Houve um capítulo em que Oito palpitou sobre ficar quase dois meses presa no antigo Brasil. Estava totalmente enganada, pois a missão durou seis meses apenas na região Sul. Porém, nesse período de tempo outras unidades foram enviadas para o território brasileiro, cobrindo um espaço maior.
Paralelamente, Um, Três e Dois criaram uma rede de sistemas de segurança internas para a nova central da S.J.Y. Extenderam-se à segurança das naves e contaram com a ajuda de Quatro para elaborar os projetos. Neles, incluía-se dróides de segurança, dróides aniquiladores (para impedir a aproximação de um Mantus, ou a fuga) e sistemas de inteligência artificial que checavam todos os sistemas, todas as entradas e todas as saídas dos agentes. Felizes pelo projeto estar pronto, aguardavam uma reunião com os alfas e a Silver.
Nos últimos dias de missão em solo brasileiro, as equipes encontraram grupos de sobreviventes que precisavam de cuidados emergenciais dos azuis porque estavam em quadros anêmicos. Dentre esses sobreviventes, havia um fugitivo do laboratório que iniciou as pesquisas sobre os Mantus. Ele fora descoberto por uma Beta Verde, que o reconhecera, em seguida Dois acessou a base de dados que possuíam do antigo laboratório e confirmou as suspeitas.
Enquanto isso, os outros agentes perdiam as poucas esperanças que tinham em encontrar sobreviventes pelo Brasil por conta do clima. Com recursos escassos e temperaturas elevadas, facilmente os sobreviventes já haviam virado alguma espécie de sopa de suor e entranhas.
- Há lugares ainda mais quentes aqui no Brasil. A possibilidade de encontrarem sobrevivente nessas regiões deve ser quase zero – colocou Quatro.
- Não se preocupe, sobreviventes são sobreviventes, tenho certeza de que há unidades nesse exato momento carregando sobreviventes do Norte do Brasil – diz Cinco, com esperança.
- Nossa missão durou muito mais tempo do que o esperado. Realmente aqui tem muitos Mantus. É provável que seja necessário o nosso retorno depois de um tempo para termos certeza de que nenhum Mantus de outra região chegou até aqui – explica Nove.
- Mas primeiro iremos fazer a missão de extermínio nas outras localidades, não?
- Sim, Cinco.
As naves deixavam o território brasileiro de volta à base da S.J.Y. Todos estavam felizes de finalmente estarem se dirigindo para camas de verdade, principalmente agora que os seus dormitórios – assim como um grande numero de outros dormitórios para os agentes da antiga base da S.J.Y – estavam prontos.
Sete e Oito se tornaram bem próximos nesse tempo no antigo Brasil. Dividiam a cama, e quase todas as noites Oito pedia atenção a Sete. Ela reclamava muito de pesadelos, e também possuía suas pequenas crises onde se via sozinha.
Porém, Sete não precisava esconder-se. Podia dar carinho e atenção à Oito, e ela o retribuía. Ela até podia não ser apaixonada por Sete, mas possuía e demonstrava um grande carinho por ele.
O mais jovem membro da Beta Vermelha estava decidido a conversar com Oito quando chegassem na base. Estava confiante de que tudo daria certo. Porém, decidiu esperar que Oito estivesse descansada – e ele também, por conseqüência – para que pudesse conversar de uma forma tranquila.
Os novos quartos permitia que eles voltassem à divisão antiga, porém agora Sete dividiria o quarto com Oito. Ficaram separados em duplas, o que era ótimo para Três e Quatro, que aproveitaram a falta da cama de Sete para colocar uma mesa de projetos, assim podiam trabalhar após o toque de recolher – quando estivessem dispostos.
A primeira noite nos novos dormitórios foi um completo sonho. Após passarem pela inspeção dos azuis, desejaram-se bom descanso por entre os dentes – estavam cansados demais para fingir companheirismo, e também não esperavam um sorriso falso de seus colegas quando o estresse e o cansaço eram óbvios; particularmente, nunca precisaram fazer esse tipo de fingimento – e entraram rapidamente nos dormitórios, a fim de testar a "sonhabilidade" das camas.
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APOCALYPSE
Ciencia FicciónPor onde passo, vejo pânico. O mundo que você conhece, para mim não existe mais. As cidades foram tomadas por seres que perderam sua humanidade, que infectam as pessoas quando são mordidas por eles. Nós ainda não sabemos como isso tudo começou, e ta...