Capítulo 03|Problemas de vingança

152 22 54
                                    

Estava sentado em uma das mesas nos fundos da biblioteca em meio a todas aquelas grandes estantes lotadas de livros, a música clássica tocava em meus fones de ouvido e eu poderia jurar que minha expressão facial não era a das melhores devido ao fa...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estava sentado em uma das mesas nos fundos da biblioteca em meio a todas aquelas grandes estantes lotadas de livros, a música clássica tocava em meus fones de ouvido e eu poderia jurar que minha expressão facial não era a das melhores devido ao fato de eu estar por horas encarando um ponto fixo na parede com meu olhar quase fechado. Eu possuía grandes intenções de ficar em um lugar tranquilo para estudar um pouco antes da aula começar mas toda aquela calmaria só me fazia pensar ainda mais na conversa que havia escutado. Joguei minha atenção para o livro aberto abaixo de mim, na mesa, e bufei o fechando em seguida. Cruzei meus braços e voltei a pensar novamente.

Naquele mesmo dia, depois que voltou da sua conversa com Victor em seu escritório, meu pai estava agindo de maneira diferente. Não era como se ele estivesse escondendo algo que eu não soubesse ─ afinal, eu sempre arrumava um jeito para ficar sabendo de tudo o que acontecia dentro de casa, por precaução e proteção própria ─ mas eu sentia que algo estava diferente no seu modo de se comportar. Ele parecia estar mais ansioso do que nunca, em seu rosto existia uma expressão clara de alguém que havia cometido um grande erro e que infelizmente não podia o reparar.

── Hm, será que ele esta se arrependendo da ideia de matar Victor? - perguntei para mim mesmo, colocando a ponta do dedão em meus lábios.

É certo que de modo algum eu iria me dar ao trabalho de intrometer-me naqueles assuntos. Eu conhecia a família Brettone muito bem, então sabia perfeitamente bem também que Victor Brettone era capaz de se defender sozinho de qualquer atentado contra a vida dele. Embora tivesse herdado todo o negócio do pai ─ e o comandasse com grande maestria ─ Victor era um atirador profissional. Nos seus dias de folga, ele topava todo tipo de trabalho que estava completamente fora daquilo que deveria ser a sua zona de conforto, todos aqueles pequenos trabalhos envolviam matar nomes que eram conhecidos em Vadronia. As suas mãos estavam manchadas com o sangue de pessoas que possuíam um certo poder e influência, mas que infelizmente estavam devendo algo no cartório de outras pessoas.

── Pensando na morte de novo Pietro? - Verônica perguntou logo atrás de mim, colocando as mãos em meus ombros. Dei um pulo de leve na cadeira e levei uma das minhas mão até meu peito, acima do coração.

Amigos realmente eram uma coisa rara em minha vida, e eu sequer sabia o significado correto daquela palavra e qual era o sentimento que se sentia ao dizer que você tinha um amigo querido, mas Verônica Salvatore era uma exceção. Eu a definia em uma palavra; Divertida.

Verônica foi uma das poucas pessoas que me deu uma chance de aproximação, e a única que não saiu correndo quando descobriu que eu era um Martínez. Verônica era uma garota extremamente bonita e atraente, seus cabelos cor rosa claro combinavam perfeitamente bem com a pele clara e os olhos cor de mel puxados para o verde claro. Seu corpo era uma escultura perfeita e eu facilmente poderia fazer dela minha modelo para algum trabalho da faculdade se precisasse. Verônica Salvatore era a definição de uma garota perfeita e altamente confiante.

Até Que Você Me AmeOnde histórias criam vida. Descubra agora