CAPÍTULO NOVE.

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Dylan Ferreiro

Falei – começa Polo – Falei que deveríamos ter vindo mais cedo, mas não, o bonitão aqui – ele aponta o dedo indicador para o meu peito – Tinha que se despedir da garota dele.

Respirei fundo tentando não socar Polo, ele parecia uma criança quando fica sem açúcar no corpo.

Olhei em volta, a cafeteria estava lotada e quente pelas conversas que  fluíam pelas mesas. Casais e amigos estavam sorrindo e se abraçando, as bebidas na metade do fim e algumas no começo, pelo vapor que saia das canecas, o conteúdo deveria ser chocolate quente ou café preto, era o que as pessoas mais estavam pedindo nesse dia nublado.

Polo resmungou algo que não consegui decifrar, levantei a mão batendo levemente em sua nuca.

– Para de reclamar, porra.

Tinha avisado Briana que iria resolver alguns negócios e com isso sua resposta foi um resmungo com uma carícia na minha barba, enquanto beijava sua bochecha morna.

Seu cheiro ainda habitava em meus pulmões, doce e calmante.

A madrugada ficava se repassando na minha mente:

Eu sou sua, só quero você, e somente você em minha cama...

O corpo dela ao meu, quente e com suor, os lábios carnudos avermelhados, nossos fôlegos se entrecortado enquanto chegávamos no orgasmo, e seu gosto viciante em minha boca enquanto a beijava bruscamente.

Não tinha dúvidas do que sentia por ela, todas aquelas palavras que saíram de minha boca eram verdadeiras, mas, eu  queria ela em tudo, não apenas em minha cama mas na minha vida.

– É sua culpa – disse Polo, esfregando a nuca e o olhar furioso em minha direção.

Agradeci em pensamento por Dona ter me obrigado a levar o sobretudo preto, escondia a pistola que ficava no coldre e por hora meu membro duro.

- Não te forcei a negar a proposta de Dona – falei colocando as mãos nos bolsos e dando dois passos para frente, fazendo a ereção se marcar debaixo do tecido.

- Não vai chora, alemão – Thai se pronunciou com o tom da voz baixa mas brincalhão.

- Alemão é seu cu! – respondendo baixo mas com acidez – Aquele verme do chinês vai pagar pelo apelido - sussurrou.

Polo se endireitou ajeitando o sobretudo cinza. Quando saímos da mansão estava chuviscando fraco e fino, não havia vento forte mas uma brisa leve e refrescante.

Era melhor eu aproveitar cada segundo desse tempo pois daqui a poucos dias seria calor e suor, a estação que ela mais gostava.

E porra, não negaria a visão de Briana em um biquíni mostrando suas curvas delicadas e a bunda arrebitada...

- O que gostaria de pedir? – a voz ríspida da moça me fez voltar ao agora e com uma dor suportável em meu membro, pelo tom da voz não seria a primeira vez que ela estaria me chamando.

Precisava ter Briana em meus braços, com o corpo colado ao meu de preferência nua.

- Dois cafés preto e um café com leite– disse olhando as diversas massas açucaradas exibidas embaixo do balcão – Você ainda gosta ? – apontei para o bolo.

Russa Perigosa ao Extremo. Onde histórias criam vida. Descubra agora