Capítulo 22|Hora da morte

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A casa estava bastante silenciosa naquela manhã, não havia sequer barulho de pássaros do lado de fora

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A casa estava bastante silenciosa naquela manhã, não havia sequer barulho de pássaros do lado de fora. O clima parecia que pesara horrores desde que Dominique chegara de viagem. Não havia visto Beatrice desde a conversa que tivemos no outro dia e sequer tive mais alguma chance de conversar com a jovem tendo em vista que Dominique parecia querer nos manter o mais longe possível um do outro.

Passei a noite com Victor e acordei muito calmamente para não acorda-lo. Ele estava com a ideia fixa de que eu deveria me mudar para o quarto dele desde a última vez que ficamos, a todo momento queria me ter por perto agora que sabia que o sentimento que eu tinha por ele era recíproco. Ainda estava em dúvida se realmente faria aquilo, e pedi um tempo para pensar - algo que fora muito bem aceito por Victor.

Após me arrumar desci no absoluto silêncio até andar de baixo, o cheiro de café forte invadiu minhas narinas e eu andei até a cozinha. Ao passar pela porta que dava acesso a mesa de café que ficava na sacada de frente para o jardim ouvi um barulho de talheres e presumi que alguém estava ali. Ao chegar mais perto observei Dominique sentada, se servindo sozinha.

── Pietro. - a mulher notou minha presença e chamou por mim. Pensei em dar meia volta e fingir que não havia a escutado me chamar mas presumi que aquela ideia era mal educada demais da minha parte.

Respirei fundo e fui até ela. Ao chegar próximo a mesa Dominique apontou uma mão em direção a cadeira vaga em sua frente, insinuando para que eu me sentasse. Assim o fiz.

── Bom dia... Senhora? - indaguei, exitante. Não sabia se deveria ser muito ou pouco formal.

Dominque riu baixo, me encarando com seu fino olhar.

── Apenas você ou Dominique. Os dois estão ótimos para mim querido. - respondeu. Sorri. ── Bom, que ótimo que você está aqui. Eu odeio ter que tomar café da manhã sozinha. A propósito, onde está o meu filho?

── Dormindo ainda. - comentei desdobrando o guardanapo e colocando-o sobre o meu colo. Olhei para Dominique e vi que ela me encarava com um meio sorriso.

── E como sabe? Estava com ele? - só então, ao ver sua expressão divertida, notei que havia sido sincero demais na resposta. Ouvi um riso anasalado sair dela. ── Não seja tão tímido querido. Isso não combina com você. - concluiu levando a xícara até seus lábios.

Após aquele pequeno início de assunto tornamos a ficar em silêncio, o tempo frio e opaco acima de nossas cabeças. Naquele período curto de silêncio minha mente trouxe a tona a conversa que tive com Beatrice e minha curiosidade só aumentou.

── A. Senh - Dominique me olhou com as sobrancelhas elevadas. Rapidamente me corrigi, continuando. ── , quer dizer, Dominique. Ontem você encontrou eu e Beatrice conversando no jardim.

── Presumo que ela tenha incentivado alguma curiosidade sua com relação a minha pessoa. - ela descansou os talhes ao lado do prato e cruzou as pernas. ── O que você deseja saber?

Até Que Você Me AmeOnde histórias criam vida. Descubra agora