O Quarteto De Hogsmeade

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Harry Potter Pov

Quinta-feira,01 de fevereiro,0h20.

Eu entro com a motocicleta no beco, desligo o motor e fico parado por um minuto a fim de verificar se há sinal de alguém por perto.

Está um silêncio, então, saio da moto e ajudo Draco a fazer a mesma coisa.

A vizinhança ainda é uma área em construção, sem postes de luz, de forma que nós dois andamos na escuridão até a casa número 5.

Quando chegamos lá, tentamos abrir a porta da frente, mas está trancada. Damos a volta pelos fundos da casa olhando todas as janelas até que encontro uma que abre. Ela é suficientemente baixa, e eu consigo subir e entrar facilmente.

-Volte para a entrada,eu abro pra você. - digo em voz baixa.

- Acho que consigo fazer isso também - retruca se preparando para erguer o corpo. Mas me debruço para ajudá-lo.

A janela não é suficientemente grande para os dois, e quando solto ele e dou um passo atrás para abrir espaço, ele salta para o chão com um baque seco.

- Que gracioso - elogio, quando Draco tira poeira das calças jeans.

- Cala a boca - murmura olhando ao redor. - Acha que devemos destrancar a porta para Pansy e Ronald?

Estamos numa casa vazia, ainda em construção, no meio da madrugada para uma reunião do Quarteto de Hogsmeade. É como um filme de espionagem ruim, mas não há jeito de todos nós conseguirmos nos encontrar em qualquer outro lugar sem chamar muita atenção. Até meus vizinhos que não ligam a mínima, de repente começaram a ficar de olho, agora que a equipe de Xenófilo não para de passar pela nossa rua.

Além disso, Draco continua de castigo.

- Sim - concordo.

Nós avançamos, tateando, até chegarmos a uma cozinha ainda não finalizada e entrarmos numa sala de estar com uma enorme janela saliente. Raios de luar entram reluzentes em volta da porta, e eu a abro.

- Que horas você marcou com eles?

- Meia-noite e meia -responde, enquanto olha seu relógio.

- Que horas são?

- Meia-noite e vinte e cinco.

- Ótimo, temos cinco minutos.

Eu passo a mão na bochecha dele e o imprenso contra a parede e colo seus lábios nos meus. Ele se apoia em mim, me abraça pelo pescoço e abre a boca com um suspiro delicado. Minhas mãos descem pela curva da cintura até os quadris e encontram uma faixa de pele exposta embaixo da borda da camisa.

- Harry - sussurra após alguns minutos, naquela voz sem fôlego que me deixa doido. - Você ia me contar como foram as coisas com sua mãe.

É, acho que eu ia. Estive com minha mãe de novo hoje à noite e foi... tudo bem. Ela apareceu no horário combinado e sóbria. Parou de fazer perguntas e deu dinheiro para as contas. Mas passei o tempo todo apostando comigo mesmo quanto tempo aquilo duraria. Minha aposta atual é de duas semanas.

Antes que eu possa responder, porém, a porta range e não estamos mais sozinhos. Uma figura pequena entra e fecha a porta. O luar está claro o suficiente a ponto de eu enxergar Pansy, incluindo as inesperadas mechas escuras no cabelo.

- Ah, que bom, não fui a primeira - sussurra ela, depois coloca as mãos na cintura ao olhar feio para mim e para Draco - Você dois estavam se pegando? É sério?

- Você pintou o cabelo? - Draco muda de assunto enquanto se afasta de mim. - Que cor é essa? - Estica a mão e examina a franja de Pansy. - Roxo? Gostei. Por que a mudança?

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