Bury A Friend

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Draco Malfoy Pov

Domingo, 4 de fevereiro, 10h

Somos um grupo e tanto na sede do Até que Provem no domingo de manhã: eu, a Sra.Dursley  e minha mãe — que estava disposta a me deixar ir, mas não semsupervisão.O escritório pequeno e pouco mobiliado está lotado de gente. Todo mundo está falando urgentemente ao telefone, ou digitando sem parar no computador. Às vezes ambas as coisas. 

— Agitado para um domingo — comento, quando Luna nos conduz a uma sala minúscula. O cabelo dela parece ter crescido uns 8 centímetros desde que apareceu no Profeta Diário. 

Ela me olha um pouco assustada. — Já é domingo? 

Como não há cadeiras suficientes, eu me sento no chão.

 — Desculpem — diz ele. — Podemos ser breves. Primeiro, Sra. Dursley, eu sinto muito pela prisão do seu filho. Soube que ele foi transferido para um centro de detenção juvenil em vez de uma instalação para adultos, o que é uma boa notícia. Como eu disse a Draco, não há muito que eu possa fazer dado meu volume atual de serviço. Mas, se a senhora estiver disposta a compartilhar qualquer informação que tenha, farei o possível para dar sugestões e talvez uma recomendação. 

A Sra. Dursley parece exausta, mas como se tivesse feito um esforço para se arrumar um pouco ao vestir calças azul-marinho e um cardigã cinza desajeitado. Minha mãe está no seu estilo chique sem fazer esforço, com uma saia lápis, seu salto agulha, uma blusa social branca. As duas não podiam ser mais diferentes, e a Sra. Dursley puxa a borda puída do cardigã como se soubesse disso.

— Bem, o que me disseram — fala ela — é que o colégio recebeu um telefonema informando que Harry tinha drogas no armário... 

— Telefonema de quem? — pergunta Luna, anotando num bloco. 

— Eles não disseram. Acho que foi anônimo. Mas eles foram em frente e retiraram o cadeado na sexta-feira, depois do horário das aulas, para verificar. Não encontraram droga alguma, mas acharam uma bolsa com a garrafa d'água e a caneta de adrenalina de Nott. E todas as canetas de adrenalina que sumiram da sala da enfermeira no dia que ele morreu. 

Passo os dedos pelo tecido grosso do tapete e penso em todas as vezes que Pansy foi interrogada sobre aquelas canetas. Ron também. Elas pairam sobre nossas cabeças há semanas. Mesmo que Harry fosse realmente culpado por alguma coisa, não há como ele ter sido tão burro a ponto de deixar as canetas dentro do armário. 

— Ah. — A voz de Luna sai como um suspiro, mas a cabeça permanece curvada sobre o bloco de notas.

— Então, a polícia se mobilizou e arrumou um mandado para vasculhar acasa no sábado de manhã — continua a Sra. Dursley. — E eles encontraram um computador no armário dele com um... diário, acho que é assim que estão chamando. Todas aquelas postagens que vêm surgindo no blog desde que Nott morreu.

Eu ergo o olhar e vejo minha mãe me encarando, com uma espécie de pena e ansiedade passando pelo rosto. Sustento seu olhar e balanço a cabeça. Não acredito em nada daquilo. 

— Ah — repete Luna, que desta vez ergue o olhar, mas o rosto permanece calmo e neutro. — Alguma impressão digital? 

— Não — responde a Sra. Dursley, e eu exalo baixinho. 

— O que Harry diz sobre tudo isso? — pergunta Luna. 

— Que não faz ideia de como essas coisas foram parar no armário ou na casa— responde a mãe de Harry.

— Ok. Mas já chegaram a vasculhar o armário dele antes? 

— Eu não sei — admite a Sra. Dursley, e Luna olha para mim. 

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