CAPÍTULO VINTE E UM

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Briana Chong.

A cama parecia que estava com pedra e junto milhares de formigas, deitada a duas hora e o sono não vinha, sem sinal dele os pensamentos ficavam vagando pelos acontecimentos de hoje.

Não importava quantos banho toma-se, meu corpo parecia que tinha sugado o melado do sangue daquelas pessoas e meu cérebro parecia que estava defeituoso. Não parava de repassar nada, sempre a mesma coisa.

E nem sinal dele.

Queria poder dizer que estou brava com ele por ter discutido comigo por uma coisa tão... sem importância. No entanto meu coração tinha  ficado em pedacinhos ao ver a expressão de raiva que ele sentiu de mim, e mais ainda quando tirei seu toque do meu rosto, ele apenas queria ajudar, sei disso, pensei em me afastar dele, mas e o coração, como fica ?

Nos pedacinhos que vou ter que catar um por um. E o certo era eu ficar longe, não queria deixar que Chong soubesse que Dylan é importante em minha vida, assim como o Tommy é. Ele sabe que me feri quando vejo meu irmão e não posso abraçar ou falar sem que Chong ache que é uma forma de tirar o seu filho, a metade do seu ganha pão.

Como sinto falta dele. Das risadas e piadas que fazia com tudo e todos ao nosso redor, dos abraços de urso que só ele sabia dar sem me sufocar, dos resumos de seus livros a cada cinco dias... saudade do meu irmãozinho ancião.

Tampo minha visão ao sentar na cama por conta, de que, não saberia o que fazer aqui sem sono além de ficar encarrando o teto preto ou a janela brilhante que refletia as luzes dos prédios para meu quarto. Tinha pensado em pegar o cobertor e o travessei para deitar no chão ao lado da cama, mas minha barriga roncou pedindo desesperadamente por comida.

Com o pijama de verão liso de seda rosa claro vestido a quatro horas atrás, ergo a bunda da cama ao saber que passava da meia-noite e ninguém estaria acordado. Passei as mãos pelos fios grossos de meus cabelos arrumando-os, girei a maçaneta com o coração pulsando forte pela hipótese de Dylan ouvir, fiquei surpresa ao ver a porta do quarto entreaberta.

Onde ele estava?

As luzes do corredor guiaram meus passos até a metade do caminho, depois da escada tudo estava escuro, minha visão teria que se acostumar com o breu, segurando firme no corrimão fui pisando com cuidado cada degrau com medo de pisar em uma barata ou em algo mais nojento, como uma lagartixa, só de pensar me da arrepio de nojo.

- Cuidado com o último – uma voz rouca surgiu do nada em meio ao escuro, com as pernas bambas saltei do penúltimo degrau acendendo a luz da sala e copa – Assustou ?

Dylan estava na beirada da janela com um cigarro entre os lábios e uma cerveja em mão, o tremor não passou mesmo sabendo quem era o dono da voz rouca.

- Um prejudica seu rim e o outro a metade dos seus pulmões bons – Aponto com a dedo arrumando a postura, ele vira a cerveja com gosto olhando para mim – Babaca, arrogante.

Mostro a ponta da língua, se antes não conseguia sentir um pingo de raiva dele, agora acabou de aparecer um. Passando pelo arco que dava para a cozinha acendi as luzes da ilha da cozinha para ver se tinha mais uma assombração escondida chamado Dylan.

Abri a gelada procurando um potinho de sorvete de flocos, era um dos meus favoritos depois do de limão suíço, fechei a geladeira dando um pulinho de susto com Dylan parado na porta .

- Assombração do caralho! – digo entre dentes – Para de fazer isso.

Com o potinho de sorvete em minha mão congelando cada centímetro dela, sentei encima da ilha da cozinha abrindo as pernas para puxar a gaveta e escolher uma colher para comer o meu sorvetinho de flocos.

Dylan não tira sua atenção decima de mim observando cada movimento meu, tirei a tampa do sorvete sentando com as pernas dobradas, não foi difícil tirar uma bolinha e levar a boca degustando as delicias gostas de chocolates.

- Tá gostoso? – o silêncio incômodo passou, vejo Dylan por baixo das sobrancelhas levantadas  - A cada colher você se mexe em uma dancinha de felicidade.

- Sim – limpo o lábio inferior com a língua.

A distância entre nós não passava de quatro passos juntos, com a bunda durinha encostado na borda da bancada perto da geladeira ele tem uma visão reta de mim, com o meu sorvete. Não desvio o olhar querendo que ele falasse primeiro, puxa-se assunto ou qualquer coisa, inclusive eu.

No entanto abaixou a cabeça girando a garrafa de cerveja. Ele ainda estava bravo comigo, mas que merda! Não podia falar nada sobre o que aconteceu... Adriana pediu para guardar até conversar com ela, o que teria que dizer para Dylan ou qualquer um que pergunta-se sobre a funga que dei no Thai hoje, teria a resposta certa e sem furos amanhã de tarde... porém, se não fala-se nada sobre, ele também não falaria e minha curiosidade e instinto de proteção com ele ficava martelando em minha cabeça.

- Ainda bravo ? – pergunto furando o sorvete.

- Por que estaria bravo? – ele toma um gole de cerveja olhando para mim.

Revirei os olhos enfiando a colher mais fundo na massa branca com gotas de chocolates. Não ousei erguer o olhar para ele ao falar :

- Deixei você sem explicação... hoje mais cedo.

- Deixou ? Pensei que tinha me explicado perfeitamente de que não me deve satisfação – Cruzando os tornozelos sinto sua atenção queimar minha testa.

- Não falei que não devia satisfação a você... – respirei ajustando a calma com a paciência e um titico de coragem – Mas que não era do seu interesse.

- É a mesma coisa Briana.

- Não, não é ! – digo olhando para ele, o potinho frio congela os pontos em minha mão que ardiam desde a luta no restaurante – Sei que quer o motivo do por que fiz aquilo... e acredite, quero contar mas não é tão fácil como pensa, Dylan.

Querer a gente sempre quer, mas e o fazer ? Nunca tinha matado um homem na vida, em um dia, uma tarde mato cinco de uma vez! O choque passou depois de esfregar forte minha pele, e quando a água batia ardia como fogo, o bom  é que a sensação de melado tinha quase saído, acredito que seja psicológico essa sensação.

- Briana... – ele chama meu nome com cautela – Quando cheguei aqui e descobri que tinha saído sem seguranças, não consegui pensar direito mesmo com Lana e Thai em meus ouvidos dizendo que era burrice minha fazer o que tinha planejado em menos de dois minutos.

“ Não fiz diferente do que fez, peguei o primeiro carro que estava disponível na entrada e dirigi para a casa de Chong – seu olhar não desfia do meu, e ele pode ver a raiva que surgiu neles quando soltou o sobrenome que ganhei na maternidade – Não entrei ou ameacei. Sei o que acontece se qualquer um daqui fazer isso “

- Por que foi lá? – digo com a voz trêmula – Você podia ter colocado a vida de Tommy em perigo! Você pensou nisso?

Ele deixa a cerveja na bancada da onde estava vindo em minha direção, desfaço o nó que fiz nas pernas pulando da ilha para me afastar dele, não conseguiria ficar brava ou gritar com esse ser se ficasse cara a cara comigo. Perto o bastante Dylan me puxa pela cintura ao me erguer com facilidade colocando minha bunda na pedra fria de volta, apenas pude ficar encarando seus olhos.

- Fui porque você tinha saído fazia uma hora, em uma hora pode acontecer tortura e matança, Tommy tá vivo e salvo... – suas pupilas se dilatam com a aproximação de nossos corpos – E como você mesmo disse “ Pensar foi a única coisa que fiz hoje “ e ao mesmo tempo não  fiz. A hipótese de que ele poderia estar com você me deixou sem raciocínio, fiquei em puro impulso.

Suas mãos grandes e dedos finos ainda segurando minha cintura apertaram forte minha carne, minhas mãos estavam em seus antebraços apenas relando na quentura que ele estava.

- Como soube que voltaria? – perguntei afastando um pouco o rosto já que o corpo não dava.

- Breno hackeou as câmeras de multas e seguranças da cidade  – fechei a cara apertando seu braço, não dava para acreditar que ele tinha feito – Não queria ter recorrido a isso, me senti invadindo sua privacidade.

- Que bom que sabe – digo com raiva querendo enterrar as unhas mais fundo em sua pela – Porque foi exatamente o que aconteceu.

- Entendi o seu lado por mais difícil que foi, Briana. Agora entende o meu.

Era isso que ele estava fazendo na janela, pensado sobre o que fiz e querendo entender meu ponto?

- Chong declarou que quer você  da noite pro dia... – parando para respirar ele puxa minha cintura aproximando mais nossos corpos quentes, um tremor percorreu minha coluna com o toque – Não me importo de você sair, querem fazer suas coisa, sabe disso, mas preciso que você volte com vida e sem nenhum arranhão para mim, por isso peço que dois seguranças cuidem tanto de você como da Lana quando passam pelo portão.

Desfiz o aperto em sua pele acariciando com o polegar as marcas de unhas, Dylan pega meu queixo redondinho com o polegar e o indicador erguendo ficando na altura de seus olhos verde musgo.

Encostando a sua testa na minha sussurra – Me importo com você.

O frio na barriga deixou minhas mãos suadas e a boca um pouco seca, compartilhando a respiração quente e relaxante suas mãos mornas ultrapassaram meu pijama de seda, os seus dedos finos deslizavam por minhas costas acariciando com suavidade, fazendo arrepios gostosos deixarem meus pelinhos em pé.

Ele foi honesto comigo, não com a parte que eu queria mas foi : mostrar quem era realmente. Mas também não podia mostrar uma parte que mal entendia como funcionavam de mim, eram duas pessoas dentro de mim, lutando para ver quem ficava em primeiro.

Umedecendo os lábios beijou a ponta de meu nariz.

- Você se importa muito para um cara que não tem sentimentos, garotão – sorri locando as mãos em sua nuca – Desculpa, por deixar você preocupado. Eu só... Não sou acostumada com tanta proteção.

Ele acena com a cabeça colocando a mão entre meus cabelos, trago seus lábios finos e bem desenhados para os meus sentindo as pontas dos dedos afundarem em minha pele para ter mais proximidade.

O gosto amargo da cerveja prevalecia em sua língua, o cheiro do cigarro impregnado em sua camisa de pano leve e tom de cinza. Roçando os dentes em seu lábio inferior, dou um selinho afastando meu rosto do dele, pegando o potinho de sorvete de flocos de novo, colocando entre nossos tórax, tiro uma bolinha e faço ele comer.

Acostumei com o gosto que não saia de sua boca, mas não queria dizer que queria o tempo todo. Dei uma risadinha vendo que ele não tinha gostado da minha ideia  de voltar a comer a massinha branca gelada, com o foco em pegar mais algumas bolinhas com a colher e comer, os lábios gelados pelo passar de língua, agora, com gosto diferente e talvez duvidoso, levou beijinhos em minha clavícula quase lisa, o quase era pela alça da blusinha do pijama.

- Você está atrapalhando – minha voz sai fraca.

Ele solta um riso rouco – Esse potinho de sorvete que está.

Balanço a cabeça rindo dando mais uma colher com sorvete em sua boca, suas mãos sobem devagar para a lateral de meus seios me arrepiando por inteiro. Arqueio as costas um pouco ao senti seu polegar fazer círculos perto da minha auréola, um suspiro ofegante sai dentre minha boca.

Tenho que deixar o potinho de lado quando Dylan beija de novo minha clavícula indo para o pescoço que estiquei para ser mais acessível aos seus lábios. Cruzo as pernas em seu quadril puxando para junto do meu, soltei um gemido baixinho quase não audível para uma pessoa a dois passos de distância de mim, mas Dylan estava com a orelha perto da minha boca, ouvindo como estava me sentindo abaixou uma alça de meu ombro, depois do outro, deixando meus seios tomarem o calor da noite.

Descendo os beijos ele chega em meus seios roçando os lábios para atiçar e ameaçar a chupar, gemendo com os lábios prensados um no outro não consigo afastar o desejo de tira sua camisa e lamber todo o corpo dele.

- Quero... fazer – engulo em seco – uma coisa primeiro.

Roçando a boca na minha orelha – Estou prestes a chupar seus seios, linda – com as mãos trêmulas pelas palavras amasso o tecido que cobre seu abdômen definido – O que quer fazer comigo ?

Com as pernas envolta do seu quadril passo as mãos por baixo da sua camisa arranhando os gominhos de sua barriga, enquanto deixo uma mordidinha na curva do seu pescoço percebendo o que estava entre minhas pernas.

Dylan agarra meus cabelos puxando pra trás, minha boca se choca com a sua abruptamente. Pedindo para que eu abra minha boca com sua língua com gosto doce, deixando ele me invadir tanto por cima como pelo meio.

Com a boca ocupada suas mãos grandes fazer massagem em um dos meus seios com a outra apertando meu cabelo. Puxo sua camisa para cima.

- Quer fazer isso aqui ? – ele pergunta ofegante após a pausa do beijo para me olhar.

- Já fizemos em lugares piores – digo fuzilando ele, para excitar mexo o quadril delicadamente acariciando seu membro prensado na minha entrada – Não quer mais correr risco?

- Não quero que alguém interrompa antes que eu posso gozar dentro de você – diz com a voz rouca – Se continuarmos não vou parar mesmo que me implore.

Cheguei perto de seu rosto erguendo o tecido – Espero que seja uma promessa, garotão.

Dylan levanta os braços para que eu tirei a camisa e veja com a claridade das luzes da ilha suas pintinhas pelos ombros, beijo cada uma que consigo encontrar com a iluminação fraca, subi para o pescoço roçando os dentes nele arrepiando meu homem, descendo a blusinha do meu pijama para o quadril ele diz :

- Deitada – sua voz baixa e com poder sobre mim, manda. E como uma boa garota, obedeço. Deitada na pedra fria da ilha seus dedos amassam a seda rosinha amontoadas em meu quadril – Ergue – apoiei meus pés na pedra e elevei o quadril facilitando a remoção do pijama em meu corpo.

Ele apoia meus pés em seus ombros me dando a visão privilegiada dele entre minhas coxas morenas e grossas, minha respiração esta calma na medida do possível.

- Não geme – diz olhando em meus olhos, franzindo o nariz junto com as sobrancelhas esperando algo como : brincadeira. Sair de seus lábios.

Mas era Dylan Ferreiro. Nunca brincava quando mandava no sexo.

- Você vai me proibir de gemer seu nome ? – pergunto apoiando a metade do tronco nos cotovelos para ver suas sobrancelhas erguidas e um dos cantos de sua boca levantado.

Tombando a cabeça para o lado que esse foi um sinal de talvez, umedecendo os lábios ele se aproxima da minha intimidade, meu corpo se arrepia com a imagem, beijando entre minhas coxas fecho os olhos pela sensação boa que isso causava dentro de mim, são tantas borboletas que estão batendo suas asinhas em meu estômago que cria um frio que se mistura com o calor de fora.

Sua língua passa pelos meus lábios lambendo com suavidade para sentir meu gosto, literalmente, na ponta de sua língua, seus braços passavam por baixo de meus joelhos, as mãos paradas em minha virilha e os dedos apertavam minha carne para segurar minhas pernas no lugar, formei uma linha em minha boca para não gemer com a pontinha de sua língua desenhando minha intimidade antes de deslizar para dentro.

Meu corpo estava rendido, a mente não conseguia pensar em nada nem mesmo no que sentir com suas chupadas e investidas de boca em minha entrada ardendo por ele, pelo membro dele. Minhas mãos queriam sentir algo a que se agarrar ou apertar para soltar um pouco do tesão acumulado no centro de minhas pernas e a sensibilidade do meu clitóris.

Não importava o que, eu queria algo para apertar.

Quando Dylan levou o polegar a minha sensibilidade, não consegui conter um gemido dentro da minha garganta recebendo um olhar de um animal comendo sua pressa viva, irônico. Formando círculos lentos e hesitantes, meu corpo reagiu mexendo o quadril em círculos, afundando as pontas dos dedos em minha pele ele acaba de me prender entre sua boca e a ilha, intensificando as chupas.

Se isso era o pegado, eu estava imunda. Não me importaria em estar se ele estivesse ao meu lado.

Russa Perigosa ao Extremo. Onde histórias criam vida. Descubra agora