O Segredo de Rita Skeeter

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No primeiro domingo de março, Sherlock e John resolveram ir novamente à cozinha, dessa vez acompanhados de Mary. John se sentia imensamente satisfeito por as coisas entre ele e o amigo voltarem ao normal. Ok, não era como antes. Havia uma distância bastante óbvia entre os dois em respeito a Mary, e isso foi suficiente pra John se conscientizar o quanto a relação entre eles era suspeita. De qualquer forma, não pensava muito sobre isso, nem queria pensar. Estava em um relacionamento sério agora.

Sherlock deixara o casal a par das descobertas sobre a família Crouch, sobre a marcha genocida e sobre Eurus Holmes, sempre tomando cuidado para nunca revelar a fonte. A medida que contava, a expressão de Mary ficava cada vez mais horrorizada, mesmo a moça tentando não demonstrar.

– Acho que sou sortudo por nunca ter manifestado magia antes – John comentava no meio do caminho. – Eu poderia não estar aqui agora.

– Eu lamento dizer, John – Sherlock corrigia – mas você manifestou magia sim, caso contrário jamais teria recebido uma coruja pra entrar em Hogwarts.

– Além disso, sua irmã manifestava magia e está viva – Mary questionou.

– Harry só usou magia duas vezes – explicou o grifinório – e meus pais nem perceberam que era magia. Ela gostava de subir em árvores, subir nas janelas... e quando caía não se machucava. E quanto ao Henry? Não é estranho a marcha genocida ter matado apenas o pai dele?

– A marcha genocida se concentrava em crianças – Sherlock pensava alto. – Acho que a mãe dele fugiu com o filho pro condado de Baskerville, mas lá morreu de forma misteriosa. Só o filho mestiço sobreviveu.

– Você tem alguma teoria?

– Uma muito ruim. Tão ruim que não pode ser dita em voz alta. É melhor eu guardar pra mim até conseguir mais dados – o corvino pressionou as têmporas com os dedos – Tantas coisas que eu nem sei em qual delas me focar. Crouch, isso. Vamos nos atentar pro Crouch.

– Está sumido desde a primeira prova – John olhou para Mary. – Seu pai é o substituto do senhor Crouch, certo? Será que ele sabe o que aconteceu?

– Ele me disse que o sr. Crouch manda corujas com notícias e ordens todo dia. Eu posso mandar uma coruja perguntando mais coisas.

Os três chegaram perto de uma grande pintura de fruteira. Sherlock fez cócegas na pera e ela se contorceu até virar uma maçaneta para que ele pudesse abrir a porta. Mal deram cinco passos na cozinha e os elfos domésticos receberam os três com grande alegria, fazendo reverências e se apressando em preparar um chá. Dobby apareceu depois, emocionado com a visita. Usava o suéter que John lhe dera de presente, numa versão encolhida, além de um gorro verde limão e meias de listras e de bolinhas.

– John Watson! Sherlock Holmes! Senhores! Vieram visitar Dobby! – O elfo livre erguia os braços e dava pulinhos.

– Oi, Dobby. – John passou o braço pelos ombros de Mary – Essa é Mary Morstan. Minha namorada.

– Dobby está honrado em conhecer Mary Morstan, namorada de John Watson! Mary Mosrtan aceita um lanche também?

– Ah, bem... aceito sim – a garota estava claramente abismada com o visual do elfo.

Uma caravana de elfos domésticos apareceu servindo chá, biscoitos, cupcakes e uns bolinhos.

– Alguma chance de ter sobrado guisado e tortas de cremes pra eu levar? – Perguntou Sherlock.

Os elfos assentiram e correram para buscar várias tortas e mais comida ao rapaz, embalando tudo para viagem.

John se virou exasperado para o amigo:

Potterlock - O Cálice de FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora