Quando Pietro descobriu por acaso um segredo que o pai escondia de todos ele nunca pensou que isso lhe custaria seu futuro, mas é após a morte do homem que ele vê o seu caminho se cruzar com o de Victor, um rapaz que faria o possível e o impossível...
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A respiração em baixo de mim estava leve. O peitoral onde minha cabeça repousava era macio e volumoso, minhas mãos sobre ele podiam sentir cada centímetro daqueles músculos que subiam e desciam conforme Victor respirava. Ergui minha cabeça e o olhei, sua face transparecia paz enquanto este dormia tranquilamente, sem se importar com quem estava deitado ao seu lado. Permaneci ali velando seu sono, analisando seu rosto, seus cabelos negros bagunçados.
Então era assim que ele acordava? E se eu pudesse desfrutar daquela visão todos os dias? Se eu quisesse, poderia. Não é?
Pensei em toca-lo, então levantei minha mão mas parei-a no meio do caminho. Levei a mesma mão até meus lábios e mordi a ponta da minha unha do dedão, depois suspirei.
── Você não faz a menor ideia dos sentimentos de quem dorme ao seu lado. - sussurrei, sentindo um misto de tristeza e repúdio por eu mesmo. Que loucura estava prestes a fazer ao tocar no rosto daquele homem que dormia ali?
Talvez todas possíveis.
Afastei o cobertor com o máximo de cuidado para não acordar Victor e me preparei para levantar-me, não poderia continuar ali por nem mais meio segundo. Foi então que ao me virar de costas observei seu braço rodear minha cintura.
── Não vá.
Me virei para olha-lo de novo e recebi um beijo. O toque dos seus lábios úmidos nos meus era delirante, Victor me deitou no colchão e jogou o peso do seu corpo sobre o meu, sua boca desfrutava da minha como se ela fosse algum tipo de vinho que ele gostava muito. Me agarrei ao seu pescoço e arfei ao sentir sua perna entrar no meio das minhas e pressionar uma região que desejava um toque mais intenso. Victor olhou diretamente para o meu rosto e sorriu.
── Você quer isso? - questionou deslizando uma das mãos pela parte interna da minha coxa, próximo ao meu membro. Eu não queria abrir minha boca, pois tinha certeza que se a abrisse entregaria meu lado mais revelador.
Victor continuou com as provocações, desceu o rosto até o meio das minhas pernas e beijou o volume que se formava no pano da minha calça. Cobri minha boca na expectativa de conter um gemido, diante de tudo aquilo juntei forças para encarar-lo também. Ele sorria o tempo todo, demonstrando estar se divertindo muito com tudo aquilo.
── Eu sei que quer, então por que não descansa no meu colo? - insistiu afastando minhas pernas uma da outra.
Fechei meus olhos com força, esperando que ele continuasse com aquele jogo ridículo de me fazer ceder. Mas, em dado momento tudo ficou silencioso, e depois, bem longe dali, eu escutei algo que pareciam ser passarinhos cantando. Abri meus olhos novamente e olhei para os lados, minhas mãos estavam sobre o peitoral de Victor e ele, para minha surpresa, continuava dormindo. O pior de tudo não era saber que aquilo fora apenas um sonho, o pior era ver que a ereção dentro da minha calça e a sensação de calor que percorria meu corpo eram muito reais.
