Eu: Essa fralda é a empresa que está tentando levar vantagens de mim e me deixar na merda, com o contrato. 

Começo a rir, pois de fato ela esta.

Eu: Primeiro preciso dominar a fralda/empresa e isso quer dizer usar a minha sabedoria e charme para não me sujar. 

Solto um lado da fralda.

Eu: Para dominar a fralda/empresa hostil, é preciso cuidado e calma. 

Solto o outro lado da fralda e percebo que estou suando. Limpo a minha testa com o paninho dele de dormir.

Eu: Agora vamos ao contrato que me beneficia. 

Seguro um dos seus pezinhos e abro a sua perna. Puxo a fralda já solta e lá esta o brinquedinho lindo que Deus deu ao meu filho, sujo de merda.

Eu: Papai ficava igual bobo olhando a sua obra de arte que era tão parecida com a minha. Mas agora desse jeito, era igual, não parece nada com o piu piu do papai.

Junior: Piu piu...

Eu: Isso você repete. 

Puxo mais a fralda para baixo e fecho os meus olhos ao ver como esta o seu cocô.

Eu: Filho! Preciso te ensinar a mastigar a comida bastante antes de engolir. 

Abro os meus olhos e tento segurar a ânsia de vómito.

Eu: Sua mãe deu-te milho. Vou pedir a ela que corte isso da sua refeição nessa viagem. Não quero ter que te trocar de novo e ver isso. 

Puxo o seu outro pezinho para a minha mão, que já segura um como Maitê me ensinou. Olho a cama em busca do lenço humedecido e estou um pouco longe. Olho para o Junior que esta tranquilo brincando, só preciso soltá-lo alguns segundos. Ele não deve fazer nada em tão pouco tempo. Solto os seus pés e dou um passo para o lado, pegando o pacote com o lenço. Assim que volto a merda toda esta feita.

Eu: Junior não! 

Acabou de enfiar o brinquedo no meio das pernas, mais especificamente no meio da merda. Solto o lenço e consigo arrancar dele o brinquedo, antes que esfregue na cara e na cama. Jogo o brinquedo no chão e o desespero me define ao vê-lo com uma mão segurando o piu piu com cocó e a outra mexendo na merda em sua perna.

Eu: Meu Deus!

Claramente é uma festa de merda.

Eu: A sua mãe vai-me matar.

Junior: Mama.

Seguro as suas mãos, mas as suas pernas não param quietas e logo estão passando no meu braço sujando-me todo.

Eu: Junior, você precisa colaborar com o papai. 

Olho o lenço umedecido e depois olho para ele que esta se divertindo com a situação. Não sei o que fazer. Se for pegar o lenço, ele se suja ainda mais. Se ficar aqui assim, Maitê me mata. A calça dele esta mais próximo que o lenço humedecido. Puxo rapidamente e prendo as pernas e as mãos dele nas minhas mãos. Uso a calça para tirar o excesso de merda do seu bumbum. Jogo ela no chão e ainda tem merda para todo lado.

O amor vence barreirasOnde histórias criam vida. Descubra agora