Capítulo 14|O chamado do caos

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Erik e Pietro estavam dentro do veículo parado em frente a faculdade a alguns minutos

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Erik e Pietro estavam dentro do veículo parado em frente a faculdade a alguns minutos.

A pequena mentira que o garoto havia dito mais cedo para Victor antes de sair de casa talvez lhe custaria um preço muito alto caso o homem soubesse que a faculdade tinha suspendido as aulas daquele dia devido a uma detetização que seria feita em algumas salas do andar de cima, a fim de acabar com uma infestação de baratas. Aquela suspensão viera em uma boa hora, pois Pietro sequer havia pensando em alguma boa desculpa para conseguir sair com Verônica como prometido, mas agora que teve uma ajuda das amigas baratas ele e o moreno esperavam pela garota.

Enquanto esperavam, Pietro usou aquele tempo para vasculhar o perfil de Yuri nas redes sociais. Seu último post no Instagram era uma foto com a turma do curso de arquitetura acompanhada de uma longa legenda onde o rapaz expressava seus sinceros agradecimentos a todos os professores e colegas, concluindo dizendo estar ansioso para o grande dia em que se formaria. Ele sorriu, não pelo carinho que transbordava daquele texto, mas sim pelo que sua mente planejava.

── Erik, Victor já te avisou que agora não recebe mais ordens dele? - perguntou, esquecendo o celular ao lado dele e se apoiando no banco da frente para ficar mais perto do rapaz.

── Ele me avisou mais cedo. Suponho que você já tenha alguma ordem em mente, não é mesmo? - Erik respondeu virando o rosto para olhar Pietro. ── O que quer que eu faça com ele?

Pietro ficou em silêncio por alguns minutos para pensar. Agora que tinha o poder em mãos ele não sabia ao certo o que queria que Erik fizesse com Yuri, mas certamente não pegaria leve. Victor confiou o segurança as ordens dele então era justo que o garoto recompensasse-o com uma boa ordem. Pietro então se lembrou do post de Yuri e de como ele estava ansioso para o dia da formatura. Um sorriso diabólico se formou em seus lábios e o pedido já estava na ponta da língua.

── Quero que ele passe por uma estadia de alguns dias no hospital. - Erik sorriu de volta como resposta. ── Gostou da ideia?

── Mas é claro que gostei. E para quando seria esse check-in?

── Um dia antes da formatura. Ela vai acontecer semana que vem e ele parece estar bem animadinho com a aproximação do evento, então faça isso um dia antes dela acontecer. Ah, e não precisa pegar tão leve com ele. - ordenou.

── Compreendi. Irei avisar você quando o serviço for concluído. - Pietro assentiu. Eri voltou a olhar para a frente e ergueu o pulso para conferir o horário. ── Sua amiga ainda vai demorar muito para chegar? Estamos parados aqui um bom tempo já.

── E eu espero que ela não demore mais. Estou começando a ficar entediado de tanto esperar aqui sendo que poderia estar aproveitando esse feriado dado de graça. - Pietro bufou, se jogando no banco.

── Ainda acho que você não deveria mentir para o senhor Bretonne agora que ele demonstrou confiar em você.

── Eu não menti Erik, apenas omiti. Isso é bem diferente do meu conceito de mentir. - explicou dando uma risadinha fraca. ── Não vai acontecer nada de ruim e você vai estar lá comigo, então relaxa. Confia em mim certo?

── É claro que confio, mas eu tenho um emprego e uma família para manter. - Erik advertiu, lembrando a si mesmo que muitas coisas ali estavam em jogo caso aquilo desse errado.

── Erik, vai ficar tudo bem. Eu sei me cuidar sozinho, então não se preocupe. - Pietro estendeu uma mão até Erik e tocou seu ombro, dando um sorriso seguro para ele.

── Está bem, eu vou tentar relaxar. - concordou, deixando o outro mais tranquilo.

── Ótimo. Ah, e tenta se comportar como um cara comum e não como o segurança de um Martinez, ta bem? Assim não vamos chamar atenção.

── Então foi por isso que você me mandou vestir uma roupa - Erik levantou as mãos e fez um sinal de aspas. ── , normal?

── Exatamente. Não da pra sair de terno o tempo todo. - Pietro brincou, arrancando uma risada de Erik.

Alí perto deles na rua de baixo, Olivia e William se encontravam dentro de uma van observando qualquer movimentação suspeita do carro onde os dois estavam. Na lataria do veículo o adesivo da falsa marca de produtos de limpeza dava a entender que os investigadores trabalhavam vendendo os tais produtos de porta em porta, mas aquilo era apenas um disfarce para que eles pudessem seguir o carro de Erik onde quer que fossem.

Olivia estava acreditando cegamente que Pietro poderia estar sendo mantido como prisioneiro ou refém de Victor e queria ajuda-lo ao mesmo tempo em que conseguia as provas que precisava contra o homem. Ela mataria dois coelhos numa cajadada só e mal podia esperar para que seu plano funcionasse corretamente.

── Olivia, até quando vamos ficar esperando aqui em? - William perguntou após soltar um longo bocejo e deitar sua cabeça no próprio ombro. ── Estou começando a ficar com cãibra na perna e uma tremenda dor na coluna de tanto ficar sentado.

Olivia o encarou e reparou na posição nada confortável em que ele se encontrava. William estava com os pés erguidos para cima apoiando-os na porta da van que ele tinha aberto, alegando estar com calor devido ao macacão cinza que vestiam.

── A minha coluna também doi só de ver você sentado assim. - ela caçoou, voltando a olhar para a direção desejada com o binóculo que segurava em mãos. Suas pupilas dilataram quando viu um carro parar ao lado do outro. Com animo, Olivia bateu sua mão no braço de William. ── Ei, olhe lá. Parece que alguém chegou.

William ergueu a parte de cima do corpo rapidamente e olhou para onde Olivia apontava.

── Quem será que chegou ali? - ele perguntou com curiosidade.

── Parece que é uma garota. - Olivia respondeu, aproximando a visão do binóculo.

O carro em questão era mesmo o de Verônica. Ela parou com seu veículo ao lado da janela de Erik e se desculpou de dentro dele, pedindo para que o segurança a seguisse.

── Olha, já que você vai com a gente eu vou estipular um combinado; Sou só uma estudante comum, o protegido é ele ali tá legal. - Verônica falou apontando para o amigo. ── Você pode beber alguma coisa para tentar parecer um cara comum, nada de ficar seguindo a gente.

── Senhorita Verônica, eu não tenho autorização para beber em horário se serviço. - Erik argumentou com calma.

Pietro se aproximou dele.

── Não precisa ser um bebida com álcool. Só um suco já está bom. - explicou, piscando para Erik.

Erik por sua vez apenas concordou em silêncio. Ele colocou os óculos escuros, subiu o vidro das jenelas e ligou o veículo, esperando que Verônica tomasse uma certa distância para só assim começar a segui-la.

── Essa não, eles estão saindo. - Olivia jogou o binóculo no banco de trás e colocou o cinto de segurança. ── Se ajeite William, vamos segui-los.

── Até que enfim alguma emoção nesse dia. - William brincou, fechando a porta da van.

── Pronto para isso parceiro? - ela questionou, dando partida na van.

── Sempre! - William exclamou, sorrindo.

Até Que Você Me AmeOnde histórias criam vida. Descubra agora