A Segunda Tarefa

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Onde ouvir da nossa voz o tom

Na superfície não há som

Durante uma hora deve buscar

E o que quer, vai encontrar

Enquanto nos procura, pense bem

Algo precioso, nós tiramos

Se passar da hora vai perceber

que, seu tesouro, nós levamos

Essa havia sido a música que Sherlock ouvira o ovo de ouro cantar quando visitara o banheiro dos monitores um dia após o baile de inverno. Ele entrara na fonte que mais parecia uma piscina e mergulhara nela junto com o ovo. Dentro da água, o grito de agouro nada mais era do que uma música que não podia ser ouvida na superfície. Ele teve ajuda com a dica, é claro. Irene Adler prometera lhe dar a pista em troca de ser sua parceira no baile e ganhar uma aposta valendo cinco galeões de cada colega de turma. Sherlock teria aceitado a oferta sendo verdadeira ou falsa a pista, já que não tinha uma parceira e não queria ficar procurando uma que soubesse dançar. De qualquer forma, Irene Adler não mentiu. Ela ganhara os galeões e ele poupara tempo. Os dois lados saíram ganhando.

E se tinha entendido direito a música, teria uma hora para resgatar um tesouro de um monte de sereianos (já que eram as únicas criaturas que ele conhecia que só podiam cantar debaixo d'água). Em alguns dias concluiu que o tal tesouro poderia ser alguém importante pro campeão.

Não foi difícil descobrir quem os juízes escolheriam pra desempenhar esse papel.

O dia da prova havia chegado numa manhã fria de primavera, sob nuvens cinzentas e pesadas. Uma rápida olhada para a mesa da Grifinória foi o suficiente para Sherlock perceber que John não havia descido para o café.

– Tudo bem, cara? – perguntou Percy Phelps ao seu lado (depois que o campeão dissera que era próximo dele, o tímido Phelps se sentiu mais a vontade para se sentar ao seu lado na mesa da Corvinal) – Sabe o que é que tem de fazer?

– Sei sim. Eu só espero não ficar distraído.

La da mesa dos professores, Dumbledore ficou de pé e, como se emanasse uma aura muito dominante dele, bastou fazer isso para a conversa que pairava pelo salão principal morrer aos poucos.

– Espero que todos tenham desfrutado de nosso delicioso desjejum. Agora peço encarecidamente que os campeões vistam seus uniformes que agora se encontram em suas camas e, depois, acompanhem o professor Moody, que estará na frente do portão principal, até o local da segunda prova. Ela será executada no lago de Hogwarts e os demais alunos estão convidados a assistirem-na.

Os estudantes foram se levantando de seus lugares em pequenos grupos. Sherlock ouviu um "boa sorte" de Phelps, outro de Billy, e vários de alguns colegas de sua casa, depois foi até o dormitório do quarto ano para vestir seu uniforme. Uma camiseta e uma bermuda com as cores da Corvinal. Colocou a caixa de diabinhos de pimenta - agora encantada com o feitiço de impermeabilidade - no bolso da bermuda, depois pegou a varinha e saiu da torre.

Do lado de fora do castelo, havia duas arquibancadas à margem do lago da escola, lado a lado, lotadas, e que se refletiam nas águas embaixo. Os campeões chegaram meia hora depois, um a um, e subiram uma escada de madeira que dava para uma plataforma rústica a cinco metros da superfície do lago. Quase todos os juízes estavam em cadeiras suspensas em um camarote improvisado. Dumbledore, Madame Maxime, Karkaroff e Ludo Bagman assistiam de seus lugares. Sherlock notou que Bartô Crouch não estava presente. Novamente o sr. Morstan o substituía.

Potterlock - O Cálice de FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora