CAPÍTULO TRÊS.

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Briana Chong.

Tentava todos os dias não pensar em Tommy, me segurando para não pegar o celular e discar o número dele... o buraco no meio de meu peito ficou mais fundo, mais vazio, faltava algo ali e mesmo sabendo o que era não podia simplesmente preencher ele.

  - Calma ai, guardiões do Dragão mágico – Ochima levantou as mãos – Só estou respondendo as perguntas que recebo.

Não gostava de me sentir frágil perto dos outros principalmente na presença de Dylan, mas ouvir sobre meu irmão foi inesperado, não consegui conter as emoções.

- Seria falta de educação ele não me responder – disse, pegando o dedo mindinho de Dylan na minha perna – Obrigada, por me dar informações sobre Tommy, Ochima.

Respirei fundo sentando reta na cadeira, minha irmã e os dois homens ao meu lado também.

- Já que nós acertamos, poderia falar para seu cachorrinho de estimação tirar a porra da arma do meu quadril ! – Ochima olhou com raiva para Polo – Eu preciso dele para pilotar, alemão – O tom de voz saiu provocativo.

- Silveira – Dylan lançou um olhar duro para seu amigo.

Polo obedeceu a ordem silenciosa.

- Estamos aqui para fazer negócios – Lana deu sinal de vida na mesa – Matar esta marcado para semana que vem – os lábios vermelhos se curvaram em um sorriso preguiçoso.

- A família Ferreiro tem uma agenda lotada – Ochima falou – Me sinto honrado por arranjarem um tempinho para mim.

  Dylan ergueu a cabeça  para encara-lo, seu maxilar ficou marcado pela força que fazia para não perder o controle.

- Não se sinta, você não é diferente dos outros até me mostrar do que é capaz – os dedos dele ficaram brincando com a bainha do meu vestindo .

- É para isso que  estou aqui – Disse Ochima – Mas não estou ouvindo  negociações e sim papo furado.

Dylan o observou do peito até a cabeça – E o  que sabe sobre negócios, garoto?

- Posso ter apenas dezoito anos mas...

- Não perguntei sua idade, perguntei do que sabe sobre negócios – Dylan foi ríspido.

- Sei o bastante para querer fazer um com vocês – Ochima respondeu calmo.

Dylan riu debochado – Então deve saber que se mentir ou tentar fazer algo para prejudicar minha família ou qualquer um naquela mansão, vai sofrer as consequências – Ochima confirmou com a cabeça – Ótimo. Que carro você corre ?

- Um Chevette – Ochima respondeu com um pé na confiança outro na humilhação – Mas reformei ele nas últimas semanas com o dinheiro da corrida.

- Depois do almoço você vai comigo e Polo para um lugar – Dylan bebericou da água – Lá vamos fazer o restante dos negócios.

- Sim, senhor  - respondeu Ochima.

No mesmo instante a garçonete veio com um carrinho que transportava nossa comida.

- Família Ferreiro – ela cumprimentou com um sorriso amplo.

A garçonete tinha uma beleza impecável, ruiva e alta. Provavelmente bem comportada, educada, fazendo uma faculdade para não entrar nesse mundo. Consigo imaginar ela  em uma vida boa e simples se não for gananciosa.

Eu e Lana devolvemos o gesto.

  Endireitando o carrinho para pegar os dois pratos de Nhoque de Ricota com Espinafre, Lana não se conteve e perguntou sobre o vinho que estava demorando para chegar em nossa mesa.

Russa Perigosa ao Extremo. Onde histórias criam vida. Descubra agora