Capítulo 32

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QUATRO DIAS DEPOIS 

Os meus olhos estão quase a fechar. O sono veio com tudo e a culpa é do sexo gostoso que fiz com a minha demónia no sofá, seguido do filme insuportavelmente chato na televisão agora.

Maitê: Não quer dormir na cama? Descansa com o Junior e eu acordo vocês no jantar. 

O nosso filho está a dormir na nossa cama e descobrimos que ele dorme melhor lá do que no próprio quarto. Então estamos fodendo na sala, enquanto ele capota de tarde e a noite. 

Eu: Não! Vou ficar aqui com você. 

Abraço ainda mais forte a Maitê e enterro o meu nariz no seu pescoço. Estamos deitados no sofá emaranhados e deliciosamente nus. Não quero ficar longe dela.

Maitê: Você não aguenta mais maratonas de sexo. O meu velhinho está velhinho mesmo. 

Chupo o seu pescoço e ela ri. 

Eu: Não sou velho! O filme é que me deixou com sono. 

Não vou admitir que estou exausto pelo sexo. O meu ego masculino não permite. É uma merda ela ser mais forte do que eu para isso. A diferença de idade já esta pesando. Por mais que Maitê diga que é uma diferença pequena, ainda assim pesa. Na sua idade eu estava fodendo México inteiro e construindo o meu império. Dou graças a Deus que ela é minha, só minha e não teve um passado como o meu. Olho o filme mais uma vez e é sobre uma chef de cozinha, totalmente focada, que se vê obrigada a cuidar da sua sobrinha quando a mãe dela morre. A mulher perde o controle da vida e de tudo que ama fazer. Comparo o filme à minha mulher. Ela conseguiu de forma perfeita conciliar a profissão com o nosso casamento. Com o papel de mãe e esposa. Percebo que ela vem se dedicando a nós, muito mais do que eu me dedico. Maitê abandonou sonhos para se tornar nossa. Talvez se não tivéssemos o Junior tão cedo, ela teria ido mais longe na carreira dela. 

Maitê: Tive uma idéia. 

Diz se virando nos meus braços e ficando de frente para mim. 

Maitê: Amanhã vamos embora e ainda não fui ver o Oliver. 

Abre um lindo sorriso e sei bem o que ela quer. Evitei que ela se cruzasse com o vizinho sedutor todos esses dias e isso significou não jantar no restaurante onde ela trabalhou.

Maitê: Por favor! 

Pede toda manhosa e os olhos fofos para mim.

Eu: Demónia, esta tentando parecer fofa? 

Pisca os seus longos cílios para mim. 

Eu: Esta me seduzindo? 

Ri e começa a beijar todo o meu rosto. 

Eu: Você é terrível. 

Agarro ela com as minhas pernas e braços, mantendo o seu corpo preso ao meu. Enormes olhos castanhos me encaram. 

Eu: Tudo bem! Não sei negar nada para você. 

Maitê: Nada?! 

A sua voz é de safada. 

Eu: Nada! Sabe que faço tudo por você e pelo nosso pequeno. 

Roço os nossos lábios de leve. 

Eu: Dou o mundo a vocês se me pedirem. 

Maitê: Você já é o nosso mundo. 

Responde em um sussurro e a sua boca molda-se à minha e um beijo lento e delicioso já faz uma certa parte minha acordar. 

Junior: Mama momonia! 

Eu: Ai merda! 

Digo assim que escuto a voz do nosso filho na sala e no desespero solto Maitê que cai no chão pelada. 

O amor vence barreirasOnde histórias criam vida. Descubra agora