Ronald Wealesy Pov
Domingo, 28 de janeiro, 17:25
Estamos quase terminando o jantar quando o celular do pai toca e ele o atende com uma carranca.
- Alô, entendo. Hoje à noite? É realmente necessário? - ele espera - OK! Estaremos aí.
Ele desliga e solta um suspiro irritado.
- Temos que nos encontrar com sua advogada na delegacia em meia hora. Os detetives querem falar com você novamente - ele me para antes que eu pergunte algo - Não sei sobre o quê.
Engulo em seco. Não sou interrogado faz algum tempo, e vinha esperando que toda essa situação estivesse se acalmando. Quero mandar uma mensagem para Pansy e ver se ela foi chamada também, mas tenho ordens de não ter nada registrado sobre a investigação. Ligar para Pansy também não é uma boa ideia. Então termino de jantar calado e dirijo até a delegacia com meu pai. Minha advogada já está conversando com os detetives quando entramos. Eles nos chamam com um gesto para a sala de interrogatório, que não é nada parecida com o que se vê na TV. Não há um janelão com um espelho falso por trás. Apenas uma salinha banal, com uma mesa de reuniões e um bando de cadeiras dobráveis.
- Olá, Ronald, Sr. Weasley. Obrigado por terem vindo.
Estou prestes a passar por ele pela porta quando o detetive coloca a mão no meu ombro.
- Você tem certeza de que quer que seu pai esteja presente? Estou te perguntando por que eu não iria querer? - Mas antes que eu fale meu pai começa a vociferar que é seu direito divino estar presente durante o interrogatório. Ele ensaiou esse discurso, à perfeição e, assim que começa, precisa terminar.
- É claro - concede o detetive educadamente. - É principalmente uma questão de privacidade para Ronald.
A forma como ele fala me deixa nervoso, e olho para minha advogada em busca de ajuda.
- Não há problema de começar apenas comigo na sala - assegura ela. - Chamo você se for preciso.
Então, no fim das contas, apenas eu, os detetives e minha advogada nos sentamos em volta da mesa.Meu coração já está acelerado, mas quando ele puxa um laptop e começa a falar, já sei o que está por vir .
- Você sempre reclamou que a acusação de Nott não era verdade. E não houve queda no seu desempenho no beisebol. Isso contradiz a reputação do blog de Nott, que não era conhecido por postar mentiras.
Tento manter uma expressão neutra, embora venha pensando a mesma coisa. Fiquei mais aliviado do que puto quando o detetive me mostrou o blog pela primeira vez, porque uma mentira é sempre melhor do que a verdade. Mas por que Simon mentiria sobre mim?
- Então, a gente foi um pouco mais fundo. Na verdade, deixamos passar algo na análise inicial dos arquivos. Havia uma segunda menção que foi criptografada e trocada pela acusação de uso de anabolizantes. Levamos um tempo para acessar aquele arquivo, mas o original está aqui. Ele vira a tela para mim. E me aproximo para lê-la.
Todo mundo quer tirar uma casquinha do menino de ouro de Hogsmeade,e finalmente, ele caiu em tentação. Está chifrando a linda LB com alguém um pouco diferente do que achávamos ser o gosto de RW. Que cara não faria isso, certo? Só que o novo interesse amoroso desfila com cueca samba-canção, e não sutiã e calcinha. Foi mal, L, mas não dá para competir quando se está no time errado.
Todas as partes do meu corpo parecem congeladas, a não ser os olhos, que não conseguem parar de piscar. Era isso o que eu temia ver havia semanas.
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Um de nós...
Mistério / SuspenseCinco adolescentes, diferentes segredos, um crime, todos suspeitos. Quem é o culpado? O menino de ouro, a princesa do baile, o cérebro, o marginal e o aspirante a blogueiro. Cada um com algo a esconder! Mas o quão longe eles iriam para guardar um...